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Agora o Prós e Contras é um espectáculo muito apetecível. Talvez uma musiqueta de vez em quando ficasse bem para dizer com a letra. A Fátima mantém o seu ar compenetrado, se bem que um pedacito de sol não lhe fazia mal e melhorava cor. Os convidados, apesar de estarem gastos e já os conhecermos, são como família e mantêm-nos sempre informados.
Os temas apesar de não variarem continuam a ter interesse e estão na ordem do dia de hoje, amanhã e depois. E de qualquer forma, mesmo que se agende outro tema, os convidados terão sempre a a oportunidade de trazer de volta ou introduzir o tema que lhes interessa discutir. Isto, ou porque não foram convidados anteriormente, ou porque o povo é "burro que nem um calhau" e nem vai dar por ela, e o que conta é o concurso entre convidados, entrevistados e as palavras.
Antigamente, contabilizavam os minutos que cada um falava mas agora parece que ninguém usa relógio, o que é muito mais salutar. Aliás, os telemóveis que de tempos a tempos ouvimos tocar nos programas são para avisar sobre o tempo que cada um tem para falar daquilo que não interessa nada.
O meu favorito é o Ministro Manuel Pinho. Sempre que ele aparece eu fico feliz. Aqui está alguém que nunca vem falar sobre males, desgraças e coisas esquisitas do meu país. Deixa-me sempre optimista porque nunca fala de Portugal.
Manuel Pinho dá-nos uma perspectiva do que se passa noutros lugares do mundo. Assim ouvimos o que significa tecnologia, emprego, informação, produtividade, liquidez no bolso dos cidadãos e nos cofres dos estados, eco turismo e desenvolvimento, parques industriais, campos com milho e agricultura crescente e sem aeroportos, pescas sem mercúrio, aldeias com gente, comerciantes contentes.
De vez em quando, também aparecem outros com gravatas "Mont Pelerin" e desconhecidos que advogam que as pessoas escolhem os sítios pela comida e pelos restaurantes, porque hoje em dia tudo é gourmet.
Eu diria é que vivemos num "ninho de cucos" e todos estamos a ficar mais ou menos "cucos".
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