O dia dedicado ao vinho tinha de ter o Marquês pelo meio. Afinal a produção do vinho do Porto pela Real Companhia Velha tem a marotice do nosso Marquês de Pombal. Que ele era um patifório já alguns por aí o diziam, agora que ele estava nesta jogada de enganar e passar a perna aos ingleses é que para mim era segredo.
Assim, "a iniciativa de criar uma companhia que permitisse o escoamento do vinho do Porto, fintando o controlo que os ingleses tinham do mercado, envolveu "os principais lavradores de cima do Douro, e homens bons da cidade do Porto"surgindo a que hoje é a Real Companhia Velha. A iniciativa foi tão bem recebida pelo Marquês de Pombal que não só promoveu a sua constituição, como lhe conferiu poderes majestáticos para a produção e comercialização dos vinhos do Alto Douro e para fazer a demarcação da região onde era produzido"(Rosa Soares, Público 27Jun.08).
No livro "Real Companhia Velha", Fernando Sousa relata: "Em Setembro e Outubro de 1756, já depois de instituída a Companhia, a fim de evitarem a realização do capital social de 1200.000 cruzados, algumas pessoas "mal intencionadas" e os ingleses tomaram dinheiro a juros existente nos cofres da Misericórdia e de outras instituições que emprestavam dinheiro, a fim de evitarem que aqueles que não dispunham dos fundos necessários para tal, pudessem recorrer ás fontes de financiamento" Para contrariar tal boicote, o Marquês impede a concessão de empréstimos que não se destinem á compra de acções da Companhia, obriga a Misericórdia do Porto e outras instituições a colocarem dinheiro à disposição dos accionistas e ainda que parte do dinheiro da companhia fosse disponibilizado, com juros, para a compra de títulos"
E esta hã?
30/06/08
29/06/08
Antes que seja tarde Agustina

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Manoel causa e efeito

Manoel de Oliveira mal compreendido no seu tempo, nem bem nem mal amado pelos portugueses, reconhecido internacionalmente, mais um portuense que sabe que não é sapo mas a quem falta o beijo para ser príncipe.
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Os 50 anos da Rosa

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25/06/08
Chamar os bois pelos nomes

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Rafael Bordalo Pinheiro

Entende o atraso do país, a sua sebastiana megalomania, a sua preguiça e trafulhice e está sinceramente convencido que não tem cura. Descrê do Rotativismo monárquico (cujos podres conheceu como ninguém) mas não é grande entusiasta da República. Sabe que Portugal será sempre um peão, ou uma bola de sabão a desfazer-se nas mãos interesseiras de John Bull ou do Kaiser.
Este é o contexto da criação do Zé Povinho, esperto e matreiro, sem moral nenhuma: se pudesse trepava para as costas dos que o cavalam a ele. Não gosta de trabalhar e prefere resignar-se do que a combater. O manguito é o seu gesto filosófico perante os desacertos do mundo.Esta descrença não foi para Rafael Bordalo Pinheiro um estado de alma, antes uma espécie de filosofia social, ancorada na ciência do seu tempo dominada pelas teorias de Darwin e a morte de Deus."
Este é o contexto da criação do Zé Povinho, esperto e matreiro, sem moral nenhuma: se pudesse trepava para as costas dos que o cavalam a ele. Não gosta de trabalhar e prefere resignar-se do que a combater. O manguito é o seu gesto filosófico perante os desacertos do mundo.Esta descrença não foi para Rafael Bordalo Pinheiro um estado de alma, antes uma espécie de filosofia social, ancorada na ciência do seu tempo dominada pelas teorias de Darwin e a morte de Deus."
Raquel Henriques da Silva, excerto "O HOMEM E O SEU CONTEXTO"
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O "espanta espíritos" das Caldas

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24/06/08
Perspectivas de ocasião
Passada a ocasião das festas populares, volto às jóias do meu país. Revejo notícias e protagonistas. "Perspectiva" é uma publicação gratuita distribuída mensalmente com o jornal Público. Leio que foi inaugurada a fábrica Swedwood em Paços de Ferreira. O ministro Manuel Pinho esteve presente e "deixou uma mensagem de tranquilidade, grande optimismo e apelo à inovação". Acrescentou até, que "estas iniciativas são o "espanta espírito" para o clima de crise que se está a instalar". Eu presumo que Manuel Pinho se está a referir à região, a Portugal ou aos dois, mas fico na dúvida. Pego no Expresso e vejo o mesmo ministro no Primeiro Fórum Empresarial da Região de Aveiro, referir-se à conjuntura económica internacional "o que nos espera agora é ainda pior" e sublinha que a situação actual é mais grave que a vivida nos últimos três anos. No meu espírito, o meu país está há muito a viver em crise, o meu país há muito que pertence ao espaço internacional e o consumo das famílias portuguesas voltou a descer no mês de Maio. Por muito que eu tente, não encontro "espanta espíritos" para esta questão. Fico à espera que o mesmo Manuel Pinho encontre outra ocasião a jeito e mais à feição para me esclarecer se esta é uma questão de perspectiva, de ocasião ou de interpretação.
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Santos e Festas

Fora isto, as festas populares são barulhentas, animadas a fogo de artificio e todos nos devemos sentir animados por o povo dançar nos bailaricos de rua. Parece aliás, que o melhor é que todos dancemos gostando ou não, já que pelo menos é com e pelo nosso pé. Não tardará que a dança seja por obrigação e ao sabor do pé comum da união europeia. E já agora, aproveitemos enquanto não nos proíbem a sardinha assada na rua, o cabritinho saloio em forno de padeiro, o algodão doce e as farturas a tresandar a óleo e a açúcar.
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23/06/08
18/06/08
Sinal dos tempos

Somos humanos e bipolares, por isso, hoje o que é belo nos parece feio e amanhã o feio revela-se belo. Ainda bem que assim é, porque é essa característica que nos permite refazer a vida profissional, as relações pessoais, procurar novos mundos e sermos felizes. Por muito que se queira dizer o contrário só é feliz quem está bem consigo próprio. Daí que esta necessidade de procurar no exterior, seja em livros de auto estima, seja em gabinetes de psicologia, seja em palestras e guias espirituais represente apenas um sinal dos tempos e de nós próprios.
Não admira que Bob Proctor seja um sucesso e o "Segredo" um best seller em todo o mundo. O autor é apenas mais um a transmitir com sucesso, aquilo que sempre nos ensinaram - "se tiveres confiança em ti e acreditares no teu trabalho e tiveres fé consegues tudo o que quiseres".
Só que os tempos mudaram e para gente deprimida vale mais um livro que mil palavras e para quem está habituado aos media uma palavra vale por mil conselhos. Daí plateias cheias para ouvir um comunicador bem apresentado, com a palavra certa, a entoação equilibrada e o som bem definido. E não liguem àqueles que se apressam a detalhar a cor dos sapatos e a marca das carteiras de quem visita estes lugares, é que cada vez são mais os homens que procuram estes locais de culto, atendimento, aconselhamento e de devolução da sua e da nossa autoconfiança.
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Bob Protctor
Elementos de um mesmo conjunto
Primeiro temos o pai e o filho. Os outros dois elementos aparecem mais abaixo. Dos dois primeiros podemos dizer que um é a continuação do outro, que sem um o outro não tinha direito a existir. É certo que eu gosto da ideia que um e outro são o mesmo. Também penso que o direito de existência não tem nada a ver com eles, mas com o outros x % que estão dedicados aos genes do terceiro elemento. E também penso que a decisão final continua nas mãos de uma só pessoa. E a decisão é a posssibilidade de escolha e ninguém pode escolher se não for livre.
Para o terceiro elemento esta liberdade significa capacidade e autonomia de muitas variáveis. Quero acreditar que neste caso é a racionalidade que prevalece, sabendo que na maioria das vezes é a emocionalidade que dita. Mesmo assim, gosto de pensar que já temos liberdade de escolha efectiva.
A filosofia e a ciência são os outros elementos que questionam os dois primeiros.
Para o primeiro há que reflectir sobre o momento da existência da alma e seus argumentos filosóficos. Embrião, feto ou ser humano vem logo a seguir na discussão. O segundo argumenta que "só um ente racional pode ser humano" por um lado, para logo a seguir lembrar que geneticamente tudo o que está para trás são células da mesma célula.
E regressamos à origem das espécies. Por isso eu gosto desta reflexão que não pode ser só racional porque o elemento da fé não se questiona. E se procurarmos bem lá no fundo de nós mesmos, encontramos o "Outro" que existe em nós.
Para o terceiro elemento esta liberdade significa capacidade e autonomia de muitas variáveis. Quero acreditar que neste caso é a racionalidade que prevalece, sabendo que na maioria das vezes é a emocionalidade que dita. Mesmo assim, gosto de pensar que já temos liberdade de escolha efectiva.
A filosofia e a ciência são os outros elementos que questionam os dois primeiros.
Para o primeiro há que reflectir sobre o momento da existência da alma e seus argumentos filosóficos. Embrião, feto ou ser humano vem logo a seguir na discussão. O segundo argumenta que "só um ente racional pode ser humano" por um lado, para logo a seguir lembrar que geneticamente tudo o que está para trás são células da mesma célula.
E regressamos à origem das espécies. Por isso eu gosto desta reflexão que não pode ser só racional porque o elemento da fé não se questiona. E se procurarmos bem lá no fundo de nós mesmos, encontramos o "Outro" que existe em nós.
17/06/08
No campo dos intangíveis

A Catarina tem o olhar límpido, penetrante e calmo. Raramente precisa de perguntar, porque sabe que dará a resposta.
A Judite tem a experiência de muitas vidas, a firmeza e as linhas rectas do caminho.
A Carlinda tem a tranquilidade, a esperança e a certeza do final da festa.
A Maria Helena tem a dedicação e a simplicidade das palavras.
A Maria Adelina está sempre no lugar e no sítio certo.
As amizades pertencem ao campo dos intangíveis. Todas estão de parabéns, umas porque fazem anos, outras já o fizeram. São pessoas de quem gosto.
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Referências e registos

Estatisticamente, podemos definir o que irá determinar ocorrências idênticas e construir uma tabela de valores e necessidades. No dia a dia, os nossos estímulos são condicionados por muitas variáveis, daí que ao ser pouco fiável o meu modelo tivesse de ser reequacionado.
Vem este tema a propósito das variáveis intangíveis que nos levam a comportamentos de difícil explicação racional. É por vezes complicado compreender as razões que levam pessoas a defender ideias contraditórias com o seu passado, ou a julgar o presente com as origens do futuro. O investigador diria, que de acordo com o modelo, as variáveis X e Y não têm relevância estatística, ou que estão correlacionadas, anulando-se a si próprias.
O meu ponto é, que o ser humano não é, nem modelo econométrico nem investigador todos os dias de uma vida. Por isso nós somos contraditórios, por isso nós damos valor àquilo que sentimos, que qualificamos e que a nossa intuição nos diz que é o caminho. E é também por isso, que o caminho é muitas vezes errado e a opção não foi a melhor, e só o tempo nos diz que assim é, e que assim poderia ter sido.
Nós acabamos por fazer aquilo que podemos e as opções anteriores são o que pudemos naquele preciso momento. Sem tirar nem por! Portanto, andarmos a choramingar hoje e alimentar esperanças amanhã faz parte da nossa essência. Pedro Arroja, diria que é History, já o Joaquim chama-lhe "maus genes".
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The story of a lifetime

It's true... I was made for you I climbed across the mountain tops swam all across the ocean blue I crossed all the lines and I broke all the rules, but baby I broke them all for you. Oh because even when I was flat broke you made me feel like a million bucks. You do and I was made for you.
You see the smile that's on my mouthIt's hiding the words that don't come out. And all of my friends who think that I'm blessed they don't know my head is a mess. No, they don't know who I really am. And they don't know what I've been through like you do. And I was made for you.
All of these lines across my face tell you the story of who I am.
So many stories of where I've been and how I got to where I am. But these stories don't mean anything when you've got no one to tell them to. It's true...I was made for you. Ohh yea it's true... that I was made for you.
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Brandi Carlile - The Story lyrics
14/06/08
O Tratado de Lisboa e o Capão

Este ano estavam cerca de 500 pessoas no evento e os discursos fizeram-se para atrair mais pessoas e empresários de outras regiões ao concelho. Por outras palavras, a "Festa do Capão" também serve para atrair investimento local. Hoje, graças às autoestradas é possível chegar rapidamente ao Norte do País.
Enquanto o Norte estava preocupado com o Capão, Lisboa e o resto da Europa estavam preocupados com a assinatura do Tratado de Lisboa. A mim parece-me bem as duas coisas, apesar de eu ter degustado o capão. Também me parece bem que eu tivesse conhecimento dos dois assuntos, a assinatura do Tratado e o jantar do Capão. Escolhi o que me interessava mais naquele momento, e como o jantar me parecia bem e eu não ia assinar o outro, tudo estava certo.
Os Irlandeses que ainda não conhecem o Capão não tiveram possibilidade de escolha, mas a ver pelos resultados ao Tratado de Lisboa, dá-me ideia que teriam ido ao jantar se os tivéssemos convidado.
Já agora, o Capão é um galo que "em tenra idade se atenta à sua masculinidade", e que mantém a carne tenra e chega a atingir 25 kg, diz a tradição.
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12/06/08
Uma questão de raça

Daí que ao apelar aos emigrantes de sucesso para que invistam ou regressem ao seu país faça todo o sentido e seja uma questão de raça. É que convém não esquecer que no passado eram as receitas dos emigrantes que nos ajudavam a equilibrar a balança de pagamentos e era essa raça de gente que ao trabalhar nos países que lhe davam melhores oportunidades, enviava regularmente as suas poupanças para os bancos portugueses fazendo engordar os cofres de uns e ajudando a bolsa de outros.
Os emigrantes foram sempre vistos como solução de recurso para os governos em desequilíbrio. Só que nessa época os portugueses conheciam o conceito de pátria. Hoje, somos cidadãos do mundo e somos membros de uma comunidade de vários estados. No momento em que ensinamos aos portugueses o ideal da Comunidade Europeia, criamos um conjunto de pessoas que não sente obrigação ou dever em regressar a Portugal, a investir ou a enviar poupanças.
O emigrante deixou de o ser quando passou a poder trabalhar, entrar e sair livremente em qualquer país da comunidade. A abolição de fronteiras na Europa e a globalização fizeram o resto. Claro que mantemos o sentimento do que é ser português, mas não temos de ficar por cá quando podemos entrar e sair livremente. No passado só emigrava quem não tinha condições no seu país. Hoje já assim não é.
Só em Portugal é que se pensa que os emigrantes ainda continuam a querer voltar, construir a sua casa ou o seu negócio. Só em Portugal é que se pensa que os portugueses que vivem no exterior, são emigrantes que continuam a querer programas de televisão com fado, futebol e telenovelas. Só em Portugal é que se pensa que tudo o que os emigrantes querem é clubes recreativos, procissões e sardinha assada. Só em Portugal é que se pensa que os portugueses apenas se divertem com os concursos de misses e com os shows dos artistas populares. Esse tempo já foi!
Portanto, se queremos apelar ao investimento de portugueses com sucesso no estrangeiro, que aliás só agora descobrimos que existiam, temos de incentivar em primeiro lugar os que cá estão para que havendo expectativas de negócio outros, portugueses ou estrangeiros cá queiram investir. E aí sim, podemos redefinir o conceito de raça.
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11/06/08
10/06/08
Viver a dois

O jovem casal tem de aprender a ceder e a gostar de dar prazer e não é líquido que gostem os dois da mesma música ou que queiram ver o mesmo filme. O mais certo é que queiram sentar-se no mesmo sítio do mesmo sofá, que um queira ver o futebol e o outro um documentário qualquer, para além da divisão das tarefas domésticas não ser situação pacífica.
Os dois jovens que até aqui faziam como bem entendiam, cada um tinha o seu canto com os seus hábitos e particularidades, partem para a relação a dois com o mesmo espírito. Os dois passam muitas vezes de amantes a gladiadores. O bom senso levará o navio a bom porto, se os dois quiserem.
A segunda fase de aprendizagem a dois, surge quando os filhos saem de casa. O casal que se habituou a ter as actividades distribuídas volta agora a ter de partilhar tempo, coisas e espaços. O tempo é fácil e pacífico, mas o espaço e as coisas é pior. É que tudo volta ao princípio. As mulheres que passaram a vida a partilhar tudo o que tinham com os filhos e com o marido estão iguais, só que com menos alvos alternativos. Os homens que também se habituaram a ser dependentes da mulher para umas coisas e a não dar informações para outras, acham estranho serem questionados sobre os seus assuntos. E o ambiente volta a ser de concessão e de perda de liberdade.
Por outro lado, os que conseguiram criar uma identidade própria, manter a sua independência e não caíram no erro de querer modificar o outro, conseguem voltar a bom porto. O único problema é que não querer modificar o outro, é sabedoria que só se adquire com a idade e muitas vezes, já é tarde para perceberem os dois, que o pior que pode acontecer ao casal é querer ser uma só pessoa.
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07/06/08
Inês Sobreira

“Construir” uma peça, juntar diferentes elementos, destacá-los ou escondê-los, dar-lhes preciosidade, é o que pretendo quando pego numa agulha, fio e começo a tecer as minhas peças. Valorizo a cor, o ritmo, os pormenores, o contraste do brilho da prata na borracha, a flexibilidade das estruturas que se adaptam ás formas do corpo. As peças vivem no e para o corpo e só aí é que as considero prontas."
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06/06/08
Jóias de remediados
Existe uma ideia falacciosa sobre a questão da riqueza em Portugal. É corrente ouvirmos os do Norte dizer que o dinheiro está em Lisboa e os de Lisboa retorquírem que é no Porto e no Norte que estão os grandes senhores do dinheiro. Nada mais falso. O país está falido e num autentico pasmatório. Se é verdade que, no passado o Norte concentrava as indústrias tradicionais como os têxteis e o calçado, hoje é esse Norte que está sem norte. Se no Sul estavam as grandes empresas que atraiam gentes de outros lados hoje, apesar de continuarem mesmo sítio, ou seja a Sul, não são concorrenciais. E se dividirmos o país como sempre o fizemos em Lisboa e Porto, a realidade continua igual ao que era. Portugal tem hoje uma classe média que nasceu depois do 25 de Abril e que vive como pode e do que pode.
No passado, o país tinha uma pequena franja de pessoas abastadas em Lisboa ligadas às indústrias do cimento e das pescas. No Porto, uma elite burguesa intelectual já com pouco na algibeira e à sua volta famílias com empresas de indústrias tradicionais que vestiam uns e alimentavam outros. Os muito pobres deixavam de o ser, quando abandonavam o campo e vinham para as cidades, e de resto Portugal era um grande amontoado de gente que apesar de tudo sabia ao que andava. De uma maneira geral, todos tinham um bocadinho. Até o "pobrezinho do mês" que assim se intitulava, quando todos os meses tocava à campainha tinha o seu rendimento mínimo garantido.
Hoje, pelo contrário, somos um país com "jóias de remediados" à procura de um rumo para o endividamento. E a não ser que venha algo do Além, eu não vejo além nada que me ajude a continuar a não ser fechar a porta, apanhar o comboio e seguir em segunda classe, que terceira já não existe.
No passado, o país tinha uma pequena franja de pessoas abastadas em Lisboa ligadas às indústrias do cimento e das pescas. No Porto, uma elite burguesa intelectual já com pouco na algibeira e à sua volta famílias com empresas de indústrias tradicionais que vestiam uns e alimentavam outros. Os muito pobres deixavam de o ser, quando abandonavam o campo e vinham para as cidades, e de resto Portugal era um grande amontoado de gente que apesar de tudo sabia ao que andava. De uma maneira geral, todos tinham um bocadinho. Até o "pobrezinho do mês" que assim se intitulava, quando todos os meses tocava à campainha tinha o seu rendimento mínimo garantido.
Hoje, pelo contrário, somos um país com "jóias de remediados" à procura de um rumo para o endividamento. E a não ser que venha algo do Além, eu não vejo além nada que me ajude a continuar a não ser fechar a porta, apanhar o comboio e seguir em segunda classe, que terceira já não existe.
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04/06/08
Chocolate não é para brutos

A última edição da revista Carteira, traz um artigo intitulado "Sexo e dinheiro ligados no cérebro". Ora o tema vem mesmo a propósito, numa época em que os investimentos não abundam e são necessários vários estímulos para acelerar a nossa economia.
Diz o artigo, citando uma investigação da Faculdade de Psicologia da Universidade de Stanford, USA e liderada pelo Prof. Brian Knutson, que "um grupo de jovens ficou mais predisposto a arriscar numa decisão financeira quando viu imagens eróticas, do que quando olhou para imagens assustadoras, como fotografias de cobras ou para algo mais neutral como um agrafador".
A investigação que envolveu jovens heterossexuais conclui "que as fotografias eróticas iluminam a mesma parte do cérebro que é estimulada pelas decisões financeiras arriscadas."No entanto o Prof. Knutson sugere" que não precisa de ser um incentivo claramente sexual: pode ser chocolate ou um bilhete de lotaria".
É caso para concluir que chocolate não é para brutos, nem o sexo uma lotaria, é apenas investimento puro e recomendável.
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The Obama dream
Obama também tem um sonho e passou à segunda fase. "Obama transforma-se assim no primeiro afro-americano a ser nomeado por um grande partido nos EUA. Esta noite marcamos o fim de uma travessia histórica e o princípio de outra - uma travessia que trará um dia novo e melhor à América", afirmou Obama depois de conhecer os resultados, a partir da cidade de St. Paul, Minnesota, que acolherá em Setembro a Convenção Nacional Republicana."Hoje eu posso vir aqui diante de vocês e dizer que serei o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos", anunciou" in, Publico.
Obama é o segundo afro-americano with a dream contamos que seja o primeiro a atingi-lo.
Obama é o segundo afro-americano with a dream contamos que seja o primeiro a atingi-lo.
02/06/08
Yves Saint Laurent sobre a Moda e as Mulheres

MODA:
"A silhueta do corpo conta acima de tudo. Jamais se deve sobrecarregar, não se deve fantasiar muito, isso prejudica o estado de graça tão buscado".
"O negro é meu refúgio, o negro é um traço sobre uma página em branco".
"Não se pode apegar às modas e acreditar demais nelas, ou seja, se deixar levar. É preciso olhar cada moda com humor, superá-las, acreditar o bastante para dar a impressão de que é vivida, mas não muito para poder conservar a liberdade".
"Conto quase sempre a mesma história... Amo acima de tudo o rigor, a seriedade, a beleza do clássico. Mas minha fantasia, meus dotes imaginativos muito pronunciados me fazem ir algumas vezes para o barroco, a singularidade..."
"A elegância não seria o esquecimento total do que se usa?"
AS MULHERES:
"Encontrei meu estilo através das mulheres. O que faz a vitalidade e a força é que me apoio em um corpo de mulher".
"Uma mulher que não encontrou seu estilo, que não se sente à vontade em sua roupa, que não vive de acordo com ela, é uma mulher doente. Não está segura de si mesma e nào oferece nenhuma das características que determinam a felicidade".
"Para estar bela basta que a mulher use um pulôver negro, uma saia negra e esteja de braço dado com o homem que ama".
"Nada é mais belo que um corpo nu. A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Para as que não tiveram essa felicidade, qui estou eu." Yves Saint Laurent tinha uma visão muito particular da elegância, da moda e das mulheres, que dava sentido a sua arte. Estas são algumas de suas declarações publicadas pela imprensa a partir de 1958.
01/06/08
Eleições em português suave

Por Portugal era o slogan, mas esperança foi a palavra usada no discurso da suave vitória.
"Já estamos a virar a página", afirmou Ferreira Leite na hora da vitória. Dar atenção à classe média é a prioridade. "
Portugal é um país de gente suave.
Vamos ver o que as palavras de Manuela conseguem mudar e que percurso Pedro Passos Coelho vai adoptar.
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