Quando Manuela Ferreira Leite (MFL) na sua crónica desta semana ao jornal
Expresso menciona "...que uma economia excessivamente endividada e muito vulnerável à crise financeira, o que aliado ao facto de o governo sempre ter negado essa crise, não permitiu antecipar e minimizar os seus efeitos...", está igualmente a dizer o que a oposição podia ter dito e não disse, que o PSD devia ter ido por esse país fora e falar sobre o que importava. Mas o que o partido da oposição fez, foi continuar e propagandear o estado de graça que os ministros do actual governo foram tendo. Por essas terras do interior foram vistos muitos militantes do maior partido da oposição a bater palmas aos projectos implementados nas suas regiões. Projectos, que apesar de criarem postos de trabalho, não dinamizaram a economia porque obrigaram outros a fechar portas. Refiro-me nomeadamente, a Paços de Ferreira, em que o investimento da multinacional
IKEA criou e retirou capacidade aos empresários do móvel. Foram vários os almoços e jantares perante assembleias de empresários que gostariam de ter planos alternativos e que se viram obrigados a fechar portas, criando em primeiro lugar endividamento e logo a seguir falência e desemprego. Durante os últimos dois anos temos assistido com maior preocupação, frequência e rapidez a empresas e empresários que não sabem o que fazer, que continuam à espera que se lhes diga o que fazer, à fraca capacidade do nosso tecido empresarial e ao limitado músculo financeiro das PME para fazer face a novas situações, que a palavra desafio já ninguém tem coragem para dizer.
MFL bem pode vir dizer que o Parlamento é o órgão que controla o governo. Bem pode vir dizer que o orçamento não pode ser aprovado, mas o que a líder da oposição se tem esquecido de dizer é que ninguém advertiu os eleitores dos males do país, ninguém fez o que devia, ninguém falou no que importava. E assim sendo, como é que se espera que o povo vote na mudança. Que mudança? Se os portugueses não conhecem em primeiro lugar a verdade e em segundo o que fazer, nem o que o aguarda com um novo governo liderado pela senhora que se segue, que mudança?
Por outro lado, José Sócrates tem conseguido passar a mensagem do sucesso europeu, do controlo da economia, da rigidez dos dossiers, do sucesso em continuidade, e agora até conseguiu desencantar dinheiro onde não havia para os pensionistas, para a função pública, etc. Este homem que entende bem as "mensagens", tem vindo a acalmar os portugueses dando confiança sobre garantias bancárias, sobre aquilo que os portugueses querem ouvir e vai poder sair homem vitorioso num momento de crise internacional. E os portugueses gente de bem, acreditarão mais uma vez que este é o salvador do pátria. Pelo caminho ficam aqueles poucos de sempre e aqueles muitos sufocados a apanhar bonés.
2 comentários:
Sabe que mais, Grande Jóia? Vou procurar o meu boné que não sei onde o meti... (risos)
O meu está sempre à mão...no bengaleiro junto aos chapéus e aos guarda-chuvas...(risos) nunca se sabe...
Enviar um comentário