Vasco Pulido Valente escreve hoje no Público sobre os "Mistérios da crise". Como sempre a sua análise põe o dedo na ferida de forma acutilante e desgraçadamente divertida. Citando o cronista "A crise acabou por se tornar a salvação dos políticos falhados. Correndo gravemente de Paris para Bruxelas ou de Londres para Washington, falam e voltam a falar e a plebe, apavorada, que sempre os detestou, acredita neles." E VPV tem razão quando menciona a palavra confiança, depois de "produtos tóxicos" vem a confiança, e essa é a palavra do momento. E perante tóxico e confiança para quem nos devemos virar senão para as pessoas que nos disseram que o tóxico não era tóxico e afinal se enganaram, e que sentimento é que esperamos que nos devolvam a não ser a confiança no produto e no homem? E é assim, que o português que apenas seria mais um peixe no aquário é um cherne famoso e televisivo, que o francês "rabo de saias" volta a ser estadista inteligente, que o inglês que via a sua carreira a fugir volta a ser sábio, e por cá regressa o salvador feito menino, enquanto "o de oiro" é proposto a candidato e os acólitos se enchem de confiança e tudo volta a rodar. E porque a roleta do poder volta a rodar dentro de cinco segundos, "Messieurs: "faîtes vos jeux!".
17 anos
Há 5 meses
2 comentários:
O clima está para observação:)
A observação é necessária, mas penso que temos de partir para a accção.
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