Pertence ao imaginário do meu filho mais velho em primeiro lugar e logo a seguir do segundo. Por inerência familiar passou a fazer parte dos meus espectáculos preferidos. Há muitos anos no país distante chamado Canadá, chegava uma família com um rapazinho de oito meses. O miúdo cresceu com acesso aos primeiros aparelhos de vídeo. No edifício onde morava esta família havia uma loja "convenient store" que entre outras coisas úteis, pão, leite, congelados, alugava vídeos. Foi o início. Diariamente o rapazinho, agora já mais crescido queria ver o mesmo filme, vezes sem conta. De tal forma que deu lugar a proibição total da entidade materna e paterna. O irmãozinho, mais novo três anos, para além de não ter igualmente idade para ver aquela saga, servia de protagonista ao mais velho. Depois do episódio em que a casa ia ardendo com as torradas queimadas, o miúdo, então com cinco anos, escreveu a seguinte nota " I won't see Starwars anymore. Just one more time!" Para a história ficou a anedota e a saga familiar que foi cedendo à medida que eles cresceram. Os rapazes, hoje gente casada, conseguem fazer os diálogos de cor para quem os quer ver numa cena parva, a mim aquilo ainda me irrita mas não deixo de rir com a patetice. De alguma forma, este é um momento que ficará, igualmente, associado à minha carreira de mãe e para eles serve de exemplo em matéria de educação e gestão familiar.
17 anos
Há 5 meses
2 comentários:
Vi o filme quando saiu, GJ, e foi com ele que compreendi o alcance do meu desinteresse por ficção científica. Esqueci-o no momento em que acabei de o ver. Depois dele, fui arrastada para outros do género, também considerados «filmes de culto», e o efeito foi o mesmo. Deve ser da tristeza de «futuro» - ou «condicional» - que geralmente nos pintam. ;-)
Mas já viu o concerto, GJ?
Não vi o concerto, Luísa, mas palavra que gostava.;)
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