Não me interessa nada se a revista tem estes ou aqueles elementos, ou o que A disse a B e por aí fora. O que me interessou como leitora foram os temas que se discutiram, uns melhor conseguidos do que outros, mas em todos um interesse qualquer sobre este ou aquele assunto. A qualidade do papel, da ilustração, do design gráfico de Lucy Pepper e da impressão gráfica antecipava-se que a revista teria todas as condições para ser um bom projecto. A rentabilidade do mesmo é outra história.
O mercado avalia o projecto é verdade, mas a linha editorial, e a distribuição é que fazem os milagres da "mão invisível". Neste caso, e na minha opinião, foi o ponto fraco. Falta de segmentação do público alvo e indefinição da linha editorial.
Os colaboradores que lá escreviam com perfil muito díspar, atraíam pela ligeireza da prosa, sendo este um ponto positivo. A Atlântico deveria ter sido orientada para o target feminino e a distribuição deveria estar ao nível das revistas generalistas e de grande consumo. A Atlântico lia-se de uma ponta à outra, e não sendo revista densa era um excelente veículo de formação e informação. Numa altura em que a falta de ideias é grande, é pena que o seu director Paulo Pinto Mascarenhas não tenha conseguido ultrapassar o break-even do negócio.
17 anos
Há 5 meses
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