21/06/10

E a paixão?

Vive-se a época do sensacionalismo, mas onde está a paixão? Nos últimos tempos parece que tudo o que se apregoa tem de ser enviado com o exagero de emoção, mas esquecendo que é o mensageiro que traduz o fôlego e o ímpeto da acção. No mundo dos negócios se as equipas de venda não forem apaixonadas pelo produto não serão capazes de traduzir esse espírito de empatia e necessidade de ouvir. O marketing tem passado por momentos difíceis e as empresas e seus gestores põem ênfase principal na diminuição de custos e apresentação de resultados, esquecendo que o bem principal tem de ser vendido em primeiro lugar. Uma empresa com gestores que só se preocupam em reduzir custos e estão alheios à angariação de clientes não vai longe. Com o tempo, mesmo aqueles que ainda têm alguma paixão, passam a desinteressados que tentam vender a outros desinteressados. É urgente voltar a acreditar que o mundo não é feito só de episódios negativos e que não é uma questão de esperança que nos move, mas sim a nossa capacidade de mudar mentalidades, situações, empenhos e outras tendências que estão à nossa mão. Como Seth Godin muito bem nos relembra, "people who don't care, selling products to people who care less" é verdadeiro. Por isso é tão importante que os CEOs se lembrem das pessoas que dirigem e dos produtos e serviços que pretendem que elas representem. Mas para isso, eles terão de se apaixonar, em primeiro lugar, por aquilo que fazem.

3 comentários:

Mike disse...

Ok Colega! Mensagem recebida! (Até me deu o mote para, apaixonadamente, escrever sobre o assunto... quando tiver tempo). :-)

Lina Arroja (GJ) disse...

Força, Colega!:)

Luísa A. disse...

Querida GJ, o primado começou por ser da produção. Depois passou-se para as vendas e para o Marketing – e justamente! Mas os financeiros nunca perderam a ambição do poder e acabaram por o tomar, nas empresas, em todo o lado, vendendo (também eles, mas internamente) a magia das suas «reengenharias». Estamos assim, nas mãos dessa gente e dos seus números tantas vezes balofos, há quantos anos? Eu diria entre quinze e vinte, porque ainda me lembro dos bons tempos anteriores. :-)