Depois, há aqueles dias em que gostava de saber onde está o tal sítio que nos dá o silêncio, o som das cigarras, um raio de sol e um vento leve que nos toca o corpo. E logo a seguir, procuro fugir das bolas no pé e dos bolos na areia, refugiando-me no cantinho da ilha encantada, do pé que não sai do lugar e do espaço que é só meu. Que saudades do paraíso ou melhor dizendo, do tempo em que a criançada era apenas dos outros que viviam muito, muito longe do meu poiso.
E é nestes momentos que sinto uma saudade grande dos lagos canadianos escondidos nas montanhas, livres do perigo das bolas e dos chutos, dos gritos e apitos. Espaço grande, água limpa, gente tranquila, pescarias de salmão e de truta. Tempos em que uma imensa saudade das águas e do sol português e das bolas não de areia, mas de berlim me assaltava a alma. Onde está esse lugar? Ai vida, que nunca nos dá o que queremos em tempo certo. Ou será muito sol na moleirinha e vontade de regressar ao dia a dia do começa e termina, recomeça e volta a girar? Só sei dizer que estou farta desta vida de areia, bolas no pé e de bolos com açúcar. Até para o ano, que vou procurar o meu refúgio, junto do verde dos pinheiros e dos eucaliptos lá do norte.
17 anos
Há 5 meses
4 comentários:
O Verão, com as suas rotinas balneares, é a estação por que mais suspiramos todo o ano e aquela que mais depressa nos cansa quando chega, GJ. Não vejo a hora de poder aliviar esta pressão na frescura e na agitação outonal. ;-D
Eu gosto do Verão, mas não costumo tirar férias em Agosto, nem procurar a praia.Faço uma excepção durante uns 10 dias, mas o objectivo não é fazer praia e sim conviver com amigos.
Aqui no Rochedo, estou sempre ansioso que o Verão termine, para poder desfrutar da praia à minha vontade.
Boa viagem até ao seu refúgio.
Talvez esse lugar esteja dentro de si...
Quem sabe não tem razão, Faroleiro.
Há quanto tempo;)
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