Todos nós temos uma agenda. O valor do recheio depende da pessoa e dos seus conhecimentos. Uma boa agenda pode valer ouro, conforme o sector de negócio. Se for uma agenda de gente banal ela tem apenas valor estimativo pelo cheiro da tinta e do papel, mas mesmo assim pode ter um valor estratégico se nos indicar um bom restaurante, um bom fornecedor de bolos, um facilitador de azares domésticos em dias feriados. Diz-se que Vale e Azevedo tem uma onde constam mais de 3000 nomes que o desenrascaram ao longo da vida. E a menos que uma pessoa esteja envolvida num caso sob investigação, haverá algum interesse
em dizer que o Senhor Fulano que ocupa ou ocupou um cargo tal foi apresentado pelo Senhor Sicrano ou que a mulher do primeiro tem uma empresa de camisas e uma loja de crepes? É por estas e por outras que somos um país de figuras e as reportagens que vamos lendo nos jornais em vez de informar são um grupo de figurantes a fazer figuraça!
4 comentários:
O apelido da minha é preenchida. O nome é muito. (risos)
O nome é muito e o figurante?...
GJ, ainda estamos longe de deixar de ser uma sociedade de «amiguismos», cunhas, jogos de favores. E as pessoas sabem bem o valor promocional que representa essa agenda recheada de nomes: os dos 500, 1000 ou 3000 «amigos íntimos» que abrilhantam as festas e tiram de apertos. Já vi agendas que são verdadeiras páginas amarelas. :-)
Luísa, muito longe! Nós valorizamos os nomes de uma forma doentia. E os conhecidos "amigos íntimos" como diz, de maneira patética. Depois dá no que dá, BPP e por aí fora...
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