Há muito que não se via um casal tão unido como o José Eduardo Moniz e a Manuela Moura Guedes. Também devo dizer que nunca vi o jornal da TVI a não ser nos apontamentos publicados nos blogues ou através do YouTube. Parece-me no entanto, que a saída de Moniz levaria mais tarde ou mais cedo ao afastamento de MMG pela simples razão de que ela só era subdirectora e tinha linha de acção para dizer e fazer o que lhe apetecia, não por ser uma jornalista séria, mas porque quem mandava na estação era a dupla marido e mulher. Quem não sabe isto deve andar muito distraído porque sempre assim foi. Por acaso, a jornalista tem talento suficiente para alguma estação televisiva ou é apenas mais uma forma de entretenimento para entrevistas e audiências? E alguém é ingénuo para acreditar que a Prisa a deixaria continuar com o estilo abusivo com que conduzia a informação e a falta de integridade jornalística com que abordava os temas ao abrigo da verdade? Pois aí está, parece que a política da verdade passou a cobrir melhor os noticiários desde que os dois retomaram o mesmo espaço.
Eduardo Moniz, sempre estimado pelos colegas, disse que não via razão para que MMG também saísse da TVI. A relação marido e mulher e não dois jornalistas que por acaso são casados um com o outro, privilegiou o alinhamento do Jornal Nacional. É pena porque passou a vitimização nacional e argumento contra o partido do governo, nomeadamente, contra José Sócrates que ao esquecer que "não podia morder o cão", ajudou o par na sua mediatização, e aumentou as hipóteses de reemprego para Moura Guedes dando trunfos à oposição. Uma chachada duma salgalhada numa altura em que o país o que menos precisava era de mais distracções eleitorais. Assim sendo, diz lá agora Manela, quanto é que tu ganhas com esta ajudinha à partidite.
3 comentários:
Houve uma coisa boa no meio de tudo isto: livramo-nos dela e da sua palavrosidade obscena.
Subscrevo.
Uma excelente semana, GJ :-)
Tocou num ponto da maior importância, que infelizmente não tem sido abordado. Já sabia, há muito tempo, que o ambiente na redacção da TVI era de cortar à faca e que a liberdade de expressão era APENAS a que o casal permitia. Claro que isto não justifica a forma como a decisão foi tomada, mas foi uma boa notícia para o jornalismo e para qualquer jornalista que se preze.
PS: Quero agradecer-lhe a presença na festa de aniversário do Rochedo e as suas simpáticas palavras.Tentarei continuar a escrever, de forma a merecer a sua visita. Aqui, ou no hemisfério sul, onde espero continuar ancorado a um Rochedo de que vou sentir muitas saudades no plano físico, mas pretendo perpetuar no plano dos afectos. Mesmo que virtuais...
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