A idade
não tem idade. Ainda ontem na gala de entrega dos Globos de Ouro na SIC, o constatamos, mais uma vez. A homenagem a Manoel de Oliveira já é um clássico, mas gostei de o ver dedicar a distinção à sua
Maria Isabel. Para além deste clássico tivemos a clássica Eunice Munõz que apareceu mais nova. Eunice que sempre foi uma mulher diferente, deixou o ar de velhinha e cansada e adoptou finalmente uma ar mais jovem com o cabelo e com a maquilhagem duma actriz que ainda não está para morrer. A Eunice fica muito melhor neste papel que tem agora que no outro de actriz
"antiga" e está muito mais parecida com a mulher que há uns trinta anos andava pelo mesmo café que eu, tinha filhos pequenos e vivia a época do seu grande amor. Era também a época do estilo Carmelinda Pereira. Foi também com a Eunice que António Feio fez televisão. O António que era um miúdo e que fez furor numa série de televisão que se chamava
"Gente Nova". Foi o actor revelação, tal como o eram na altura, a Guida Maria e o João Perry. Bem como os mais velhos que fizeram as primeiras peças de teatro para televisão em Portugal. Mário Jacques, hoje seria conhecido por ser da família da Cláudia e não por ser um actor que também "fugiu" do Porto e que se não estou enganada começou carreira no Teatro António Pedro. Hoje é mais conhecida a prima mais nova, o teatro é outro e tudo o resto é inveja!
A idade não tem idade enquanto cada um quiser esse papel. A idade só tem idade quando cada um de nós se deixa levar pelo sentido demasiado sério da vida. É certo, que muitas vezes é a vida que nos leva ao sério e é também a vida que nos tira do sério se quisermos e deixarmos. Mas que dá uma grande trabalheira também é verdade. E a propósito de grande trabalheira, achei piada à entrevista da Isabel Leal sobre o tema sexualidade. O titulo da Pública rezava assim " ter orgasmos dá uma "trabalheira desgraçada". Tema para discutir numa próxima. Para já fiquemo-nos pela trabalheira de manter uma carinha laroca e a dar seguimento à intenção da dieta que depois dos vestidos da Gala e das belezas que por lá andaram todo o cuidado é pouco!
8 comentários:
Não vi mais do que 15 minutos dos Globos, mas por acaso apanhei o Manoel Oliveira e também a Eunice. A mim pareceu-me bastante envelhecida...
Eu não vi os Globos de Ouro, GJ. Mas li a entrevista da Isabel Leal. E gostei. Principalmente daquela parte em que recomenda a pergunta "se eu fosse tu..." (acho que é mais ou menos assim). Dá que pensar. ;)
Ficamos à espera que pegue no tema, GJ. :)
E está, Carlos, ela anda nos 80, mas estava bastante menos dramática. A Eunice que desapareceu durante uns anos depois do 25 de Abril era muito mais descontraída. Já agora o café era o Cenáculo...
Mike, o tema foi abordado dum forma interessante e "leal" sim! ;)
Eu também achei a Eunice muito melhor do que há uns tempos, agora tem um look mais leve. Gostei de vê-la.
Quanto à entrevista que não li... alguém me explique: os orgasmos dão uma trabalheira???? (há aqui qualquer coisa que está a escapar-me...)
Coitada da Isabel Leal :(
Se fosse só para ter orgasmos, não valia a pena darmo-nos ao trabalho de entrar numa relação...
"Se a relação sexual fosse só isso, se o que estivesse em jogo fosse só isso, as pessoas não tinham o trabalho de desenvolver uma relação, de conhecer o outro. A relação sexual compreende um conjunto de significados que tem um valor de comunicação, um valor de relação, de intimidade. É por isso que a maioria das pessoas não fica satisfeita com uma versão meramente performativa - "tive o orgasmo, acabou" (sic)
RAA, a Isabel é uma psicóloga leal ao seu raciocínio.:-)
Ah, então tá bem!
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