Por isso, eu penso que é uma tolice pretender dar hoje nomes pequenos a uma criança que nasce porque ela vai perder parte da sua identidade, que é composta pelos apelidos dos pais mas também dos seus avós maternos e paternos. Claro que para simplificar essa criança pode mais tarde usar na sua vida pessoal ou profissional os que entender, e que tanto pode ser o apelido do pai ou da mãe ou até de um avô. Ao pretender atribuir a um filho apenas um nome próprio e dois apelidos estamos a adulterar uma tradição de sabedoria milenar. Estando hoje as gerações mais novas cada vez mais longe do convívio com os seus familiares é talvez ainda mais importante continuar a ser "careta", "antiquado" ou "presunçoso" e, dar oportunidade a que um dia aquela pessoa que hoje nasce, queira amanhã saber um pouco mais da sua história presente e do seu passado longínquo.
Os povos ditos mais avançados há muito que têm um nome próprio e um ou dois apelidos, mas é também por isso que as festividades não têm significado, que os anos são esquecidos, que os acontecimentos de carácter familiar não têm importância e, acima de tudo é também por isso, que as Luxury Senior Residences representam um nicho de mercado muito apetecível e em expansão. Em Portugal, a tradição tende a chegar ao fim e a ser substituída pelos princípios dos países desenvolvidos e eu que tenho direito a achar, acho mal!
1 comentário:
Este é um ponto de vista interessante.
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