O dia em que todas as mulheres eram filhas e todos os homens eram de alguém já lá vai. As mulheres, hoje, são variadas e os homens são "um figo". Mulheres para todos os gostos. Elas são simples para o ingénuo, boazonas para o espevitado, "boas como o milho" para o brejeiro, finas para o esperançoso, amigas para o porreiro, companheiras para o ainda comunista, colegas para o estudante, rivais para o profissional, gajas para os gajos em geral.
No entanto, elas continuam a ter aquele estatuto que os homens grandiosamente apelidam de Mulher, Mãe e Amante. Oficialmente a Mulher é elogiada por todos e por nenhuns, raramente pelo marido. A Mãe é enaltecida pelas suas capacidades de abnegação, dedicação e sacrifício, pela dádiva, pontualmente, pelos filhos. A Amante é apreciada mas escondida.
Conforme a ocasião os homens tinham as filhas verdadeiras, as mulheres - filhas, as filhas mulheres e as filhas dos outros. Hoje, os homens têm mulheres. Também, todos os homens eram de alguém, hoje as mulheres chamam-lhe "um figo". Eles são de todas e a mulher moderna não tem "o seu homem".
Para uma mulher ter o seu homem pertence ao passado, excepção feita à mulher do outro. Entre "o moço e o "homem" e a "mulher, menina e moça" muita água passou. A correr e a saltar as mulheres que eu conheço estão no tempo do meu país. Elas são independentes, elas são fortes, elas lutam por aquilo a que têm direito. E eu gosto delas assim. Parabéns, portanto, a todas as mulheres.
17 anos
Há 4 meses
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