Precedido por uma apoteótica Aretha Franklin, o novo Presidente dos EUA iniciou o seu discurso de tomada de posse. Como sempre Barack Obama primou pela forma como se apresenta perante uma multidão. Obama transmite o que sente e se o vai conseguir ou não, neste momento já não interessa. O importante é que este 44º Presidente é um homem de fé e um homem com sorte. Teve a sorte de ter nascido num país de oportunidades, teve a sorte de ter crescido numa família branca da classe média americana e ser filho de um africano estudante universitário do Quénia, que também teve a sorte de ganhar uma bolsa de estudo e vir para o país da esperança.
(Tribune photo by Terrence Antonio James / January 20, 2009)
Barack Obama teve a sorte de ter tido uma mãe branca, filha única, que podia estudar e que fruto da liberdade e condescendência de uma família pouco convencional, seguiu o seu caminho e até estudou antropologia. Teve ainda a sorte de ter avós que puderam tomar conta duma criança que podia ter levado o caminho incerto de outras crianças filhas de pais divorciados cujos pais desapareceram e as mães esqueceram. Obama teve a sorte de poder conhecer as suas origens africanas, de visitar África e de estudar e frequentar escolas.
O novo Presidente num dos seus discursos de campanha apontou para a incidência de mães solteiras e de pais ausentes, em especial, nas famílias afro americanas. Ele sabia do que falava!
Hoje, no seu discurso inaugural Obama falou em igualdade e liberdade, em oportunidade e grandeza, em estatísticas e competência, em economia e trabalho, em fé e capacidade, em emprego e desafio, em curiosidade e escolaridade, em prosperidade e excelência, em crise e violência, em justiça e política interna, em militares e política externa, em paz e dignidade, em alianças e segurança.
Barack Hussein Obama relembrou o patchwork do qual a América é feita. Das diferentes culturas, de diferentes raças, de diferentes etnias, dos emigrantes que fizeram aquilo que é a sociedade americana, das pessoas que arriscaram para ter uma vida melhor mas que também deram uma nova vida à América e que continuam a dar a vida pelos Estados Unidos da América.
..."People judge you on what you build and not on what you destroy...by what a free man and woman can achieve... we do not apologize for our way of life"...
E é por palavras como estas que nós observadores portugueses, europeus, asiáticos, africanos, americanos e tais, olhamos para os EUA e sabemos que eles são capazes e ficamos alegremente à espera de também o sermos. Parabéns América!
3 comentários:
Vi estes seus posts dedicados a Barack Obama e num primeiro impulso, que contive, ia comentá-los, dizendo... já lhe digo, espere um bocado. (risos)
Depois cheguei a este e o impulso perdeu energia. Uma perda de energia proporcional ao meu sorriso. Pelo post e, especialmente, pela forma como acaba. Junto-me a ele (post) e a si, para também dizer "Parabéns América". Ah, falta o impulso... pois... cá vai: não consigo simpatizar com o homem, GJ. :-)
I wonder why... logo eu que o defendi, eu em quem votaria, eu em quem deposito enormes expectativas... I wonder... será caso para me internar já? (muitos risos)
A pergunta não tem respsta fácil. Interná-lo, pelo menos já, não me parece... O tempo dirá se alguma instituição o aceita, se ganha ou perde o impulso ou se, para bem da nação, arranja o seu momento de sorte e votamos todos em si (muitos risos). Never say never, because you never know:)
Most of times I never say never, because most of times I never know. ;-)
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