02/05/09

Susan Boyle



A vida dá muitas voltas, o tempo faz estragos, e as oportunidades só chegam com ajuda do sonoro. Neste caso foi o show dos talentosos. O marketing também consegue milagres, mas não inventa vozes ao vivo. Podia ter sido descoberta mais cedo e foi, só que não se tornou famosa, porque era uma jovem de 22 anos igual a muitas e a cantar em clubes recreativos. Vinte cinco anos depois, faz sensação porque é feia, velha e gorda e ninguém dava nada por ela. Vai ser uma estrela e tal como Joe the Plummer nos Estados Unidos, também fará carreira internacional. Golpe publicitário ou não fico com a sensação que o mundo apenas se exalta com absurdos do tipo "Mulher Barbuda". É pena, independentemente, do sonho ser ou não verdadeiro e Susan Boyle considerar realizada a sua pretensão.
"Susan Boyle As You Have Never Seen Her Before"
by Andy Pemberton in
Musictoob

7 comentários:

Ricardo António Alves disse...

Impressionante, as voltas da vida e os estragos do tempo.

Mike disse...

O marketing faz milagres mas "the magic is on the product" (Bill Bernbach). :)

Lina Arroja (GJ) disse...

Absolutamente,RAA. É impressionante o que se faz e o que outros fazem de si próprios.


Mike, a frase para ser sempre recordada!
A magia está no produto sim mas alguém tem de o criar ou descobrir e o resto já sabemos. Entre muitas variavéis a mais difícil: distribuição. Neste caso distribuição de emoções e percepções.:)

mike disse...

Touché! ;)

Lina Arroja (GJ) disse...

The same! :)

ana v. disse...

Houve antes um caso quase igual, há um ou dois anos: Paul Potts , um vendedor de telemóveis tímido, feio e insignificante, que de repente abre a boca e deixa sair uma Nessun Dorma digna das melhores escolas do canto lírico (procurem no youtube, vale a pena). Congelou os sorrisos condescendentes, meio trocistas, de um júri à espera de uma prestação tão patética como a figura que tinha à sua frente.
Susan Boyle é o mesmo modelo de surpresa e de "lição". Se são produtos de marketing não faço ideia - é bem possível - mas lá que cumprem a sua função, isso cumprem: a de nos fazer engolir em seco os preconceitos e os estereótipos com que nos formataram.

Lina Arroja (GJ) disse...

Eu conheço o Paul Potts. Aliás ele vai estar em Lisboa brevemente.
Estou de acordo que cumprem a função de não deixar morrer sonhos e de dar aos outros um murro no estômago. Só não gosto da campanha mediática que se segue, porque se faz das pessoas simples um circo, apesar de ser também essa "a magia do produto".