Instalou-se o "estado de graça" no quiosque lá do sítio. Veio a primeira timidamente, logo a seguir a segunda e finalmente a actual. Toda a mulher sabe que que quando outra fica grávida é um corropio de "graças" que adquirem esse estatuto. A coisa pega-se! Para as estatísticas da natalidade damos-lhe os parabéns, tanto mais que o subsídio à maternidade voltou a aumentar, para as da produtividade estamos conversados.
Curiosamente os superiores do sexo masculino são mais benévolos. O que também é fácil de compreender, eles próprios andam de joelhos a pedir às respectivas caras metades que façam o mesmo. As mulheres como antecipam o que daí vem, são menos compreensivas. É que, não há pachorra para ouvir todas as ecografias, agora a 3 D, exames e análises que, regularmente, são hoje um "must".
Nos dias que correm uma mulher e um homem, o que ainda é pior, sabe tudo de cm, semanas, perimetros, possiveis anomalias, percentagens de probabilidades nunca vistas. Sabem, no entanto, muito pouco das coisas básicas desta história de tomar conta de outro ser humano.
Nesta saga de medos e de manias umas genuínas outras herdadas pela acessibilidade da informação, esquecem-se que no momento de regressar a casa não é o bébé "nenuco" que trazem.
Ele ou ela é uma jóia, mas de carne e osso e chora que se farta, dá trabalho como o diabo e as nossas costas ficam uma lástima. Nestas ocasiões tiro o chapéu aos homens, que tiveram o cuidado de comprar livros sobre a depressão pós-partum. É que lá em casa, vão todos precisar de muita leitura para voltar à normalidade.
17 anos
Há 5 meses