05/12/08

Ventania, sem rei nem roque

Por um lado a ideia das portas abertas é boa, poder entrar e sair sempre que nos apetece dá-nos a ideia de liberdade. Por outro lado, sempre que alguém pretende escancarar a porta as dores nas costas aparecem e, ai! que está muito frio e as correntes de ar são perigosas. Nos últimos tempos temos tido muitos ventos. São os ventos da crise financeira, são os ventos dos professores, são os ventos dos militares, são os ventos dos reformados, são os ventos dos médicos, são os ventos dos partidos, são os ventos da memória, são os ventos!
Neste último ano, ninguém esperava que tantos agasalhos fossem necessários para tapar buracos de diversas naturezas. E isso é que é perigoso, porque estamos a chegar ao Natal e a nossa boa vontade está muito gelada. Nesta altura do ano, necessitávamos de ter um pouco de conforto para iniciar um ano que se avizinha muito difícil e em que precisamos de acreditar que as vozes que até aqui se têm levantado o fazem com a determinação esperada, embora cada vez me pareça mais difícil sobreviver num país que não tem nem rei nem roque.

2 comentários:

Mike disse...

Hum... sem rei, ainda vá que não vá, agora sem roque? Sem roque, não, por favor. ;-)

Lina Arroja (GJ) disse...

E onde está o roque? ...;-)