A malta cá da terra tinha umas poupanças mas atenção que não somos ricos, portanto não andem para aí a dizer que lá porque entregamos o dinheiro a um banco que era apenas pequeno e de investimento, somos ricos. Não, nada disso os depósitos a prazo que na verdade não eram a prazo mas de capital garantido com retorno absoluto, eram em média de 200.000,00 euros. E os bancos de investimento dos ricos são coisa diferente, aceitam valores muito superiores e isto não era para a
maralha e agora não venham com
tretas de gente rica a querer ter a devolução do que perderam. Os ricos têm cultura em geral por isso depositaram em bancos grandes que garantem o dinheiro. Agora a
maralha só tem "
coltura", a
maralha também não percebe nada de contratos, que aliás não lê, nada percebe dessa história de
spreads, investimentos curtos, longos, com risco, sem risco e a
maralha o que quer é o seu juro e esse era bem gordo e chorudo. Só que o pobre costuma desconfiar da fartura e neste caso não quis saber. O que quis foi ter e ser igual aos outros tansos que acreditaram que a banca não enganava. Cultura financeira vamos ter a partir de agora, por sugestão da d
ra. Fátima da televisão que vai pedir à d
ra Maria de Lurdes do ministério que inclua essa disciplina no secundário. Aliás muito mais interessante do que outras disciplinas das quais os alunos estão mais do que fartos de ter e onde nada aprendem, pelo menos com esta vão aprender a não ser ursos e a ler tudo o que lhes puserem à frente. E também que em vez de acreditar nas instituições
per si devem questionar os conselheiros da banca. E já agora ter a certeza que a rapaziada sabe do que fala.
Quem não precisa nada disto porque já nasce ensinado, e tem olho vivo é que se tramou. Daí que o Barreto sendo um homem importante e viajado, com o dinheiro ganho pelo suor e com a enxada a ajudar, tenha ficado aflito quando a maralha que lhe entregou as poupanças começou a telefonar lá dos países evoluídos. "Ó Barreto tu vê lá do guito, pá! Dizem que os bancos andam para aí a perder dinheiro a torto e a direito, tu vê lá Barreto que a malta está aqui emigrada e confia em ti!". E o Barreto ficou assustado e aproveitou a boleia e toca de contar a sua história. Eu gostei do Barreto, mas o que já me está a enervar é esta recente necessidade e falta de tato de colocar nos programas de"gente fina para seus iguais" os uns e os outros, cultura vs "coltura" e querer ensinar a maralha com ares de sabedoria mal aprendida tratando-nos a todos como maralha. O debate transforma-se num cine falcatrua com actores feitos à pressa e eu não gosto, "prontos"!
5 comentários:
Deve ter sido hediondo.
Cine falcatrua em cima do joelho e com actores feitos à pressa também não gosto. Prontos! :)
Nem mais, hediondo e ...prontos!
Olha o que eu perdi! Mas só ia servir para me irritar... não há nada que me deixe mais doente do tratarem-nos como atrasados mentais, coisa em que este governo é perito.
Gostam e por isso é que continuam convencidos que somos todos tansos.
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