As directas estão a chegar. Há quem diga que as pessoas querem ser como
Obama, por isso votarão no candidato que mais se assemelha. É claro que Pedro Passos Coelho não é nenhum
Obama, nem Manuela Ferreira Leite a Sra. Clinton. Podemos querer comparar porque achamos que em Portugal também "temos cá disso". O meu amigo António Neto da Silva, outrora o economista com o sorriso mais
sexy do país, também deve ter algum equivalente nos USA, talvez o pudéssemos comparar a
JFK. A questão fundamental não é querer ser como alguém, a questão é ser ela própria alguém diferente, com ideias e projectos para o seu país e conseguir que o povo acredite.
Obama não se preparou à pressa, a campanha dura há longos meses e o povo americano acredita que ele pode fazer o que nenhum outro conseguirá neste momento. A adesão dos jovens tem sido fundamental para dinamizar campanhas de marketing, de notoriedade e reconhecimento além fronteiras. A comparação com outros lideres poderá ser exagerada, mas é bem verdade que a América e o resto do Mundo não se empolgava nas eleições dos USA desde os tempos dos Kennedy ou de
Reagan. E mais uma vez o que importa não é a cor do partido, mas sim as políticas para os problemas que preocupam os cidadãos e o reconhecimento de as fazer cumprir. Neste caso, as directas do PSD serão aquilo que os que nelas votam, pensam que será o desejo e intenção dos votos dos portugueses quando chegar a hora de eleger um Primeiro-Ministro. E é também por isso, que continuaremos à procura do
líder que um dia governará a nação.