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Era feita como um leite creme e o pequeno almoço de muita criançada. Eu que o diga! A papa Maizena a escaldar, bem quentinha acabada de fazer e pronta a comer mesmo nos dias de calor. Havia a farinha Pensal que era de cacau e todos gostávamos mais e a farinha 33 um pouco mais antiga. Havia quem contasse muita coisa e quem tivesse gosto de ouvir, também.
Havia “lá na Rua da Vitória, 46-48, candeeiros bem bonitos modernos e originais que satisfaz(iam) plenamente o cliente mais afoito”, havia “leite de colónia para a (nossa) pele realçar” e havia “o boca doce (que era) bom (e) bom é, diz(ia) o avô e diz(ia) o bebé” e havia e não havia gente que nos aviava como podia e sabia, e hoje somos embrulhados e despachados com informações e discursos. É "trigo limpo Farinha Amparo"e quem vier atrás que feche a porta sob pena de levar com a papa na cara, que connosco, portugueses, ninguém faz farinha!
4 comentários:
E já agora, a Pasta Medicinal Couto com aquele fulano a fazer rodar uma cadeira com os dentes. Só de lembrar a imagem até me arrepio!
Já está, Carlos.A imagem é tal que juntei uns docinhos para suavizar o arrepio...;)
Farinha talvez não, mas gato-sapato... ;)
E como todos os gatos são pardos...;)
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