Expressão antiga para designar o nome de alguém e hoje raramente utilizada, a Graça de alguém pode ser fruto de muita coisa e dar origem a muita confusão.
Quando uma mulher deixa de estar de graças, nasce aquele ou aquela a quem temos de atribuir uma Graça. Independentemente de todas as graças que o ser possa ter ou fazer, há que designar aquele ser por alguma coisa. A tarefa não é fácil.
Durante o tempo que antecede o glorioso evento de "dar à luz", as influências dos que rodeiam o casalinho são tremedas. Por vontade do pai a criança seria Angelina Jolie, para a mãe Brad Pitt, para a avó Mariza como a fadista, para o avô Cristiano Ronaldo e por aí fora. O rol pode ser do tamanho de uma lista de compras de supermercado.
Lembro-me da história da Prantelhana, mulher do povo, que na hora do baptismo perante a pergunta do padre sobre o nome que haveria de dar à criança, o pai terá respondido: "Prante-lhe Ana". Como o sacristão não era dado a estas coisas das literacias, a rapariga ficou registada com a graça de Prantelhana para a vida.
No actual estado de graças, ditos e cochichos não admira que qualquer dia alguém prante Jacobino ou Jacobina a algum dos seus rebentos. E lá virão uma série de Jacobinas da Silva, seguidas do Jacobino Maria mais chique e social.
17 anos
Há 5 meses
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