30/06/08

O Marquês e o vinho do Porto

O dia dedicado ao vinho tinha de ter o Marquês pelo meio. Afinal a produção do vinho do Porto pela Real Companhia Velha tem a marotice do nosso Marquês de Pombal. Que ele era um patifório já alguns por aí o diziam, agora que ele estava nesta jogada de enganar e passar a perna aos ingleses é que para mim era segredo.
Assim, "a iniciativa de criar uma companhia que permitisse o escoamento do vinho do Porto, fintando o controlo que os ingleses tinham do mercado, envolveu "os principais lavradores de cima do Douro, e homens bons da cidade do Porto"surgindo a que hoje é a Real Companhia Velha. A iniciativa foi tão bem recebida pelo Marquês de Pombal que não só promoveu a sua constituição, como lhe conferiu poderes majestáticos para a produção e comercialização dos vinhos do Alto Douro e para fazer a demarcação da região onde era produzido"(Rosa Soares, Público 27Jun.08).
No livro "Real Companhia Velha", Fernando Sousa relata: "Em Setembro e Outubro de 1756, já depois de instituída a Companhia, a fim de evitarem a realização do capital social de 1200.000 cruzados, algumas pessoas "mal intencionadas" e os ingleses tomaram dinheiro a juros existente nos cofres da Misericórdia e de outras instituições que emprestavam dinheiro, a fim de evitarem que aqueles que não dispunham dos fundos necessários para tal, pudessem recorrer ás fontes de financiamento" Para contrariar tal boicote, o Marquês impede a concessão de empréstimos que não se destinem á compra de acções da Companhia, obriga a Misericórdia do Porto e outras instituições a colocarem dinheiro à disposição dos accionistas e ainda que parte do dinheiro da companhia fosse disponibilizado, com juros, para a compra de títulos"
E esta hã?

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