12/12/08

Só para saber

Estive a ouvir um grupo de senhores incluindo o subdirector do Público, a opinar sobre as faltas dos deputados. Parece que continuam a não assinar todos, estão ausentes mas também parece que têm desculpas adequadas, uns porque estiveram num jantar no Porto que durou até tarde e teriam de fazer directas para estar presentes no dia seguinte em Lisboa, outros porque tinham uma reunião já agendada, outros porque estariam no gabinete a estudar dossiers e leis importantes para a Nação, outros porque era dia de férias da empregada e não tinham quem ficasse com os filhos, outros porque tinham ido ao médico pedir a baixa, perdão parece que não é aqui o lugar para estes casos, outros já não me lembro.
Que se debata o tema ainda vá que não vá, que se peçam justificações também, agora que quem analisa tente desculpar os faltosos com os argumentos dos catraios é que não. Então que culpa é que eu tenho que o senhor X se tivesse deitado tarde e estivesse com sono? Por acaso numa empresa o colaborador utiliza esse argumento para faltar aos seus compromissos sem qualquer penalização? E que história é essa de colocar os deputados que nem miúdo de escola a dizer patranhas para justificar as faltas e levar o pai ou a mãe a assinar o impresso? E ainda, que macacada é essa de querer alterar o dia da votação para não deslocar à sexta feira gente adulta ao Parlamento?
E já agora, só para saber, isto é o País que queremos ou estamos todos doidos? Olhem, bem faz Santana Lopes que sorriu e nem deu ouvidos à jornalista que lhe perguntou porque tinha estado ausente. Assim como assim, nem interessa saber do Santana, nem do Rangel, nem de qualquer outro porque a justificação vai ser dor de cabeça ou má disposição ao primeiro tempo. Enquanto não houver nem rei nem roque, que é como quem diz autoridade e liderança o caminho está livre para todo o tipo de aldrabices e quem se amola é a malta que cá anda a dar o litro.