E o absurdo continua porque nem os escandinavos utilizam o nosso tempo e nós que não fomos feitos para o frio andamos atrás do que não temos e não usamos o que é nosso. Não digo que uns dias de frio não sejam agradáveis e que a neve nos alicie e que o desporto seja revigorante e que as bochechas vermelhas e as orelhas a cair não nos parecem aventuras interessantes.
Este país que não é aproveitado pelos portugueses, devia ser promovido com os nossos produtos, as nossas gentes, a nossa cultura, as nossas excentricidades, as nossas características. Nós devíamos gostar muito do nosso país e por um tempo esquecer que o país não são meia dúzia de escândalos, porque todos os países os têm. Um país mede-se pela força e pela coragem de acreditar que somos capazes. Um país são famílias, todas têm as suas crises e as suas glórias, o primo taralhoco, o tio ou a tia com passado duvidoso, mas ninguém anda a falar no assunto fora do cerco e da intimidade familiar e não quer com isso dizer que seja assunto a esconder, apenas que não temos de aborrecer os outros com detalhes a despropósito. Claro, que se contarmos a nossa história picante, o clima torna-se mais propicio a que outro nos conte o seu problema. Mas o facto de não estarmos sozinhos na desgraça e de não sermos únicos na tragédia, não quer dizer que não se faça alguma coisa para mudar. Daí que mesmo que a crise seja internacional, mundial e outros tal, não podemos ficar conformados e confortados com a semelhança dos casos. E também não é altura para nos regozijarmos da desgraça alheia ou de dizermos que vamos aprender com o que o que outros fizeram de errado. É que muitas vezes não fizeram errado, apenas nada fizeram!
2 comentários:
Acho que as nozes já não são muitas, mas nem para essas temos dentes. :)
Temos de inventar e dizem-me que os implantes são remédio santo, bem melhor que coroas e esmaltes que partem com mais facilidade.;)
Enviar um comentário