19/06/09

Aldeias para que vos quero

O Mike tem andado cheio de trabalho e por isso não desconversa mas vem dar uma achega de bom vizinho. Assim, na última vez que visitou a Luísa disse que nunca tinha sentido necessidade de ter uma aldeia. Confesso que me deixou intrigada. Por outro lado, eu descobri que para além duma aldeia também tenho uma terra. E se pensar bem ainda encontro outros lugarejos a que poderei chamar zonas de boa convivência e também lugares onde me sinto em casa. Quando o Mike se interroga se somos mais felizes ou talvez não, voltou a intrigar-me. A resposta foi dada pelo próprio que já voltou a desconversar. A aldeia dá-lhe tédio, é passado, é saudosismo e o Mike não gosta de fado. Como homem e bom rapaz o meu amigo não tem tempo a perder com o que já foi. É o presente e o futuro, diz ele! Mas eu não acredito, que um homem não necessite do seu passado. O passado é referência e a aldeia até pode estar dentro do álbum de fotografias e não suscitar recordações, mas tem o significado de ter um dia existido. Pelo sim pelo não eu vou escolher uma aldeia para o Mike. Ela fica em parte incerta, pode ser visitada de carro, comboio, barco ou avião e dá pelo nome de Mar.

22 comentários:

Rita Roquette de Vasconcellos disse...

bnito

:-)

Luísa A. disse...

Querida GJ, está a ser demasiado benévola e compreensiva com o nosso diabrete. Ele diz estas coisas só para nos contrariar. Aposto que tem uma «aldeia», em Lisboa, algures pelas Avenidas Novas; aposto que tem uma terra, algures, em África; aposto que tem uma segunda terra, algures, em Trás-os-Montes… e admito que tenha uma zona de excelente convivência consigo próprio, que é o mar.
P.S.: E vamos ver como responde ele a esta infame provocação. ;-D

Lina Arroja (GJ) disse...

Deve estar a preparar alguma.;)

fugidia disse...

GJ,
o mar não é uma aldeia, pois não?
:-)

fugidia disse...

Eu falo por mim,

- em Lisboa, numa excelente avenida, tenho um ninho;
- em África tenho a terra, sim;
- a segunda "terra" é o Alentejo (mas a terceira é, definitivamente, em trás-os-montes)
:-)

(intrometida, bem sei, mas só porque sei bem do que fala o Mister :-) )

Lina Arroja (GJ) disse...

Fugidia ...;)
A Luz que é brasileira nascida nos EUA, também diz que não tem uma aldeia...

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

vou por vós, o Mike tem a aldeia dele sim, quer é desconversar.

Mike disse...

E agora Mike? O que dizes sobre isto? Antes de mais, faço uma vénia e digo "obrigado, estragam-me com mimos". :)
GJ, you got a point but don't rest my case. lol
A senhora põe a sua arte e mestria na escrita ao serviço da sua irresistível capacidade de manipulação. (gargalhada)
E Luísa, chegue aqui, não pense em escapulir de mansinho, porque também é uma manipuladora nata. (muitos risos)
GJ, o mar seria, definitivamente, a minha aldeia, essa que afirmo nunca ter tido, se ele fosse uma aldeia. Mas não é, pois não? É amplo, espaçoso, livre, tem uma linha do horizonte que só é imaginária para quem não tem imaginação. Em resumo, dou o meu antebraço para torcer, mas não o braço inteiro. ;D
Uma última palavra para a Luísa: provocações vindas de senhoras como a Luísa e a GJ são, no mínimo, deliciosas, jamais infames. :D

Fugidia, a menina é intrometida sim. (gargalhada)

Júlia, como a menina é teimosa, catrino! Já lhe disse que não tenho uma aldeia... mas gosto de desconversar, claro. :)))

Lina Arroja (GJ) disse...

Luísa, já temos o antebraço para torcer;-)

Até logo que vou à praia e ao ginásio fazer musculação. Quem vem?

Mike disse...

Eu já fui e já voltei. À praia, ou melhor, à aldeia. (muitos risos)
Cheguei cedinho e passei pela areia. O resto do tempo estive na minha aldeia a apanhar umas onditas. Hoje a minha aldeia abriu as portas aos banhistas veraneantes, ou seja, mar calmo, muito sol e óptima temperatura do mar. ;D

ana v. disse...

E quem não quer uma aldeia dessas??

A propósito, GJ, ontem dei um pulo à sua aldeia, jantei em tête-à-tête no Terra (que não conhecia) e passeei pela Foz, com uma noite morna mas com aquela humidadezinha que não nos deixa esquecer de onde estamos... uma delícia, anyway. Mas já cá estou outra vez no Sul, na minha aldeia.

Na próxima vez, quando for com mais tempo, bato-lhe à porta.

Luísa A. disse...

Será que mais ninguém ficou a morrer de curiosidade com o jantar em «tête-à-tête» da Ana no Terra da aldeia da Grande Jóia? ;-D

ana v. disse...

LOOOOOOL
Luísa, eu não vou dizer mais nada... a não ser que o meu tête-à-tête aqueceu o Porto inteiro, da Ribeira ao estádio do Dragão! :-)

mike disse...

Eu ia dizer "Ana não sejas invejosa". Mas não, pensei de imediato, que injustiça irias cometer, Mike... a Ana não merece isso. E se pudesse contar-nos... hum... o que é um tête-à-tête? (sorriso inocente)

ana v. disse...

Graxista, é o que tu és!
Mas vou fazer-te a vontade porque não quero que fiques na ignorância: um tête-a-tête é um encontro de duas cabeças, não necessariamente pensantes... em todas as conjugações que a imaginação permitir. Esclarecido? :-)

Lina Arroja (GJ) disse...

Meus amigos, adorei o vosso "tête- à-tête" aqui em casa. A aldeia do Mike estava excelente e olhem, perdi-me por lá até à noitinha. O jantar em "tête- à-tête" que se seguiu fez o resto.;)

O jantar da Ana deve ter sido fantáaastico...e o calor que se fazia sentir aqui na minha aldeia não se encontra todos os dias e especialmente noites. Que Tal o Terra, gostou?

Como já conheço a minha aldeia e sei que essa brisa marítima não nos deixa mesmo nos dias de calor, fui conhecer o Twin's Baixa e a nova boémia-chic da Baixa do Porto.
Por acaso o Fugas de ontem dedica-lhe um artigo, com uma excelente apreciação que eu confirmo.
E claro que sim, quando vier ao Porto é bater à porta. E não há dificuldade "O Porto é uma aldeia com muitas casas", dizem os "inbejosos"...:)

Enquanto estive na aldeia do Mike, pensei na definição de "home-town" para as pessoas dos países com grandes planícies. Eles não têm nem terra nem aldeia. Porque será?

mike disse...

A minha terra tem grandes planícies e planaltos... ;)

mike disse...

Ah, e obrigado, Ana. És uma querida. Foi providencial a tua explicação. É que não estava a entender nada... (risada abafada) :)))

Lina Arroja (GJ) disse...

Os planaltos fazem toda a diferença! Será que a expressão "cabeças no ar" tem origem nessa terra...?

Mike disse...

Humprfftt!!! Desisto. As suas alfinetadas parecem bisturis. ;)

Lina Arroja (GJ) disse...

Por alfinetadas, como vai a Dona Rosa? (risos)

ana v. disse...

Ahahahahah... Ó dona Rosa, a sua filha chegou do Brasil!!

Quem se lembra disto?

Gostei do Terra, GJ, embora estivesse mais propriamente na Lua.
O ambiente é simpático e... olhe, já nem me lembro do que comi, mas estava bom. ;-)

Tem de me apresentar essa nova boémia-chic da Baixa do Porto, que eu não conheço. Combinado?