30/05/09

Quem nasce quer voar

Dar e receber leva o seu tempo. Ter a capacidade de dar é uma das melhores qualidades que uma mulher pode ter, enquanto mãe. Ter a honestidade de transmitir aos seus filhos essa capacidade é uma vantagem acrescida. Ter a bondade de os deixar partir representa um ponto da maturidade adulta. Ter o discernimento de os ver partir com os meios que lhes demos é a maior prova de amor. Os filhos partem e voltam, chegam e repartem. O processo não termina com a cor dos nossos cabelos ou com o cansaço das pernas e as rugas do olhar, ele apenas se reinicia diariamente. As mães que tiverem a arte de ensinar as suas filhas para que elas um dia sintam que são capazes de o fazer, cumpriram um dever. Ser mãe é uma missão para a vida, ser filha é a passagem de valores e testemunhos, ser filho é continuação e tradição. Quando uma mãe sente que os seus filhos têm asas recebe um presente que simboliza a recompensa de um dia lhes ter dado o mundo para voar.

Harley Davidsons em Cascais


Vai ser no sábado em Cascais e é por uma boa causa . A Brigitte está aqui porque a imagem é apropriada, a letra da canção nos dias de hoje nem tanto. Mas vamos esquecer o politicamente correcto e deixar falar esta iniciativa do Clube Harley Davidson. A paixão pelas máquinas também pode contribuir para um melhor cantinho para todos.

29/05/09

Nos anos trinta

A captura de Bonnie Parker e Clyde Barrow foi há 75 anos. O par que deu origem ao filme e que durante dois anos andou de Estado em Estado nos Estados Unidos tornou-se famoso em todo o mundo. No cinema Faye Dunnaway e Warren Beatty deram o rosto pelo qual o filme ficou conhecido. O FBI colocou online documentos inéditos sobre um caso sério dos anos anos trinta. Quem sabe se um dia outros casos sérios são disponibilizados online, em Portugal.

28/05/09

A verdade da mentira



Caturrices duma desconfiada

Em entrevista ao Jornal da Noite da SIC Dias Loureiro repetiu cinco vezes a seguinte justificação "Nunca pensei que se pudesse começar a passar a ideia de que o Conselho de Estado era um resguardo. Não é um resguardo. Eu sei aquilo que fiz e não fiz nada de ilegal".

Dias Loureiro renuncia porque não quer ser protegido e alega a degradação da imagem do Conselho de Estado para a sua renuncia ao cargo de Conselheiro de Estado.
Veio tarde, dizem especialistas em política. A mim só me fez lembrar um episódio de outras paragens, em que o que era não era e depois já era. Mas isto são coisas da minha mente. Caturrices duma desconfiada com memória desfasada no tempo!

Sequências e Consequências





27/05/09

Cinco coisas que adoro

A Júlia deu-me este privilégio em forma de selo com as seguintes linhas de acção:
1 – Colocá-lo no meu blog
2 – Indicar 10 blogues no feminino que eu adore
3 – Informar os blogs indicados que receberam o selo
4 – Dizer 5 coisas que adore na minha vida e porquê

Cinco coisas que adoro

Adoro ser curiosa, gostar de viajar e observar, porque a vida é feita de pequenos nadas e de pessoas com e sem sítio em qualquer lugar.
Adoro a ordem e os rituais que não têm de ser organizados, apenas têm de fazer parte dum percurso de competência e de detalhe porque me dão prazer.
Adoro o burlesco que me faz rir, o espalhafato das festas populares, o sabor do algodão doce e das farturas, o barulho das feiras, a presença de pessoas amigas à minha volta.
Adoro a praia e o mar com ou sem sol, com chuva ou com vento e de ficar sozinha na praia até o sol desaparecer e me mandar embora.
Adoro ler e falar ao mesmo tempo sobre cada uma das palavras e deambular pelas linhas que não conheço inventando novos projectos e desenrolar fios que me levam a outros conhecimentos.

E passo a todos os blogues femininos e também às amigas Carlota, Miss Pearls, Ana, Luzcia, Mónica, "Si que tem coisas suas", Rititi, "Fugidia sem blogue", Lady Bird e também àquelas que podem comentar aqui se o desejarem.

Resistência

26/05/09

Trocar ideias

A pergunta era "O que pode fazer de útil para ajudar a sociedade um grupo de jovens?". O jantar - conferência no Horta dos Reis era agradável, o conferencista interessante. Fui até lá e ouvi muita gente e vi um grupo de pessoas jovens umas mais do que outras empenhadas em "querer participar, em querer ser um grupo activo participativo a pensar e a estudar soluções e a incentivar a participação da juventude portuguesa nos assuntos sociais, políticos e económicos do nosso País, mediante organização de conferências e debates que se pretendam edificantes e com raciocínio crítico e independente."
A ideia não será original e a "Plataforma Pensar Claro" ainda estará em fase de orientação. Apesar de tudo gostei de ver jovens que apesar de se revelarem de direita são revolucionários como a esquerda, porque me indica que a sociedade mais jovem começou outra vez a pensar e a querer intervir e isso para mim já é o começo. Gente amorfa e sem opinião ou que não esteja sequer interessada em pensar já temos que chegue. O tempo dirá se este grupo perde a vontade e se morre cínico à nascença. Espero que não, todos são bem vindos desde que sejam capazes de pensar e agir em conformidade.
Do conferencista guardei a seguinte frase por me parecer pertinente no tempo, na hora e no argumento.
"Se dizem que os portugueses são idiotas, eles não podem escolher os governantes." - Pedro Arroja, 21-05-09

25/05/09

Pensar Alto

Não é pelo facto de sermos pequenos, é pelo facto de sermos uma cultura de gente pequena. De repente entendemos que todos somos iguais, que todos nascemos iguais, que todos podemos estar no mesmo espaço, que todos podemos ter direito ao nosso pão com manteiga. Acontece que as elites sempre existiram e a única forma do povo querer passar ao patamar de cima é ter referências. Hoje como não há elites não há referências. E não há referências tanto ao nível dos punhos de renda, eventualmente arcaicos e desajustados, mas também não os há nas filas de espera ou na frequência do autocarro, da biblioteca, do café ou do restaurante. Querer misturar as duas coisas sem aprendizagem prévia só leva a que fiquemos na verdade e agora sim, com tudo e todos iguais. Ou seja pobrezinhos e desajeitados a olhar para os talheres e adoptar comer à mão. Há uns tempos largos dizia eu, que um Presidente com gravatas de seda num país maioritariamente de T-shirt tinha de querer dizer alguma coisa. Por aqui também nos devíamos lembrar do inverso. Enfiar o Rossio na Rua da Betesga pode ser objectivo de muitos, mas que ainda não conseguimos também é verdade.

Sardinha assada com punhos de renda

Há quem lhe chame crise mas é sempre bom ver como se pode dar a volta ao texto e do negativo fazer uma solução contrária. Pelo menos uma vez na vida quem habitualmente não se lembraria de entrar no "Eleven" vai poder pelo menos ver como é. A iniciativa é interessante mas fica por aqui. No futuro são os mesmos que continuarão a frequentar os locais onde a democratização não é assim tão bem vinda quanto parecerá a quem agora aproveitar a boleia.
Atitude e acção muito diferente em vigor há já algum tempo no antigo "Bule" e agora reformado e chique restaurante de alguns dos jogadores do FCP. Ali na Foz, o jogo e o futebol é diferente. O arrozinho de pato, especialidade antiga da casa, tem 50% de desconto em determinados dias da semana. Mesmo assim, uma refeição para dois com vinho, sobremesa e direito a um número razoável de empregados atentos ronda os 50 euros. Se não tivesse o tal desconto não seria o dobro mas passaria ao patamar seguinte. Pergunta existencial: quem é que pode? Os mesmos do costume.
Democratização dá-me ideia que só no Senhor de Matosinhos ou nos Santos Populares com a sardinha assada, essa sim para todos lado a lado, mesmo que as bolsas sejam diferentes e as toilettes opostas.

Good Madness à segunda - feira!


Guns N' Roses Ft. Sir Elton John Playing November Rain

22/05/09

O cinema está triste

João Bénard da Costa(1935-2009)

20/05/09

Acho III


Acho que não havia melhor época do ano para fazer obras na Foz. Mesmo que sejam as famigeradas do saneamento junto à praia.

Freguesias e Bailes da Paróquia

No tempo qm que os rapazes da Areosa iam ao Baile da Paróquia e conheciam o caminho.

Rui Veloso - Um Trolha d'Areosa

Rui Veloso - Baile da Paróquia

Dicas de beleza

Um dos casos de sucesso da blogosfera e do nosso Portugal já com livro na banca. Parabéns à Mónica do mini-saia.

Não havia necessidade ...

Bárbara dá as boas vindas ao Manel que chegou de Paris. Pena que o estilista estivesse a pensar no Além!
Foi há 47 anos e Marilyn fez várias tentativas até conseguir entrar no palco. Segundo consta por causa do vestido especialmente concebido para a ocasião. Happy Birthday Mr. President foi o momento!

19/05/09

Homo Sapiens

A Luz atribuiu-me um prémio cheio de brilho, que com muito orgulho já está exposto.
Devo responder à seguinte pergunta: O que significa para mim ser um Homo Sapiens?
Um Homo Sapiens é em primeiro lugar um ser que nasce sem certezas e com a vontade de encontrar caminhos. Caminhos de sabedoria, de compreensão, de tolerância, de dádiva, de amor e dedicação, de competência e de afirmação. O Homo Sapiens tem o coração aberto e a mente curiosa, do caos faz organização, da vida faz coragem, do amor faz família, da caridade faz paz, do bem faz razão. O Homo Sapiens é de tal forma ambicioso que raramente se encontra à primeira, o normal é procurarmos uma vida inteira e só no último dia o encontrarmos.

Séries de televisão

Luísa, as séries de televisão que aqui deixo, com alguma ordem cronológica mas sem preferência.





Passo à Júlia, à Lucia, à , ao RAA, e à Ana Paula se o desejarem e ainda não tiverem sido incluídos noutros blogues.

18/05/09

A idade e os Globos

A idade não tem idade. Ainda ontem na gala de entrega dos Globos de Ouro na SIC, o constatamos, mais uma vez. A homenagem a Manoel de Oliveira já é um clássico, mas gostei de o ver dedicar a distinção à sua Maria Isabel. Para além deste clássico tivemos a clássica Eunice Munõz que apareceu mais nova. Eunice que sempre foi uma mulher diferente, deixou o ar de velhinha e cansada e adoptou finalmente uma ar mais jovem com o cabelo e com a maquilhagem duma actriz que ainda não está para morrer. A Eunice fica muito melhor neste papel que tem agora que no outro de actriz "antiga" e está muito mais parecida com a mulher que há uns trinta anos andava pelo mesmo café que eu, tinha filhos pequenos e vivia a época do seu grande amor. Era também a época do estilo Carmelinda Pereira. Foi também com a Eunice que António Feio fez televisão. O António que era um miúdo e que fez furor numa série de televisão que se chamava "Gente Nova". Foi o actor revelação, tal como o eram na altura, a Guida Maria e o João Perry. Bem como os mais velhos que fizeram as primeiras peças de teatro para televisão em Portugal. Mário Jacques, hoje seria conhecido por ser da família da Cláudia e não por ser um actor que também "fugiu" do Porto e que se não estou enganada começou carreira no Teatro António Pedro. Hoje é mais conhecida a prima mais nova, o teatro é outro e tudo o resto é inveja!
A idade não tem idade enquanto cada um quiser esse papel. A idade só tem idade quando cada um de nós se deixa levar pelo sentido demasiado sério da vida. É certo, que muitas vezes é a vida que nos leva ao sério e é também a vida que nos tira do sério se quisermos e deixarmos. Mas que dá uma grande trabalheira também é verdade. E a propósito de grande trabalheira, achei piada à entrevista da Isabel Leal sobre o tema sexualidade. O titulo da Pública rezava assim " ter orgasmos dá uma "trabalheira desgraçada". Tema para discutir numa próxima. Para já fiquemo-nos pela trabalheira de manter uma carinha laroca e a dar seguimento à intenção da dieta que depois dos vestidos da Gala e das belezas que por lá andaram todo o cuidado é pouco!

Good Madness à segunda - feira!


Diana Krall

16/05/09

Acho II

Oferta do meu amigo F.
Acho que vai ser um belo fim- de- semana!

15/05/09

Acho I

Acho que vou fazer dieta!

Do you speak other languages?

Miguel Esteves Cardoso faz no Público de hoje, a sua análise "Dobrada com feijão". Na sua opinião que é também a minha, Portugal não só se está a fechar para o mundo através do seu bem mais precioso, mas também a ficar mais pobre. A dobragem de filmes infantis que retiram a capacidade de nos expormos a outras realidades, castram a natural curiosidade e imaginação das crianças, bem como deixarmos de ouvir um filme ou novela em brasileiro ou de vermos filmes legendados no seu idioma original, fará de nós "poliglotas espanhóis". Na verdade, um povo que sempre se distinguiu pela sua facilidade de arranhar o portunhol, o franciú e o englishú, ficará mais pobre e virado para si mesmo.
Se uma coisa é preservar a língua portuguesa e o Acordo Ortográfico, outra é fecharmos os ouvidos aos sons e aos ritmos de outras culturas. Recordo a admiração com que somos recebidos sempre que viajamos e nos apresentamos a falar o idioma local. E a pergunta sacramental "onde é que aprendeu a falar assim?" Recordo também que nos países mais desenvolvidos qualquer homem de talho fala inglês, excepto em Espanha.
Seguindo a lenda "que de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos" espero que esta seja apenas uma moda para lançar novelas portuguesas. Se alguma coisa diferencia as gerações mais novas em relação à minha, é precisamente a capacidade de comunicação global, transversal e universal que o inglês, por exemplo, proporciona. Não é só a matemática que ajuda a compreender os negócios é também o inglês que evita que aviões caiam por falta de entendimento entre a torre de controlo e o cockpit, são as negociações internacionais, são o podermos ser portugueses dum Portugal moderno. Não quer isto dizer que não se fale bem o nosso idioma, mas essa parte faz-se mais através da leitura e menos através das novelas televisivas.

Trovadores

14/05/09

Maria Isabel

Feitas as compras procurei a "caixa" que tinha a fila menor. Coloquei-me atrás duma silhueta pequena e franzina que também lá estava numa tarde de sábado. A vantagem de fazermos compras num local à porta de casa é que apesar de ser um supermercado, conhecemos as meninas da caixa e elas também nos reconhecem com um cumprimento e um sorriso. Algumas até já sabem se é para entrega e quando nos vêem entrar chegam a pedir ao colega que aguarde "que esta senhora é rápida" e "mora já aqui ao lado".
A fila com menos pessoas era uma "caixa" prioritária. Como eu tinha poucas coisas, a menina conhece-me e as outras estavam complicadas fiquei. À minha frente a figura franzina continuava direita e firme à espera. De repente a menina da caixa fez um sinal e disse "pode passar à frente que a senhora tem prioridade". A figura franzina olhou para trás e disse-me que passasse à frente dela. Foi aí que eu vi que era a Maria Isabel. Por mais que insistíssemos que era com ela que estavam a falar, ela dizia que não e que podia esperar. Finalmente, convenceu-se ou não quis armar confusão. Mesmo assim foi dizendo que tinha idade mas não era preciso, que tinha tempo e podia esperar. "Eu tenho 90 anos e o meu marido tem 100! Hei-de chegar aos 100 e ele aos 110", dizia!
Enquanto as pessoas da frente faziam conversa sobre o bom estado da senhora com aquela idade, eu e a menina da caixa, sorriamos. Quando Maria Isabel se afastou direita e sorridente com as suas compras, eu recordei a entrevista dada por altura da comemoração dos 100 anos do marido.
"Era um rapaz muito pretendido ali na Foz. Veio-me buscar para dançar e eu para o arreliar e mostrar que era diferente das meninas que andavam sempre à sua volta e a cair-lhe nos braços, disse-lhe que não podia aceitar o convite porque ele não me tinha sido apresentado. Ele resolveu logo ali a situação e pediu a um amigo comum que o apresentasse."
Casaram dois anos depois.
"Eu gostei logo dele, pela maneira sensível como tratava as pessoas. Era um rapaz muito sabido, mas era também muito humano e nunca procurou abusar da minha simplicidade". "Eu só sabia que, quando ele fazia um filme, nós ficávamos cheios de dificuldades. E isso foi uma injustiça muito grande que lhe fizeram..."
Maria Isabel mulher do Manoel que há-de chegar aos 100 e ele aos 110! Um doce de senhora nas palavras da menina Paula "caixa nº1", fila prioritária.

Mr.Sandman


Chet Atkins

13/05/09

"Oração" - 1964


António Calvário

Porto de Abrigo

Os cafés e as igrejas têm sido portos de abrigo para muita gente e representam o divino e o profano que existe em nós. Tanto o Café Magestic como a Igreja de de Sto Ildefonso pertencem a épocas em que às mulheres só se permitia que entrassem no divino e os homens que podiam entrar nos dois preferiam a entrada no profano.
Café Magestic, Porto

Igreja dos Clérigos, Porto

12/05/09

Presente!

Paulo, Nuno, Vital? Presentes!
Ilda, Miguel, Laurinda e Carmelinda? Presentes!
Quem é que falta?



European Elections TV Spot - Portuguese version

The good news are ...

Carrie Prejean, 2009
"Fighting back tears, she thanks Trump for "believing" in her amid her pic scandal . Miss California Carrie Prejean will keep her crown, Miss USA pageant owner Donald Trump announced at a press conference Tuesday at Trump Tower in New York City."

Jogamos às Europeias

Portugal, foi sempre muito esperto e conseguiu fintar todos até um dia. Não foi à II Guerra Mundial, não abriu fronteiras, não participou na Grande Depressão, alinhou com a Inglaterra na paridade do escudo, criou barreiras à importação e produziu internamente o que necessitava mesmo que fosse à custa da economia rural e do desemprego oculto, as exportações também eram vedadas porque não importava mas, Portugal tinha as Colónias. E foi vivendo enquanto pode, afastado, sozinho e orgulhoso. Mas chegou o dia em que a esperteza estava a banhos e Portugal muito esperto a fintar, não conseguiu fazê-lo com a Comunidade Europeia. Todos os malabarismos tinham sido possíveis por termos a nossa própria moeda que alguns ainda se devem lembrar e que se chamava "Escudo".
Escudo é também sinónimo de protecção e por alguma razão a Grã-Bretanha sempre esperta e com quem devíamos ter continuado a aprender, achou que se devia escudar e escusar de aceitar essa parte que não lhe convinha. E ficou com a sua libra e continua a ser Europa e os seus cidadãos europeus.
Agora que vamos a votos para as eleições europeias, queremos voltar a ser espertos e tentar confundir o que por aqui se passa com o que por lá se passa, mas temos as mãos e os pés atados.
Isto faz-me lembrar a anedota do preso que dizia "aqui na prisão as portas estão todas abertas excepto a última que está fechada". É, connosco é igual! É tudo nosso excepto o Euro que é de todos e que não nos permite fintar ninguém, a legislação que impõe regras para todos, o conceito de cidadania que continua a ser um ponto aqui outro ali, um tratado que é de Lisboa mas que dele ficou o "porreiro"e outras pequenas histórias. Portanto como dizia Daniel Bessa no Expresso, o que interessa é votar nas europeias e ter lá bons representantes, porque tudo o resto é devaneio primaveril.

11/05/09

Good Madness à segunda feira!


Koop-Islands Blues

Koop-Strange Love

10/05/09

O "i" está aí!

Logotipo: excelente, imediato, informativo, círculo igual a mundo e a mundano, sólido na base, in and on-line.

Jornal:
Layout: Muito bom. Grafismo e imagem, lettering e planos bem conseguidos.
Cor: Azul do logotipo, subtítulos e marcadores. Bem escolhida, cor forte do pantone de cores primárias para papel matte reciclado.
Tamanho e gramagem: Bom
Público Alvo: Idade entre os 30 e os 45 anos, classe A
Concorrência directa: Oje e Público
Conteúdo: Três dias após a saída do 1º exemplar, parece-me demasiado ligeiro e muito agarrado ao leitor de blogues.
Tempo de vida do jornal: 1 dia. Este é um jornal de leitura fácil e imediata. Não ficam artigos para reflexão. Jovem e irreverente na abordagem. É também o seu ponto fraco.
Tiragem: 80000 tem de ser um investimento caro.
Preço: 1,40 euro reflecte o investimento inicial, mas está dentro do valor de mercado.
Apreciação geral: Um jornal de fácil leitura, com um complemento online muito bom e de acordo com as tendências de leitura print. Pode ser um vencedor, mas está a nascer e o tempo dirá.

Revista "Nós":
Formato e layout: Bons. A gramagem do interior podia ser inferior, mas dado que o objectivo é fazer uma encadernação final está adequada.
Temas: Muitas reservas, apesar de ter havido um cuidado exemplar em definir a técnica de amostragem na recolha de informação e dos temas a tratar.
Público Alvo: público feminino das revistas Happy, BlueTravel e público em geral do "i"
Apreciação geral: O primeiro número não permite tecer melhor opinião. Aguardam-se os próximos.

Esta é uma opinião pessoal e obviamente controversa. Um primeiro número não regista o produto na sua fase de maturação mas permite antecipar o seu grau de longevidade. Neste caso, penso que é um projecto duradouro, mas que necessita de ganhar peso e não é "com papas e farinhas", mas com notícias frescas.

A magia da diferença

Numa época em que se reclama o melhor, o conceito contrário inicia o seu caminho. The Worst pode ser uma experiência desejada e é uma ideia absolutamente genial. Pegar naquilo que todos queremos esconder e torná-lo num bestseller. É nos momentos de crise que surgem as ideias inovadoras e para isso nada melhor que olhar à volta e simplesmente tirar partido do mais simples. Um hotel em Amsterdão, fez da sua menos -valia uma mais-valia. O marketing e uma excelente campanha fizeram o resto. Muito mais eficaz que remodelar e ficar igual a tantos outros na cidade, o hotel apostou em mostrar o que de pior tem, mas numa óptica ecológica. O conceito não é a porcaria mas sim o eco-sistema, o conceito não é falta de conforto mas sim contenção térmica, eco mais uma vez. Um sistema que limita energia e utilização de recursos apenas ao básico de que necessitamos. O livro está publicado e outros lugares irão surgir.
A partir de agora haverá um nicho de mercado a explorar e Portugal pode ser o primeiro candidato. O jornal "i" foi já o primeiro a trazer a ideia através do seu roteiro de restaurantes clandestinos mesmo aqui ao lado e em Lisboa.
A magia está no produto e a diferença nos que o descobrem e o divulgam em primeiro.

09/05/09

Jóias e desejos

Nicole Kidman Sautoir

Wishfull slider

Amy Adams necklace

08/05/09

Com propósito e a despropósito

As parcerias começaram no dia em que perante a contingência de fecharmos a porta, pensámos em abrir espaço para outros mercados. Assim começou a época da internacionalização primeiro e da globalização a seguir. Na internacionalização as variáveis eram vocacionadas para o espaço mais próximo e a análise fazia-se em termos dos mercados que conhecíamos, nas capacidades de colocação, nas análise de forças e fraquezas, custos e oportunidades. As empresas de maior porte iniciaram a luta das barreiras à entrada de novos mercados e contrataram especialistas que lhes definissem mercados alvo interessantes. As viagens de empresários começaram a fazer-se, a formação profissional arrancou, os empresários aperceberam-se que tinham de ir vender as rolhas a outros países. E começamos a exportar rolhas. As rolhas não cabiam nas garrafas, diziam, e nós iamos enviando equipas que chegavam e verificavam que as rolhas não eram nossas ou que não tinhamos visto as garrafas que as iam receber. E não tendo eu nada a ver com rolhas, este exemplo apenas demonstra que afinal ainda não tínhamos internacionalizado, porque não tínhamos interiorizado que não bastava fazer rolhas era preciso ter pessoal qualificado que conhecesse os mercados externos e que tinhamos também de vender a imagem de Portugal.
A seguir veio o conceito de globalização e as PME continuaram a internacionalizar porque não tinham capacidade para globalizar. Os mercados eram desconhecidos, os custos de oportunidade muito elevados e as empresas sem músculo financeiro para investir em marketing. Investir em marketing tem sido considerado até há bem pouco tempo um custo para as empresas. É que as empresas que apenas adjudicam 4 ou 5% do seu orçamento para o marketing não podem fazer muitas omeletes em terras distantes. Entramos então no período estandardização e tudo parecia mais fácil, só que agora estávamos com mais do mesmo sem diferenciação. E repensando o assunto ficamos a fazer localmente o que queríamos globalizar. Passamos a "glocalizar" e neste momento estamos a "parcealizar" que é uma palavra inventada para o conceito de fazer igual com o parceiro do lado, com a tecnologia global e tentando focalizar no meio da diversificação. Por outras palavras, deitar fora o que não dá lucro, fazer brainstorming com parceiros think tank todos iguais em barcos iguais e apenas a querer ser suficientemente grandes para poder globalizar internamente o conceito de posicionamento de mercado a custo zero já que a crise internacional, só veio complicar a nossa já complicada tarefa.

07/05/09

Saudavelmente absorvidos

Nesta época, a vida em Portugal era mais "descomplicada", o país acordava para as novelas brasileiras, que eram divertidas, com imagens dum país distante através de um escritor. Jorge Amado que tinha sido lido pelas elites, podia agora ser visto por todos. Já não era preciso saber ler, bastava ver e ouvir. Hoje, instalada a democratização das imagens, elas são bem mais folclóricas, mas igualmente menos belas. E o país está quase a chegar ao ponto de rebuçado. Eu não sou grande coisa nesta história de pontos de açúcar, mas julgo ter lido que a partir daí fica em ponto caramelo, o tacho está esturricado e o doce estragado.

À espera do avião

Dizem-me que lá em baixo está um caos. O cidadão fartou-se de ser enganado e veio a correr, só que o BPP está a secos e molhados. Quem se trama com esta saga são os que têm de chamar a polícia, falar com a televisão, tapar a entrada e fugir aos olhares de quem passa. Os que ficaram são os que menos têm para contar e os que estão dentro aguardam calmamente que os processos sigam com o ritmo que conhecem. Pelo caminho, uns são pessoas de bem sem dinheiro, outros são os que acreditaram no faz que faz, na aparência e no discurso de festa, e ainda alguns que acreditam que o seu há-de chegar um dia. Há-de, sim! Só se for nesta versão - de avião e à beira-mar sobrevoando o oceano.

A pedido e mais alguns


Pasta Medicinal Couto

1ª Campanha publicitária de Toddy - 1958

Leite de Colonia

Antigamente


Restaurador Olex

OLEX (Petróleo e Restaurador)

Espuma de Barbear Palmolive - Anúncio

Aqui ninguém faz farinha!

Fico na dúvida se sou eu que estou com idade a mais, ou se quem escreve nos jornais é demasiado novo. Digo isto, porque a Farinha Maizena dava-se, sim, às crianças e não foi nenhuma gaffe do ministro. Não a confundiu sequer com Cerelac ou Milupa, que estas ele nem deve conhecer.
Era feita como um leite creme e o pequeno almoço de muita criançada. Eu que o diga! A papa Maizena a escaldar, bem quentinha acabada de fazer e pronta a comer mesmo nos dias de calor. Havia a farinha Pensal que era de cacau e todos gostávamos mais e a farinha 33 um pouco mais antiga. Havia quem contasse muita coisa e quem tivesse gosto de ouvir, também.
Havia “lá na Rua da Vitória, 46-48, candeeiros bem bonitos modernos e originais que satisfaz(iam) plenamente o cliente mais afoito”, havia “leite de colónia para a (nossa) pele realçar” e havia “o boca doce (que era) bom (e) bom é, diz(ia) o avô e diz(ia) o bebé” e havia e não havia gente que nos aviava como podia e sabia, e hoje somos embrulhados e despachados com informações e discursos. É "trigo limpo Farinha Amparo"e quem vier atrás que feche a porta sob pena de levar com a papa na cara, que connosco, portugueses, ninguém faz farinha!

06/05/09

Just snickers!

Good shoes but poor common sense!
Michelle Obama, Feeding America

É servida?

Andamos sempre com pressa. Estacionamos e damos uma moeda ao rapaz que nos ajuda a encontrar um lugar para estacionar, mesmo que o parquímetro esteja ali ao lado. Faz parte dum serviço que ele presta e que nós acabámos por aceitar. No Porto, os arrumadores desapareceram por uns tempos, mas uns tantos ficaram residentes, por isso não estranhamos vê-los. Ficamos até às aranhas quando não os temos por perto, porque eles facilitam a vida. Ontem fui ao sítio do costume, o rapaz apressou-se a limpar os jornais do chão e a fazer conversa enquanto esperava pela moeda que já sabia que eu lhe daria. Estava a comer dizia, ele. Tinha ido buscar umas coisitas ao Pingo Doce com o dinheiro que lhe dávamos.
Carro arrumado, virou-se para mim e perguntou: É servida?
Eu afastei-me com um sorriso nos lábios e pensei como a vida nos dá hipóteses diferentes e que apesar da pobreza ainda há quem pense que deve partilhar com quem lhe dá. A Porta do Vento tem hoje um tema idêntico que merece ir lá espreitar.

05/05/09

Unidos pelo Mar

Hoje - dia da Cultura Lusófona - às 18:30 na sala do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa.

04/05/09

O Euro em análise

O texto que se segue está conforme o original e representa a percepção de uma criança que no ano lectivo de 1998/99 frequentava o 4º ano de escolaridade. É uma verdadeira Jóia, da família dos Jóias aqui representada pela sua mãe. Tanto no nome como na escrita, a autora antecipa com clarividência a vontade e o destino dos europeus. :)
Ilustração do autor
"O Euro é a moeda que vem no ano 2002.
Euro vem da palavra Europa.
Há pessoas que não queriam o Euro, mas pronto já está.
Em 2002 11 países vão ter Euros.
A bandeira da Comunidade Europeia é azul com umas estrelas douradas.
A Comunidade Europeia quis o Euro para a Europa ficar mais forte e unida."
(Composição: "O Euro", Autor: A minha Quarta Jóia, Porto, 1998/99, 4º Ano)

Good Madness à segunda feira!


Dire Straits - Sultans Of Swing (Live)

03/05/09

"A Mãe" - Máximo Gorki

"...Livre dos pesadelos da vida doméstica com seu marido, Peláguea Nilovna passa a observar melhor o comportamento de seu filho Pavel. Logo percebe que seus hábitos não são iguais aos dos outros jovens do bairro, que não freqüenta as festas nem consome álcool em demasia, mas mesmo assim permanece um grande tempo fora de casa. A mãe chega a formular diversas hipóteses para justificar a ausência constante do filho, porém descarta todas elas. Certo dia, após o jantar, Pavel encosta-se num canto e sob a luz do lampião começa a ler um livro, a mãe se aproxima dele em silêncio, e então o filho revela: “Estou lendo livros proibidos. São proibidos, porque dizem a verdade sobre nossas vidas de operários...”. Subitamente a mãe sente um aperto no coração e então Pavel explica-lhe pacientemente tudo o que já havia aprendido sobre a vida dos operários e diz-lhe que em breve alguns de seus amigos da cidade virão até a casa, para que se realize uma reunião...." Excerto (tradução brasileira)