12/06/09

O detalhe da vírgula

Voltamos à questão da vírgula. Perante os produtos de retorno absoluto do BPP a questão vai centrar-se como sempre no pequeno problema, no detalhe. Nós somos bons em pequenos detalhes. No detalhe é que está o ganho! Se o legislador considerar que os produtos do BPP são ou eram tóxicos e que o banco tinha um risco sistémico, os clientes ainda vão ter possibilidade de recorrer aos tribunais e tentar ver algum do seu. Se por outro lado, os produtos tiverem classificação distinta, o problema não é de ninguém, quando muito dos pacóvios que escolherem o banco errado. A classificação é determinante tal como a vírgula o era e foi há uns anos atrás num diploma ou lei Constitucional. É tudo uma questão de vírgulas e zeros à esquerda. O BPP tem uma carteira que ronda os 2800 clientes, destes 2200 são de contas de retorno absoluto. Azar, dos que acham que são ou eram depósitos a prazo.
Já agora, uma pergunta lateral. Será que o livrinho do banqueiro continua a vender?

5 comentários:

Ricardo António Alves disse...

Tóxica, é a carinha do rendeiro...

Ana Paula Sena disse...

Efectivamente... vírgulas e detalhes, assim vai a nossa economia e a nossa política :(

É preciso é saber fazê-las!


P.S. - Gosto das leituras daqui :)

Luísa A. disse...

Vender, o livro? Só pode, GJ. Ele acabou de declarar que dava por terminada a sua carreira de banqueiro. Ora, tanto quanto me tem sido dado entender, os banqueiros «pré-reformados» estão a orientar-se para percursos no campo artístico, incluindo a pintura, a poesia e a literatura de auto-ajuda. ;-)

Lina Arroja (GJ) disse...

RAA, parece que vai continuar a render...

Ana Paula, infelizmente é assim.
Obrigada pelo seu apoio:)

Luísa, tem muita razão. A pré-reforma está propícia para as artes e carreiras afins. Quem saiu a tempo é que dita e edita. Não vi a entrevista mas ouvi que estava tudo numa boa. Espero que o próximo livro tenha melhor data de lançamento ;)

ana v. disse...

A entrevista foi absolutamente inacreditável. O homem tem soluções para tudo na manga e acha que os clientes do banco vão confiar cegamente nele para resolverem os problemas que ELE lhes criou. A lata desta gente é incomensurável...

Quanto a livros de auto-ajuda, não me parece um tema promissor para boas vendas, neste caso...