Eu sei que somos todos iguais mas faz-me uma enorme pena ver aquelas senhoras bonitas e bem arranjadas, com ar sereno de quem a vida nunca fez mal e ao mesmo tempo com o olhar receoso de quem não sabe o que lhes vão fazer e o que vão encontrar. Hoje, entraram duas pessoas assim acompanhadas pelas filhas e ao passarem pela sala das poltronas, eu tive uma grande vontade de lhes dar as boas vindas com um sorriso de compreensão e de proximidade afectiva. Do fundo do meu assento era como se a minha mãe estivesse ali comigo a dar-me a mão. Ela, que decidiu partir no dia de hoje, há doze anos atrás e que por muito tempo que passe me continua a fazer muita falta, especialmente agora.
15 comentários:
A proximidade afectiva é talvez o remédio mais eficaz que se encontra nas "salas das poltronas". Dá-la e recebê-la é igualmente bom, e faz toda a diferença.
Um beijo especial pelo dia de hoje, GJ.
Obrigada, Ana. Estou a aprender tudo isso que me diz. Bj
Proximidade afectiva ou, como eu costumo dizer, terapia dos afectos, é mesmo o mais importante (e está só nas nossas mãos).
Beijo suave :-)
A tempo não cheguei para lhe dar um abraço no próprio dia. Better later than never. Quanto ao sermos todos iguais, vai desculpar-me ó Colega, mas esse assunto dava pano para mangas. ;)
Querida GJ, um beijinho por ontem. A asinha protectora dos nossos pais há-de fazer-nos falta sempre.
Fugi, nas nossas mãos se estiver também no nosso coração.Bj :-)
E não é mesmo, colega que dava pano para mangas... (risos)
Luísa, compreendo-a muito bem. As minhas filhas mesmo à distância, uma em Madrid e outra em Londres, dão-me essa intimidade que deixou no post da Fugi. Mas os nossos pais fazem-nos de vez em quando muita falta.:-)
Bj
Só damos valor ao que tínhamos quando o perdemos...
Um beijo de especial carinho.
GJ
Estou "apalpando" terreno pois parece-me que a GJ vive uma batalha, diferente da minha mas não deixa de nos tornar tão sensíveis "as salas da poltronas" e também sentir a falta dos que já partiram. Para mim, estejam onde estiverem,estão sempre conosco.
Um beijinho
Partilhar a falta que sente me fez correr para abraçar o que ainda tenho tão perto fisicamente. Obrigada GJ
De qualquer modo,
o sentimento filial,
e o parental,
são claramente
distintos, diferentes,
da amizade e do amor
sexuado.
GJ,
Vi na tarjeta ao lado
a tua referência
ao "Amor Feliz"
de David Mourão-Ferreira! :)
Ora aí está uma belíssima
e terna história de amor
que o desiguala do
amor de pai
e de filho.
:)
- Gostaste do romance?
Eu adorei e surpreendeu-me deveras.
Mike, só um reparo que (felizmente) não conheces: na "sala das poltronas" somos MESMO todos iguais, o que não deixa de ser uma lição.
Verdade, Ana!
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