Como o legislador não deve querer que meditemos sobre Kant, como diz VPV na sua crónica, então falemos sobre Obama e a sua visita pela Europa. O que ganha e o que perde, o que os europeus ganham e perdem, que europeus, quais europeus, nós europeus. Parece que Obama tem andado pelo mundo escolhido a dedo desde que tomou posse. Aliás ele já tinha andado em tempo de eleição e estas têm sido apenas as segundas visitas, o retorno, o regresso, o cumprimento de uma promessa e a meta traçada desde a campanha dum vencedor. Não parece haver dúvida que ele é americano e ficará na história do mundo. Nós europeus dá ideia que vamos perdendo a história de ficarmos com o melhor pedaço do bolo. Entre a frieza dos alemães, o desespero dos franceses, o esquecimento dos ingleses e o fraco empenhamento da velho continente, será o novo continente que parece ter atingido maturidade a sair vencedor. E o melhor papel vai caber a Obama, sendo a sua melhor contribuição a luta pela paz no mundo. As conversações entre a Palestina e Israel, a sua ligação entre o mundo árabe e o mundo ocidental, mais do que pelo esforço de recuperação económica. Se as coisas lhe correrem bem um dia ele fará parte da lista de nomeações ao Prémio Nobel da Paz. E será na Europa que receberá o prémio. Nessa altura todos o aplaudirão independentemente daquilo que na Europa a começar pela Alemanha e pela França, se tenha dito ou feito no passado. E aí, todos irão relembrar o velho Continente Europeu a ser ajudado mais uma vez pelo novo Continente Americano.
5 comentários:
Não dá para o propôr para presidente da União Europeia, GJ? ;)
Se o Kant deixar e o VPV também :)))
Os desafios que ele tem pela frente são gigantescos. Mas como ele é um homem de excepção, tenho esperança no seu sucesso, que será também nosso.
Vamos ter esperança, RAA. Ele é um homem de excepção como diz.
Já vou espreitar a resposta ao meu desafio ;)
Uma análise acutilante e certeira, GJ. O Velho Continente já se acomodou à ideia de perder a liderança, e com alguém como Obama também não vejo grandes hipóteses de concorrência. O homem é excepcional mesmo, caramba! Este discurso de aproximação ao Irão foi brilhante, prudente mas não reverencial nem timorato, nem agressivo. Qb em todas as frentes. Também acho que ele um dia vai ao Nobel da Paz, e será merecidíssimo.
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