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Usei pouco a net para me documentar, li o que me pareceu suficiente e preferi ir lendo à medida que a minha tranquilidade me permitia assimilar o que era importante. Recusei informação a magotes e que se revela desnecessária e concentrei-me na clareza das palavras que me acompanharam na leitura de alguns dos tais livros recentes. Quando temos uma biblioteca pela frente com vários títulos e abordagens à nossa disposição sobre o mesmo assunto, temos de saber escolher. Foi o que fiz. Pelo caminho juntei alguns artigos recentes da net e alguns testemunhos, nomeadamente, "Crónicas da sala de espera" do Beça Múrias de que falei em tempos.
Deixo as referências dos que me ajudaram a compreender e a ultrapassar medos, preconceitos e estigmas sociais, em particular aqueles que nos habituamos a considerar só dos outros e nunca nossos. Perder a referência pessoal e profissional e entrar na categoria de doente é difícil, mas a seu tempo torna tudo mais fácil.
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Referências:
John Link, "The Breast Cancer Survival Manual", fourth edition, Toronto: Holt Paperbacks, 2007.
Lillie Shockney and Gary Shafiro, "100 Questions & Answers About Advanced and Metastic Breast Cancer", Toronto: Jones and Barlett Publishers, 2009.
David Servan-Schreiber, "Anticancro - Um novo estilo de Vida", 1ª edição, Lisboa: Caderno, 2008.
5 comentários:
No texto anterior, em que o assunto é conjuge, escrevi, para de seguida apagar, que só alguns conjuges conhecem, verdadeiramente o significado das palavras ditas nesse momento solene. Não sei porque apaguei o meu comentário original, mas sei porque não apaguei este. GJ, é possível, mesmo parecendo injusto, admirar tanto ou mais o Senhor Jóia do que a Senhora Jóia?
Neste caso, Mike, sinto que os dois fazem parte de um todo.:-)
O que escreveu nestes seus últimos cinco ou seis postes, GJ, é muito mais importante para alguns de nós do que possivelmente imagina. Comecei por lê-la a medo, confesso, mas, lentamente, fui ganhando força. A vida, depois do meio século, pode ser dura, já não recomenda que nos fixemos no futuro, mas apenas no presente, devagarinho, sem construir cenários e sem mais conhecimento do seu lado negro do que aquele que as circunstâncias vão exigindo. Às vezes, julgo preferível uma certa alienação. Mas a sua naturalidade, GJ, desarma-me. :-)
Estive dois dias sem ir à net, e deparo com os seus textos cheios de força e coragem. Bem haja por, assim, inspirar os outros.
GJ,
Tudo o que eu possa comentar aqui fica desajeitado.
Dizer talvez que há rituais cujas palavras-chave são tão certeiras que um dia descobrimo-nos a vivê-las.
Um abraço.
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