Quem nasce num país quente ou moderado como Portugal não sabe conviver com o frio. A gracinha das primeiras nuvens cinzentas e dos flocos de neve são cheios de risos e gritinhos para passarem rapidamente a desejos de calor. A neve branquinha como o algodão é linda durante umas horas para logo se transformar num caos de pernas para o ar. Os dias que se têm sentido podiam ser encarados como uma forma de promoção do nosso país como temperado e um refúgio em tempos de invernia. Talvez promover o que temos de bom quando os outros têm frio na casa dos 30 e 40 negativos. E nós temos de bom tudo aquilo que faz parte do nosso inverno. O fumeiro, a caça, os queijos, os vinhos, os licores, as compotas e os doces conventuais, as casas senhoriais com o conforto antigo, as mantas e as camisolas da região. Trás-os-Montes, Beiras e Alentejo deveriam encontrar o seu momento de glória num pacote de turistas desejosos de um pouco de calor. Aliás, sendo os portugueses pródigos em utilizar o linguajar gastronómico esta seria uma bela ocasião para lançar livros sobre a gastronomia, a música e a língua portuguesa.
Reciclar os clássicos e trazer a rota da sua escrita às regiões onde nasceram. Pode ser que alguém se lembre disso enquanto se enchouriça com roupa para o frio ou se enrola na manta para aquecer. Eu cá, vou vestir a minha camisola poveira enquanto aguardo os turistas.
Reciclar os clássicos e trazer a rota da sua escrita às regiões onde nasceram. Pode ser que alguém se lembre disso enquanto se enchouriça com roupa para o frio ou se enrola na manta para aquecer. Eu cá, vou vestir a minha camisola poveira enquanto aguardo os turistas.
4 comentários:
Hum... belo padrão para o meu hobby... com encarnado e tudo!(risos)
:-D
Boa ideia, a do final do post.Vou pensar nisso, a sério!
Quanto aos agassalhos, que saudades tenho de uma camisola poveira que transformava as noites frias num conforto...
Excelentes dicas para o nosso país. Tenho para mim que a salvação de Portugal está no Turismo e em todas essas pequenas-grandes características culturais que possuímos.
Quanto ao firo: adoro!
Acho muito bem, GJ. Aposto que lhe fica muito bem. :)
Mas espero ser poupado à reciclagem dos clássicos e dos momentos de glória de que fala. ;)
Enviar um comentário