14/03/10

A dormitar


(Cartoon Elias o sem abrigo, de R. Reimão e Aníbal F)
Depois de ter passado o santo dia de ontem a dormitar, eis que acordo já de madrugada com a seguinte notícia. Pelos vistos vamos ter o tal emprego responsável. Fiquei sem saber se os ministros tinham estado a trabalhar todo o dia ou se tinham chegado depois do jantar. Eu estava desde manhã a tentar acompanhar o Congresso do PSD, sem êxito. Na pausa do jantar ainda tentei recuperar daquele estado de indolência que me tinha atingido o cérebro o dia todo. Fiquei sobressaltada com os carros dos ministros a chegarem apressados para rever o PEC. O que se trabalha para reduzir o que quer que seja e sem resultado! Teixeira dos Santos estava cansado mas parecia feliz. Tinha conseguido mais uns cortes orçamentais. Eu fiquei com a sensação que o exercício tinha sido igual ao que nos meus tempos de estudante fazíamos. "Olha pá, corta aí em qualquer lado que o prof. nem repara. A malta tem é de apresentar uma coisa arranjadinha que pareça bem e que dê nas vistas". Mas como estive a dormitar todo o santo dia, deve ser engano meu.

4 comentários:

Dreamer disse...

Também eu estive a dormitar, mas porque parti uma costela e não posso fazer certos movimentos...
Do congresso nada vi, enm sequer as notícias. Só acordei já no fim do Académica-Porto...

Bacouca disse...

GJ,
Eu como já não acredito na política que por cá se faz, seja PEC,seja congresso do PSD, seja outra coisa entro instantaneamente em letargia. Fomos pelos vistos 3 mas tenho a certeza que nada perdemos pois nada é para melhorar!
Beijo

Luísa A. disse...

Não é não, GJ. É isso mesmo que a sua infalível intuição lhe diz. Os cortes vão ser cegos, vamos ter licenciados forçados a aceitar emprego na secção do talho ou da peixaria de supermercados (enfim, os parentes não caem na lama, mas cai, seguramente, a auto-estima) e vamos ver coisas nunca vistas no capítulo da iniquidade. Como diz, o que interessa é «apresentar uma coisa arranjadinha que pareça bem e que dê nas vistas». :-)

A disse...

GJ,
Como eu a compreendo! Às tantas até fiquei com a sensação de que não devia estar boa da cabeça. É que este pessoal dos congressos faz-nos ficar tolinhos! Inenarrável!