Na cultura oriental coisas, seres ou elementos não morrem, renascem. Daí não ser estranho que na construção de novas cidades e prédios, a alma da cidade antiga passe para a nova. O espírito pertence ao mentor, o líder passa o caminho a pessoa encarna o desígnio. Espírito e conceito estão mais do que interligados na reconstrução de Pequim. "A eternidade não deve habitar a arquitectura, mas sim o arquitecto"(Simon Leys, Ensaio sobre o China, Cotovia 2005).
A China de hoje passará a ser diferente segundo a segundo, mas o espírito continuará a habitar as ruas e os quarteirões porque apesar de todos iguais todos serão diferentes. O que interessa é quem lá vive, e as pessoas são diferentes e os arquitectos que lá permanecem deixarão os materiais até ao dia em que outro venha ditar novo conceito. Para os chineses copiar é uma arte e um segmento de mercado legal e há muito utilizado. Aliás essa tem sido a capacidade da economia chinesa, fazer rápido o que outros já inventaram e distribuir num ápice.
17 anos
Há 5 meses
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