22/01/09

O Jaime que eu conheci

O Jaime que eu conheci era tudo o que dele a história reza e as crónicas dizem. O Jaime que eu relembro era o artista que nunca perdeu a dignidade mesmo nos momentos mais difíceis da sua vida. Sempre acompanhado pela sua Mimi, numa relação de toda a vida, ela própria uma comédia de opereta. O Jaime ainda foi capaz de me dizer na última vez que estivemos juntos "Estás cada vez mais linda, filha! Deixa-me ficar aqui ao pé de ti!"
O Jaime queria apenas a atenção do seu público, como tantos artistas que ao envelhecerem nunca deixam de querer ficar iguais a si mesmos. O Jaime homem bondoso e de uma generosidade tremenda, que nunca deixava de aparecer e contava histórias e os olhos riam. Podia não dizer coisa com coisa, mas uma coisa ele dizia: "gostas dos meus quadros ? qual é que queres? leva, escolhe e depois logo se vê!"
É isso Jaime, até depois, que logo se vê!

2 comentários:

Ricardo António Alves disse...

É bom guardar essas recordações de quem estimámos.

Lina Arroja (GJ) disse...

É verdade.E é bom sabermos que se fizermos bem, haverá quem se lembre de nós.