As referências significam registos diversos e nós registamos o que achamos importante. Por ser um elemento de análise qualitativo a classificação é relativa. Assim, dizer que é muito ou pouco apenas revela que teve significado relativo ao grau de importância que alguém ou um conjunto de pessoas, ou ainda um segmento de análise atribuiu a um factor numa certa ocasião. Outras coisas sendo iguais, podemos medir e quantificar.
Estatisticamente, podemos definir o que irá determinar ocorrências idênticas e construir uma tabela de valores e necessidades. No dia a dia, os nossos estímulos são condicionados por muitas variáveis, daí que ao ser pouco fiável o meu modelo tivesse de ser reequacionado.
Vem este tema a propósito das variáveis intangíveis que nos levam a comportamentos de difícil explicação racional. É por vezes complicado compreender as razões que levam pessoas a defender ideias contraditórias com o seu passado, ou a julgar o presente com as origens do futuro. O investigador diria, que de acordo com o modelo, as variáveis X e Y não têm relevância estatística, ou que estão correlacionadas, anulando-se a si próprias.
O meu ponto é, que o ser humano não é, nem modelo econométrico nem investigador todos os dias de uma vida. Por isso nós somos contraditórios, por isso nós damos valor àquilo que sentimos, que qualificamos e que a nossa intuição nos diz que é o caminho. E é também por isso, que o caminho é muitas vezes errado e a opção não foi a melhor, e só o tempo nos diz que assim é, e que assim poderia ter sido.
Nós acabamos por fazer aquilo que podemos e as opções anteriores são o que pudemos naquele preciso momento. Sem tirar nem por! Portanto, andarmos a choramingar hoje e alimentar esperanças amanhã faz parte da nossa essência. Pedro Arroja, diria que é History, já o Joaquim chama-lhe "maus genes".
17 anos
Há 4 meses
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