É sempre assim. No momento em que uma pessoa farta - de dizer, batalhar, argumentar, soletrar, pedir, equacionar, repensar, refazer, gritar, sorrir, chorar - bate a porta, não falta quem, a curto prazo, a elogie e enumere o mal que daí virá. Em Portugal, a emotividade leva-nos sempre a escolher o mal necessário no pior momento possível. Raros são os casos em que o mal se evita por análise racional dos objectivos a atingir. Com Sócrates foi igual. Não tarda que se verifique que afinal a crise política só serve os mesmos e que não é substituindo o Primeiro-Ministro ou um partido por outro que o país se endireita perante Bruxelas e perante os portugueses. Que ninguém fique convencido que o próximo governo será diferente nas medidas, porque tal como disse hoje Angela
Merkel , a ela só lhe interessa o futuro do Euro. Quanto ao resto e no actual contexto da UE, podem vir outros governos e outros partidos, que é igual ao litro. E esta, é a realidade que os portugueses deveriam ter percebido há muito tempo, a bem dizer, desde que aderimos ao Euro. Como diz o outro, é só uma questão de tempo para Sócrates regressar e voltar a ser aclamado.
3 comentários:
Infelizmente bem podes ter razão!
Voilà!
Não sei se concorde inteiramente consigo, GJ. Porque julgo que o que está realmente em causa não é tanto o conjunto de políticas e medidas, como o cumprimento de umas e outras. O que se pretende é alguém que execute com competência, de modo a poupar-nos a novas políticas e medidas, e à correspondente «espiral» de austeridade.
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