18/06/10

Camas mal arrumadas

Diz o ditado que cama mal arrumada não dá sonos repousantes e mais, que quem a cama faz e nela se deita não tem de que se queixar. Acontece porém, que lá pelo Algarve há quem queira pôr fim a esta pouca vergonha de camas emprestadas à prima, vendidas livre de impostos e sem as respectivas receitas fiscais, a todos os que nelas se queiram deitar. Ainda por cima agora que o governo anda à caça de receitas e se deu conta desta riqueza nacional que dá pelo nome de economia paralela. A malta já desconfiava que era uma questão de tempo até virem em cima do colchão que temos a mais na garagem para o que der e vier, mas assim de repente não está certo. Por um lado pedem-nos para fazermos férias dentro de casa e que nos tornemos novos empresários e agora querem que deitemos fora as camas que nos davam o rendimento extra do negócio. Em Portugal a economia paralela só continua a ser fenómeno para quem gosta de passar por tanso, para os outros é representativo de uma economia frágil, desorganizada e onde os que se dizem espertos fazem pela vida e chegam a lugares de responsabilidade. Infelizmente sempre existiu e está aí para continuar nos mais diversos sectores. O turismo é apenas o último a ser chamado à pega, sem ninguém o conseguir controlar. São coisas do meu país em tempos de desarrumação.

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