31/05/10
28/05/10
27/05/10
Acho XIII

Etiquetas:
acho,
consumo alcool
26/05/10
Bárbara

Bárbara é um nome de luta e esta menina de olhar determinado é mais um dos exemplos que vamos conhecendo no dia-a-dia dos corredores de hospital. "Vai entrar agora? perguntou-me, "é que eu podia ensinar-lhe outras formas de colocar os lenços". Lenços entrançados, feitos de tecido a metro e encomendados na costureira, tal e qual os vestidos. Uma graça que só a juventude consegue, ela que podia ser minha filha e que naquele momento era, também, uma divertida companheira de luta. "Então fica para outro dia, agora vou matar o bicho!" finalizou, enquanto se dirigia para a sala das poltronas com o sorriso e a juventude espalhados no rosto.
24/05/10
23/05/10
Os livros ajudaram e o meu tango também

Usei pouco a net para me documentar, li o que me pareceu suficiente e preferi ir lendo à medida que a minha tranquilidade me permitia assimilar o que era importante. Recusei informação a magotes e que se revela desnecessária e concentrei-me na clareza das palavras que me acompanharam na leitura de alguns dos tais livros recentes. Quando temos uma biblioteca pela frente com vários títulos e abordagens à nossa disposição sobre o mesmo assunto, temos de saber escolher. Foi o que fiz. Pelo caminho juntei alguns artigos recentes da net e alguns testemunhos, nomeadamente, "Crónicas da sala de espera" do Beça Múrias de que falei em tempos.
Deixo as referências dos que me ajudaram a compreender e a ultrapassar medos, preconceitos e estigmas sociais, em particular aqueles que nos habituamos a considerar só dos outros e nunca nossos. Perder a referência pessoal e profissional e entrar na categoria de doente é difícil, mas a seu tempo torna tudo mais fácil.
______________________
Referências:
John Link, "The Breast Cancer Survival Manual", fourth edition, Toronto: Holt Paperbacks, 2007.
Lillie Shockney and Gary Shafiro, "100 Questions & Answers About Advanced and Metastic Breast Cancer", Toronto: Jones and Barlett Publishers, 2009.
David Servan-Schreiber, "Anticancro - Um novo estilo de Vida", 1ª edição, Lisboa: Caderno, 2008.
22/05/10
O cônjuge

21/05/10
A quimioterapia
Fiz esta semana o último tratamento de quimioterapia e que consta do protocolo proposto pela equipa de Oncologia do Hospital de Santo António, no Porto. Termino assim a primeira parte do programa, que será seguido com radioterapia no IPO. Apesar da natureza das sessões sinto algum pesar em deixar quem me tratou muito bem, com enorme consideração, com humanidade extrema e para quem eu era a Dona L. Tinha um nome, tinha um telefone e uma cara para telefonar em caso de emergência, e que logo após a primeiro sessão as enfermeiras identificaram. E porque o doente oncológico passa muito tempo no hospital entre sessões que duram cinco horas, e nalguns casos mais, fazendo hemogramas regulares e exames diversos, o pessoal de enfermagem acaba por se tornar um amigo. Muitas horas passei e falei com aquelas jovens enfermeiras, dedicadas profissionais que também se afeiçoam a nós e partilham as suas vidas, os seus filhos, as suas festas de casamento, as suas dores por um regime que não lhes confere o vencimento de licenciadas, elas que passam doze horas seguidas no espaço de uma sala, com a responsabilidade de administrar sôros que ao mínimo erro nos podem danificar.
A quimioterapia faz parte do caminho para a cura, termino o ciclo que espero não voltar a conhecer mas a luta ainda vai no início, e apesar de confiante sinto que todo o doente oncológico fica de alguma forma preparado para as eventuais notícias menos boas, que um dia possam surgir. Acredito que terminou uma parte da fase menos agradável da minha vida, e dos que me rodeiam, não deixo no entanto de pensar que tudo tem um período de adaptação, e que ainda vai levar algum tempo até me sentir semelhante ao que era. Os efeitos secundários e negativos da quimioterapia podem ser ultrapassados com alguma graça e elegância, no fundo eles são apenas laterais, os outros, mesmo que de má raça, dão-nos fé e alento.
A quimioterapia faz parte do caminho para a cura, termino o ciclo que espero não voltar a conhecer mas a luta ainda vai no início, e apesar de confiante sinto que todo o doente oncológico fica de alguma forma preparado para as eventuais notícias menos boas, que um dia possam surgir. Acredito que terminou uma parte da fase menos agradável da minha vida, e dos que me rodeiam, não deixo no entanto de pensar que tudo tem um período de adaptação, e que ainda vai levar algum tempo até me sentir semelhante ao que era. Os efeitos secundários e negativos da quimioterapia podem ser ultrapassados com alguma graça e elegância, no fundo eles são apenas laterais, os outros, mesmo que de má raça, dão-nos fé e alento.
Etiquetas:
cancro
20/05/10
Lidar com o cancro II

Etiquetas:
cancro
19/05/10
Lidar com o cancro I

No segundo momento, que no meu caso, foi no pós-operatório, a consciência apropria-se da realidade e a preparação para o passo seguinte torna-se um elemento vivido e antecipado. O tempo que vai de um momento ao outro, o de saber que tem a doença a sentir-se doente, depende do programa e do protocolo proposto. Para um doente com cancro tudo é proposto, porque na verdade, nada é certo. O doente tem toda a liberdade para aceitar ou não o tratamento sugerido, e deve-o fazer com total capacidade de decisão sendo esta livre e responsável para o doente, e igualmente séria para quem nos propôs o protocolo. O momento da decisão é muitas vezes ameaçado ou posto em causa pelos familiares ou pessoas próximas porque ao estarem de fora, pensam que têm uma melhor perspectiva do assunto. Não deixa de ser interessante verificar que se na primeira fase da análise o doente não participa, decide fora do seu corpo, e apenas por automatismo, nesta é exactamente ao contrário. É pelo facto de sentir que a decisão é sua, e que ao acreditar que esse é o caminho para a cura, não questiona o que lhe propõem. A pessoa assume a sua condição de fragilidade face ao tratamento e à necessidade de ajuda médica. O parente está neste momento fora da doença, e a sua melhor ajuda é a aceitação da decisão de quem está a lutar pela sobrevivência. É nesta altura que surgem hipóteses e sugestões de ouvir outras opiniões, ideias de consultas noutros países e é também nesta fase que a dúvida se instala em quem está por perto. Para o doente é o momento de focalizar e concentrar na proposta e no programa de cura. É o momento de mais uma vez acreditar, confiar e ter esperança. É este o momento para mais uma vez ser capaz de ditar a sua consciência e ser assertivo se não mesmo autoritário. O doente informado sabe que o protocolo da terapia é igual em todo o lado, daí ser um protocolo, existindo vários consoante o diagnóstico, o tipo de cancro e o estadiamento da doença. Assim, e porque estamos a lidar com probabilidades, outras coisas sendo iguais não há qualquer vantagem em retirar o doente do seu habitat natural, para em benefício de uma expectativa o colocar num meio diferente e mais constrangedor. O elemento familiar composto pela sua casa, família, amigos, local de trabalho e outros constituem uma das parcelas acolhedoras e de bem-estar para a recuperação.
Etiquetas:
cancro
18/05/10
17/05/10
Comunicação

A forma de comunicar reflecte também a cultura de um povo. Mesmo em momentos de cultura global nunca o glocal foi descurado pelas empresas que souberam entender os mercados locais. No Brasil, por exemplo, independentemente das áreas de negócio, os olhos são alimentados com o colorido do design que é um reflexo de quem o produz mas também da arte que faz parte do dia a dia. Uma simples edição revisada não tem de ser incipiente. Assim, mesmo em crise, até a crise passa mais rápido e ao som da música. O lado bom da crise tem ética, imaginação e minoria que convida a descobrir novos rumos e estratégias. É só necessário ser capaz de olhar com graça e com colorido para a vida e ultrapassar a nosso fado de que tudo é um caso sério. Noutros países os casos são apenas sérios.
Etiquetas:
comunicação e marketing
Good Madness à segunda-feira!
Concha Buika - New afrospanish collective
Etiquetas:
good - madness,
musica
16/05/10
Antes assim que pior

Etiquetas:
coisas e loisas
10/05/10
Good Madness à segunda-feira!
Ella Fitzgerald : One note Samba (scat singing) 1969
Etiquetas:
good - madness,
musica
07/05/10
Clima de afectos

Etiquetas:
crise financeira,
portugal
05/05/10
Diabo e anjinho

Etiquetas:
grandejoia e companhia
03/05/10
Good Madness à segunda-feira!
Aretha Franklin - What A Difference A Day Makes
Etiquetas:
good - madness,
musica
Subscrever:
Mensagens (Atom)