28/10/09
Teresina,Piauí
27/10/09
24/10/09
19/10/09
De marcha à ré para São Paulo
Good Madness à segunda - feira!
Mayra Andrade - Lua
17/10/09
Jóias e talentos do Piauí
"Há talentos que dignificam o Piauí no Brasil e no mundo, como é o caso de Kalina Rameiro que, através de suas bolsas e jóias, conquistou o Japão e de dona Maria da Conceição que junto com mais de 700 mulheres levou os bordados da Caatinga para São Paulo, Brasília, Itália, França, Estados Unidos e outros países."
Kalina Rameiro e ratos no Japão
16/10/09
Sempre é bom ter um divã
Quando recebi este Selinho da Lisa, fiquei muito feliz e atrapalhada. Sabem porquê? porque esta situação do divã tem que se lhe diga, mas é difícil de dizer...
As regras são as seguintes:
1. Postar o Selo - Já está!
2. Dizer quem me indicou- Já está, lá em cima!
3. Escrever três conflitos que me levaram ao Divã - Vamos lá começar e vão ser quatro!
Até hoje, o único divã onde exercitei o regresso ao passado e à auto-análise foi o de lá de casa. Quatro situações, relacionadas com a aprendizagem e sensatez na tarefa da educação, até eu compreender que não há decisões erradas, apenas aquelas que nos parecem certas porque são as que na altura sabemos.
- A terrível sensação de culpa ao colocar o tempo profissional à frente do tempo familiar. No dia, em que ouvi aquela cabeça encaracolada dizer "eu sou o único da minha classe que ainda não tem os livros forrados", senti que me tinham atirado ao divã.
4. Passar a seis amigo(a)s. Nesse caso, vou convidar os meus amigos RAA, Mike, Carlos, Vasco, João B., e Pedro Correia a aceitarem este divã.
15/10/09
Grande Abraço
14/10/09
Vozes com eco
O fim da primeira parte da minha estadia em São Paulo, começa aqui. A Estação da Luz, a 25 de Março e o Mercadão, símbolos duma cidade em que todos têm um lugar.
Apesar de ser fora do Museu que o idioma essencialmente se fala, é dentro dele que a língua se mistura com a sua origem cultural se ensina e se renova. Tem por objectivo dinamizar a importância do português no Brasil e orientar jovens, estudantes, professores e interessados em geral, na leituras de textos e de autores da lusofonia. Diversas exposições centradas no português têm lugar na antiga Estação da Luz que, neste momento, assinala em exposição os 120 anos do nascimento e obra da escritora Cora Coralina.
Algumas vozes mais conservadoras não consideram aquele espaço um Museu, mas apenas uma exposição. Para mim, foi o que eu estava à espera, ou seja, um espaço falante e interactivo entre o português de Portugal, o português do Brasil e o português Africano. Um Museu de português, com sotaques distintos e sem necessidade de acordos ortográficos para todos se entenderem. E como todos os espaços que não parecem museus, tinha gente e pessoas interessadas pelo que se lhes apresentava e que mais não era do que o respirar lusófono.
Quem vai para aquela zona da cidade, segue o trilho da 25 de Março. Aquele caos no meio da rua, num sábado de manhã, foi puro entusiasmo turístico e não me impressionou em particular. A segurança é, no entanto, quase total devido ao policiamento bem marcado. O aglomerado de gente a vender cuecas, meias, e diversos artigos de "marca" não é diferente das nossas feiras a não ser na dimensão. Nas lojas ou galerias de cada lado da rua podemos comprar por um terço do preço e com atendimento personalizado, mas mesmo aí, temos de ter muito tempo para escolher bem. E nesse caso, encontramos de forma mais confortável na Av. Paulista, algumas galerias de "marca" ao preço da chuva e sem tantos apertos ou perdigotos. Na verdade, tudo se repete como se estivessemos numa qualquer grande cidade em que as marcas se encontram no quarteirão seguinte, caso o comprador não a tenha visto no primeiro momento ou queira repetir a dose. A diferença é o tal do intangível valor intrínseco. O diabólico e glorioso empenho seria conseguir levar um dia, este público ao Museu sem artes ou artimanhas.
O Mercadão mostra o tamanho do bolso de cada um. Entre frutas exóticas, carnes, peixes e bacalhau "do Porto", queijos e linguiças, milho, frutos secos, azeites e temperos diversos, as lanchonetes do pão com mortadela, o bolinho e o pastel de bacalhau, o sushi da moda e o choupe da ordem, fazem deste lugar um espaço onde todos podem saborear o tradicional e o desejável a preços democráticos. Do ponto de vista humano, é um lugar de mistura de sabores e de tradição étnica segundo a origem de cada um.
Enquanto esperava um lugar para me sentar as "moças" ouviram a minha voz e afirmaram. "Ela é portuguesa. Conheço o sotaque!". A conversa estava estabelecida e o lugar para me sentar garantido. "É só um instantinho e você se senta aqui. Tá bom assim?"
Claro que estava mais do que bom, no fim de contas, estavamos as três em casa e eu ia comer e beber o mesmo. Fiquei a saber que uma tinha família a trabalhar em Portugal, outra tinha enviado um filho para estudar. Vidas comuns de gente igual e com eco na fala.
Nota: Fotografias tiradas da Net