25/09/09

É preciso distinguir e esmiuçar

(imagem retirada da Internet)

Zézinha, diz que é um valor seguro. Se há valores seguros, para além do prémio pago às instituições financeiras, é arriscado assegurar. Admiro-me que não tenha sido esmiuçado, porque se há valor seguro, então vale mais do que aparenta e até pode ser garantido. O ponto é que no último ano nem com suspensórios conseguimos segurar o que quer que fosse. A começar pelas bolsas e a terminar na nossa carteira, podemos dar a bolsa com facilidade e não vale a pena gritar, acudam que é ladrão!
Para isso, mais vale trabalhar que laborar porque cansa mas não estafa. Laborar indica força física e a menos que sejamos treinadores de algo, o melhor desporto para não cansar é trabalhar sentado. Quando entramos numa fábrica encontramos pessoas a laborar e outros a trabalhar. Quando entramos num escritório encontramos pessoas a trabalhar e descansar. Quando entramos num atelier de moda, de arte, de design, de arquitectura encontramos pessoas a construir o que outros vão laborar e a trabalhar para o descanso da reforma. Quando entramos numa repartição pública, encontramos pessoas muitos cansadas mas não estafadas, porque estiveram a remexer papéis e a palrar, alguns também a escutar, só que tiveram de se ausentar para descansar. Laborar na óptica da teoria da acumulação mundial capitalista é coisa do passado, é "trabalho vivo". Já o trabalhar do pós revolução industrial é mais "trabalho morto".
Agora, era preciso esmiuçar porque se lembrou Ferreira Leite da teoria marxista e dos ensinamentos do Capital. Um grande capital para explicar no próximo dia de eleições, prende-se com o grau de cansaço, fadiga, esgotamento, debilidade, fraqueza e a clareza da distinção dos votos e da lavoura conseguida.
(PS: que me desculpem os puristas da economia no trocadilho apresentado, que pode conter algumas imprecisões com necessidade de esmiuçar!)

6 comentários:

Luísa A. disse...

Minha querida GJ, com estas torrentes de informação que lança sobre nós, não nos dá tempo para o «esmiuçamento» necessário. Mas quanto ao «valor seguro» da Zezinha, diria que é, na minha ideia, o valor contido na solidez de uma maturidade bastante amadurecida. Ou seja, quer se goste, quer não do «produto», ele já não muda na sua essência, não há risco de surpresa ou de degradação. Pessoalmente, devo confessar que acho muita graça à Zezinha (que só conheço dos «media»), porque, apesar do tal valor seguro, da tal maturidade amadurecida, conserva uma feminilidade arisca, meio caprichosa, divertida e juvenil, que desarma facilmente os homens. Acrescentaria apenas que, se este comentário estiver um pouco confuso, não creio que valha a pena esmiuçá-lo... ;-D

vbm disse...

:) Sempre o humor feminil me encantará! Quer o da 'joia' quer o da Luísa. Parabéns a ambas :)

Mike disse...

Esta "coisa" das eleições está a deixar a Luísa séria demais. (risos)
Eu achei piada ao P.S. associado a economia e imprecisões. E interroguei-me que associações seiam feitas se em vez de P.S. fosse P.S.D. ;)

Lina Arroja (GJ) disse...

Mike, Verdade, verdadinha que só me lembro desta palavra.:)

Lina Arroja (GJ) disse...

Vasco, gentileza sua. Obrigada em meu nome e da Luísa.;)

Lina Arroja (GJ) disse...

Luísa,
Também acho piada à postura arisca da Zézinha e é verdade que desarma facilmente os homens.
E quanto ao produto seguro, visto da sua perspectiva não deixa de ser um caso para esmiuçar.:D