31/01/09
Alternativas possíveis
Um bailinho português com fado à mistura e a Ilha da Madeira à vista pode ser uma alternativa a considerar, nos dias em que a chuva e o mau tempos se fazem sentir no Continente. Curiosamente os céus dos Açores estão limpos.
O primo Hugo
30/01/09
Guga, menino amado!
Rapariga esperta!
29/01/09
A passagem do tempo
Recebi o meu primeiro livro que uma querida amiga me enviou e que eu gostarei de retribuir um dia, se possível. Dizem-me que uma nova mãe nascerá em mim, e não sei se será assim, se um neto é a extensão de um filho. De qualquer forma os filhos nunca permitem que deixemos de ser mães em permanência. As mães não têm tempo, as mães não renascem porque não morrem, elas são eternas. E esta constatação é muito boa mas também perigosa, porque nos responsabiliza, mesmo que à distância e por via indirecta, pelos actos ou acções que os nossos filhos e filhas, possam ter ou fazer, durante uma vida. E é também por isso, que a responsabilidade da educação, da protecção, ou da punição nunca termina. E para uma mãe, mesmo quando eles são adultos, a tarefa nunca está acabada, vai-se completando conforme as fases da vida dos seus rebentos. Uma mãe vive, mesmo que não queira, os desaires e as vitórias dos filhos, uma mãe perdoa para além de esquecer, e esquece o que não devia ter perdoado.
Diz-se que a relação entre mães e filhas é mais conflituosa do que a relação entre mães e filhos. Tal apenas significa um conjunto de exigências e condescendências diferentes.
Para uma mãe é mais fácil educar rapazes. Se eles nos parecem mais brutos ou agressivos, mais não são que gente directa, se eles se manifestam básicos e por isso mais fáceis de antecipar, também resultam mais simples de por na ordem e de encaminhar. Pensamos nós, porque aquilo que nos facilita a vida na infância destes pequenos, é também o que menos deles gostamos enquanto homens em geral.
27/01/09
O ano do chimpanzé
26/01/09
A propósito de estatísticas
A dança do caldo entornado
24/01/09
O mar do meu Porto
22/01/09
O Jaime que eu conheci
O Jaime queria apenas a atenção do seu público, como tantos artistas que ao envelhecerem nunca deixam de querer ficar iguais a si mesmos. O Jaime homem bondoso e de uma generosidade tremenda, que nunca deixava de aparecer e contava histórias e os olhos riam. Podia não dizer coisa com coisa, mas uma coisa ele dizia: "gostas dos meus quadros ? qual é que queres? leva, escolhe e depois logo se vê!"
Jaime Isidoro
Essencialmente reconhecido pela prática exímia da aguarela, Jaime Isidoro é um pintor versátil que conjuga uma delicada aprendizagem académica com um claro sentido inovador. As suas obras sobre o Porto encontram-se entre as que melhor souberam dar expressão iconográfica à cidade. Sem nunca sair de uma matriz considerada tradicional, permitiu-se, em diferentes momentos da sua carreira, e com certa contenção, assinar obras onde a ousadia deixa uma marca importante. "
Jaime Isidoro - A História de um Olhar
21/01/09
Blog de Ouro
20/01/09
Remaking America
A day to remember, Mr. President!
Obama's musical mania
*NEW* 2008 Aretha Franklin - Stand Up For Yourself
Shakira, Stevie Wonder, and Usher
Bruce @ Obama
U2 at Obama inauguration concert
19/01/09
As unhas ou a vida!
16/01/09
15/01/09
Ricardo Montalban
Fantasy Island (1978)
14/01/09
Haiti (III)
A Catedral de Port-au-Prince era um dos locais mais frequentados entre as 14 e as 16 horas. Era calmo, fresco e privilegiado para o momento da meditação, vulgarmente conhecida por sesta.
Se durante o dia era sol e calor respirado e misturado em recantos onde as galinhas corriam, as crianças brincavam e as mulheres se lavavam em água macilenta, com o cair da noite fogareiros à porta das casas, traziam os cheiros que antecipavam petiscos e temperos que me lembravam carqueja e outras coisas desconhecidas. Bem perto, a música, os risos e a algazarra à volta do alumínio dos pratos fazia-se ouvir. Ao longe e de tempos a tempos, alguns tiros também. Sons perdidos numa cidade que no dia seguinte nada tinha a contar, apenas pequenos desacatos que os jornais relatavam e os dissidentes políticos reclamavam.
Recordo o dia, em que estando no quarto, vi "uma simples e pobre barata voadora" e telefonei para a recepção dizendo o que me veio à cabeça "J'ai un animal dans ma chambre!" passados uns minutos apareceu um empregado com caçadeira... a partir daí passei a ser motivo de divertimento "la dame qui avait un animal dans sa chambre..." diziam e riam com benevolência.
Enquanto dou corda ao relógio ...
Com decoração em tons terra, ao lado do mar, classificado one CoolPlace, o Terra tem homónimo em Lisboa mas heterónimo no Porto, com as especialidades que se seguem:
Entradas: Raviolis de sapateira com molho de açafrão; Rotolo de ricota e espinafres com manteiga de salvia; Carpaccio de polvo com molho verde; Salmão fumado.
Sopas: Sopa de peixe aromatizada com pernod; Capuccino de cogumelos porcini.
Pastas: Taglioline verde com gorgonzola, nozes e alho francês; Tagliatelle al pesto renforzado; Spaghetti salteado em azeite e alho com amêijoas frescas.
Peixe: Salmão tostado com pancetta e espargos salteados; Espetada de vieiras e tamboril com molho de rosmaninho; Lulas e gambas grelhadas com tomate e coentros; Lombo de bacalhau fresco com molho de tomate e pesto.
Carne: Escalope de vitela com molho de limão e alcaparras; Filet mignon; Frango recheado com mozarella e espinafres; Carré de borrego com crosta de ervas aromáticas e limão; Saltimbanca de porco preto.
Doces: Sopa de melancia com gelado de menta; Tiramisú; Fondant de chocolate com creme inglês e morangos; Tarte merendada de limão; Vários gelados.
E importante, aceita cartões de crédito, não fecha à semana e não tem nada que enganar!
06/01/09
Dia de Reis
05/01/09
Haiti (II)
O Palácio Presidencial branco e imponente estava munido de arcas frigoríficas para conservar os casacos de pele da primeira dama. A visita ao Palácio era feita de forma a mostrar a grandiosidade dos seus governantes e o luxo das desigualdades. Durante todo o período tive ao meu dispor um segurança que hoje sei que foi fundamental e que na altura me parecia uma extravagância da entidade universitária. Chamava-se Dernier BonHomme e tinha este nome por ter sido o último filho daquele pai. Ele próprio tinha vários filhos e transportava a minha como se fosse um objecto de ouro. Todas as manhãs estava à porta do Hotel para me acompanhar ou apenas, para ficar à minha disposição para o que desse e viesse. Como ainda não estava habituada aos rituais africanos eu achava que era uma imposição tola, mas a seu tempo voltei a conhecer a gentileza e a subtileza do meu acompanhante, ele nunca se intrometia.
No mercado ia à frente abrindo fileiras, olhava à distância com aquele olhar africano que, sem darmos conta, nos observa e protege. Certificava-se que o preço era correcto, se não me aborreciam os vendedores, se as duas estávamos em segurança.
O preço correcto é um eufemismo que não tem significado num país onde gastei mais dinheiro em gorjetas do que em compras ou serviços. Um país que vivia do turismo e que estava "às moscas" porque deles corria o boato que eram os responsáveis pela Sida.
As condições de trabalho eram razoáveis e até havia ao fundo da sala uns "senhores de fato" que de facto apenas ouviam e observavam o que ali se dizia. Duvido que fosse para aprender conceitos de gestão ou economia!
(continua)
Intermezzo
Haiti (I)
Foto: Subúrbios de Port-au-Prince
E agora, quem limpa a lágrima duma cara bonita e de olhar intenso e que protegida pela face semi-oculta da mãe, irá seguir o caminho de tantas outras a menos que a linha da vida lhe tenha designado outra sorte?
Foto: Chorando em Port-au-Prince, Haiti
Em Julho de 1984, cheguei a Port-au-Prince, com uma das minhas filhas, que na altura tinha três meses. Contrariando amigos e conhecidos, poderíamos ter uma espécie de semi-férias ao abrigo de um Protocolo entre uma Universidade do Canadá e a Universidade de Port-au-Prince, no Haiti. Seria possível acumular aulas, praia e recompensa financeira durante um periodo de dois meses. Quem parte para um país, numa época em que o vírus da Sida se manifesta em toda a sua pujança e em que o mal da doença é atribuído aos emigrantes haitianos residentes na América do Norte, não esquece a experiência, o povo e o país, a fotografia e a realidade das imagens.
"This glimpse of how hell could look, overwhelmed the young Belgian photographer, Alice Smeets, on her first trip to Haiti. The more time she spent in the country, however, the more this feeling eased, to be replaced by compassion and a strong desire to use her photography to raise awareness for the oppressed and humiliated. " (Unicef, Photo of the Year International Award, 2008)
(continua)
04/01/09
Para a Miss Pearls: colegas de profissão!
Tetes à Claques - La Bibliothèque
Canada