Apesar das dúvidas em relações ao exterior, em Portugal está tudo fixe, apenas com uma ligeira preocupação sobre o peso do Presidente, que já está medicado com vitaminas extra. Eu fico contente porque o que é preciso, é ter saúde. A preocupação é grande não só com o Presidente mas segundo sei com outros portugueses. Até já andam a controlar os padeiros com a questão do sal, o que também me parece adequado, desde que não nos estraguem os queijos, os enchidos e as outras iguarias que vamos ter dificuldade de manter à venda. De qualquer forma como o bolso anda magro e enquanto enche, o povo educa o paladar, tornando todos mais contentes e podendo cumprir com rigor a legislação e alterar os hábitos alimentares. Os banquetes com reis, rainhas e ilustres estão a dar nas vistas em Portugal e o sal e a pimenta têm de ser qb.
Ao que parece anda também por aí, uma grande vontade de encontrar os lugares certos em mesa especial. Ouvi qualquer coisa sobre a falta de cadeiras mas o problema foi resolvido com bancos e cadeiras de praia. Ao que parece ninguém queria perder o lugar no "jogo do lenço", porque o castigo era ter de dançar funáná.
Por outro lado, a coordenação europeia no combate à crise precisa de agitação. E Carlos Queiroz já disse que "temos de trabalhar e não ter uma atitude de bebés chorões". Dizem-me que isto não tem nada a ver com o resto, era de futebol que ele falava.
Lá fora, quer dizer, no resto do mundo, Obama prepara plano para as pequenas e médias empresas o que levará a que tudo esteja resolvido daqui a um a ano no máximo dois, apesar de Krugman entender que a resposta europeia é decepcionante e que o plano americano corresponde a um terço do valor necessário enquanto o europeu a bem menos de metade. Parece igualmente que a queda do PIB na Europa é maior que nos Estados Unidos e por outro lado que Portugal se arrisca a ser um cheque sem cobertura por causa do endividamento, como nos alerta Abel Mateus. Contaram-me que devo estar atenta ao Bernarke que prevê a retoma nos EUA já em 2010 e também para o consultor Charan que garantiu em Lisboa que a crise económica mundial recupera dentro de 5 a 6 meses.
Nós por cá para não complicar muito, temos empresas, Cimpor, a cair 38,5%, a criação de empresas recuou 44,7% e para dar um toque internacional, os Britânicos perderam 28% da riqueza em ano e meio. Enquanto isto, apesar do nosso ministro Manuel Pinho ter pedido 132 milhões de indemnização à Opel por fechar a fabrica da Azambuja, parece que só vamos receber 18, o que também dá ideia que já foi feito.
Para terminar, a única coisa que corre bem é o sector da distribuição alimentar que criou 15 mil empregos e a notícia de que a Unicer vai investir 1 milhão nas Festas de Lisboa. Vai haver bebida e comida para todos, espectáculos, concertos e esperemos que venham pelo menos mais cinco turistas. Também espero que os jovens saibam beber com conta, peso e medida.
Para não maçar mais, abstenho-me de fazer links para os nomes que acabei de citar, porque como já sabemos isso agora já não interessa nada!