26/01/11

Cadeiras

Alvar Aalto (1929)
Este mês regressei ao meu local de trabalho com a vontade de quem quer contribuir para a riqueza nacional e pessoal. Assim, tratei de perceber onde podia atacar o meu espírito livre e desenvolto por meses fora da secretária e da cadeira habitual. Alinhei ideias, afiei lápis porque ainda gosto de escrever sem teclar, ajustei o computador, dei uma voltinha na secretária, e preparei os dossiers vazios. Tarefa seguinte, pedir alguns elementos para me situar e focalizar, fazer o ponto de situação e, sem muitos alaridos, tentar equacionar a melhor forma de diplomaticamente dar a minha opinião sobre o trabalho desenvolvido por outros na minha ausência. Tudo devagarinho e com meias descanso, lá tenho entrado pé ante pé no dia a dia empresarial. As perguntas são normalmente seguidas de um porquê por parte de quem me ouve, nada de especial apenas que o reganhar da confiança se faz devagarinho e com muita subtileza. E mesmo que os anos nos tenham dado provas de capacidade, não é de repente, mesmo que o lugar se mantenha, que se reganha. Tudo isto, porque a liderança e os lugares não se conquistam apenas por se encontrarem  vazias algumas cadeiras.

13 comentários:

Dulce Braga disse...

Bom retorno GJ, à cadeira que muito rapidamente reconquistará,agora certamente com mais sabedoria e mais doçura.
Bjs

Bacouca disse...

GJ
O regresso ao trabalho é salutar mas hoje em dia as pessoas são materialistas e de uma ganância profissional que, quando a cadeira se manteve vazia não aceitam vê-la preenchida e pela mesma pessoa!
Mas estou certa de que, com a sua diplomacia e "estatuto" profissional, se vai impor rapidamente.
Um beijo

mdsol disse...

Coincidência? Interessante.

:))))

mdsol disse...

Ah! E bom regresso ao trabalho, claro..

:))))

fugidia disse...

E essa cadeira, GJ, tal como outras dele, são fantásticas e só esperam a pessoa... certa ;-)

Dreamer disse...

Bom regresso ao trabalho!

Luísa A. disse...

Estava convencida, GJ, de que tinha decidido, vai talvez para uns dois anos, passar a pasta aos seus herdeiros. Ia jurar que tinha lido, por aqui, qualquer coisa nesse sentido. Mas um trabalho de que se gosta nunca, realmente, se deve abandonar. É libertador e profiláctico. E «enriquecedor», claro! ;-)

Lina Arroja (GJ) disse...

Obrigada,Dulce, diferente do anterior, sem dúvida.

Lina Arroja (GJ) disse...

Bacouca, as pessoas apesar de serem insubstituiveis são rapidamente substituidas, em certas funções,verdade! Mas se as marcas tiverem ficado não são esquecidas e é só uma questão de tempo até se sentirem outra vez na posse de outras tarefas.

Lina Arroja (GJ) disse...

Mdsol, coincidências existem onde menos se espera.:)))

Lina Arroja (GJ) disse...

Fugidia, não tenho esta cadeira apenas a ilusão (no sentido tradicional) de a ter. ;)

Lina Arroja (GJ) disse...

Dreamer, beijo :-)

Lina Arroja (GJ) disse...

Luísa, minha amiga e fiel leitora, claro que viu e leu essa declaração de intenções...;)))
que eu mantive durante estes dois anos. O primeiro por vontade própria, o segundo por obrigação do destino, porém, tal como a minha amiga sabe, o melhor é não fazermos planos a longo prazo, não vá o corpo falhar e a mente influenciar...;-)