31/12/09
30/12/09
29/12/09
O filme e a minha neta
AVATAR - Leona Lewis ( I See You )
Nem só de expansão vive o homem
O Corte Inglés instalou-se no Outlet de Vila do Conde. Nada a assinalar se não fossem as condições inacreditáveis com que se debruçam as pessoas que trabalham no local de pagamento. Os senhores que conceberam o espaço não pensaram que naquele sitio iriam estar funcionárias durante o seu período laboral sem qualquer condição de trabalho e clientes que apesar da barateza das compras teriam de apanhar com o frio e o vento nas trombas. Se fosse em Espanha imagino que não teria sido aprovado, mas aqui tudo passa e não passa nada. O cliente refila, paga e desaparece para voltar a manifestar-se na próxima visita. O funcionário trabalha porque tem de ser e cala porque não tem remédio e é aqui que se manifesta a prepotência dos que se instalam no país dos outros, utilizam a mão de obra que não abre a boca e que ainda tem de se sentir contente porque tem emprego e ganha mais um pouco. Pergunto eu, se não seria tempo das inspecções de trabalho e quejandos estarem atentas a estas situações? Na minha opinião, um escândalo mesmo que pequeno comparado a outros que por aí possam andar. E mesmo que a economia se regozija com a iniciativa, é por estas e por outras, que é cada vez mais difícil não sentir o peso da responsabilidade social.
Comprar e vender
Os números podem ser apresentados de muitas formas. Neste caso, fica bem mostrar que os portugueses estão confiantes no futuro. As estatísticas revelam que este ano os portugueses compraram mais que no ano anterior. Quer dizer, os portugueses compraram mais, endividaram-se mais, viajaram mais, comeram mais e o cidadão normal não entende. Não entende que numa época de contenção global em que tudo é de dimensão universal haja cidadãos que num canto da Europa lhes parece normal e natural gastar, consumir, desperdiçar. São tempos estranhos que passam por Portugal, mas que contribuem para animar a vidinha e dar ânimo a quem passa 60 horas a trabalhar atrás do balcão!
28/12/09
27/12/09
26/12/09
Esta casa faz dois anos
Obrigada, obrigada podem dar-me os parabéns que esta casa faz hoje dois anos. Um grande abraço a todos os que por aqui passam e fizeram desta casa o que ela hoje é. Quando iniciei este projecto há dois anos, o objectivo era construir um espaço onde me pudesse sentar tranquila com os meus pensamentos, as minhas graças, as minhas alfinetadas, as minhas músicas, as minhas jóias verdadeiras, de pechisbeque, de feira ou de leilão e deixar fluir o tempo. Um cantinho que a exemplo do meu espaço caseiro poderia ser um porto de abrigo. Hoje, ele é muito mais. É uma sala dentro da minha casa. É o lugar onde os amigos entram sem bater à porta e partilham a alegria, a tristeza, a sagacidade de este ou aquele argumento. Devo dizer que o maior elogio que me têm feito é o de ter sentido de humor, porque na verdade, essa é uma das qualidades que mais prezo na vida. Ser capaz de olhar para as pessoas e tirar o maior proveito da sua companhia com graça, sem preconceitos e com a certeza de que sem piada a vida seria absolutamente detestável. Mais uma vez obrigada e um grande abraço a todos.
25/12/09
A dança da TAP
TAP - Aeroporto de Lisboa
24/12/09
A Ceia de Natal
Juan Carlos o enfermeiro disse bom dia e com o seu ar atencioso advertiu-me para diferentes aspectos da ajuda doméstica. Caso eu não a tivesse deveria ter cuidado com as espinhas de peixe. Nada de arranjar o peixe, pegar em coisas quentes ou fazer trabalhos forçados. Gostei de o ouvir e a partir de agora na minha cozinha existe um cadeirão dedicado à preguiça laboral. A minha secretária interna pensa que é para ela. Pois, está enganada. Queria, mas é aqui de "moi même"! E vamos a andar com a Ceia de Natal que se faz tarde. Com as batatas e o bacalhau a cozer, tratar das pencas e das cenouras, olhem os ovos e cuidado que o arroz doce que se queima, deitem um olho às rabanadas, vejam o óleo, é necessário trocar. E o queijo da serra está no seu lugar? O bolo rei do Vieira, os sonhos este ano estão melhores, o pão de ló e a aletria junto à sopa dourada, o bolo de chocolate e o pudim de leite, as frutas cristalizadas, as nozes e as avelãs, os figos e as ameixas com chocolates à mistura ao lado da lampreia e dos ovos moles para quem ainda tem barriga.23/12/09
22/12/09
Viver em esperança
17/12/09
Merecido Prémio

Clarice Lispector
16/12/09
Antes ex-fumadora que assim assim
14/12/09
Itália, italianos e o resto
O caso da agressão a um dos mais alegados corruptos da esfera europeia não foi um acto que se recomende, é uma manifestação importante e não deve ser desprezada ou considerada um acto isolado. O mundo começa a não ter paciência para gente que continua sem pestanejar no poder, que o mantém sob controlo e com fortuna a condizer. O tempo em que as populações aguardavam pacificamente pela resolução dos seus problemas ou dos seus anseios está a rarear, o que por um lado é uma pena, e pelo outro extremamente perigoso. Itália não deve servir de exemplo a ninguém e muito menos no que toca ao uso da violência para resolver conflitos. É que a violência chama mais perigo, mais poder, outras armas que destroem e que para os europeus, em especial os dos países mais ao sul da Europa, ainda representam pouco tempo de liberdade democrática. Que não passe pela cabeça de italianos, espanhóis e portugueses o que já passa pela cabeça dos gregos e por aí fora. Neste caso, a união de interesses pela paz é um elemento que identifica os países que pertencem a uma comunidade e que só por isso é de todo o interesse manter viva e coesa. No momento em que a Europa se dividir pelos interesses políticos, uma vez que pelos económicos já se manifesta de várias formas, o Continente Europeu volta a ser apetente para outras manifestações bélicas. A geração de setenta ainda está a tactear em democracia e para as outras o tempo não é sequer correspondente à actual esperança de vida. Muito pouco tempo que não nos deve apetecer encurtar ou confundir.
13/12/09
Concurso de Natal
Este ano o Presépio tinha de ficar com esta jóia. O burro em faiança com olhar meigo e orelhas atentas aprecia o aconchego das palhinhas e aquece quem estiver por perto. Foi enviado com muita expectativa para o Concurso de Natal -2009 organizado pelo nosso Barbeiro residente Luís Novaes Tito. Mesmo sabendo que a concorrência é apertada, tenho confiança no meu burro e aguardo o prémio vencedor.
Johnny Hallyday
11/12/09
10/12/09
Barack Obama - Nobel da Paz
Uma escolha e uma distinção a seu tempo. "Citizens of America and Citizens of the World" , parabéns!
Acho VIII
Acho que o Parlamento estaria melhor sem a palhaçada do deputado da província e da senhora de Cascais! Mereciamos melhores representantes. E o caso não é para rir, antes pelo contrário é uma autêntica dor de cabeça.
09/12/09
Laços de família
As relações familiares são laços muito delicados. Contava-me uma amiga que este ano os irmãos andam que nem baratas tontas e ninguém sabe onde passará o Natal. A minha amiga é a única que fala com todos e tenta compreender o pai que, viúvo há um ano e com 72 anos, já tem uma companheira. Uma mãe faz muito falta e o primeiro ano passado sem ela, é um dos momentos mais tristes que um filho pode ter na sua vida adulta. Um primeiro ano natalício sem o pai é, igualmente, um dos momentos de maior desalento familiar. Mas o pior que pode acontecer é a família não ser capaz de homenagear o espírito de união, que toda a mãe e todo o pai devem ter deixado primar na educação e na passagem de valores aos seus filhos. Os filhos homens tendem a ser mais guerreiros nestas ocasiões e as filhas mais compreensivas. A diferença, se é que existe, é que as filhas não sentem que a memória da mãe esteja a ser desvalorizada, pelo contrário entendem que o pai ao fazer-se acompanhar de alguém e de considerar uma companhia no seu dia a dia lhes está a demonstrar a vontade de ser independente, de continuar a sua vida, de não ser um estorvo para os filhos ou um fardo para os netos. Ele está a tentar lidar o melhor possível e da única forma que sabe, isto é - viver acompanhado por uma mulher. Assim, é na geração dos nossos pais que devemos colocar os olhos enquanto temos tempo para nos perguntarmos como é, e como será um dia na nossa vez. Não se zanguem, por isso, os filhos e não se privem, por enquanto, os netos de celebrar as luzes de Natal, apenas porque uma nova cara se junta à família e partilha o carinho do dono da casa.
08/12/09
Tributos em Vida
O morto
O morto já era morto antes de ser. Claro que à volta dele todos faziam de conta que nada se passava ou seja, falavam como se o morto já estivesse morto há uns dias. O tempo em que o morto tinha palavra sobre os seus assuntos tinha um tempo que já era morto. O morto mal tentava abrir a boca para dizer alguma coisa viva logo lhe calavam a voz com um olhar que o podia matar. O morto estava mais vivo que todos os outros, mas morria de cinco em cinco segundos com a capacidade mortífera das palavras dos que o queriam morto. Pelo caminho levantava uma perna, depois um braço e perante o espanto daqueles que o tinham retalhado, o morto continuava de carne e osso a ouvir as palavras que lhe matraqueavam o cérebro. O problema é que também o tentavam aterrorizar com sábios venenos a quatro estações. Até ao dia em que o morto decidiu matar todos os vivos e constituir uma comunidade em que aparentemente todos estavam mortos e podiam falar livremente dos vivos que se mantinham mortos.
07/12/09
06/12/09
Tem de ser, o tempo!
Ao som duma voz esganiçada pelo tanto chamar, acordava regularmente. Quero dormir mais mas não posso, tem de ser! levantar rápido, vestir depressa, engolir, não gosto, está quente mas tem de ser! Ao som da água que me lava ao pente que me penteia. Cabelos rebeldes, não quero o cabelo para trás, mas tem de ser! Olha no espelho, que bonita ficas! Desce, a carrinha já está à porta, vai com cuidado, leva o chapéu, a pasta, o lanche no thermos que será servido ao almoço. Não gosto, mas tem de ser! um, dois, três, levanta, baixa, flecte, frente, atrás, o espaldar, o plinto, o salto, a trave. Não gosto, sonho com ballet, mas tem de ser! Anda, põe-te em pé e o momento mais solene do dia vira o pesadelo do ano. Como caiu, não podia ser, mas era. Um fiasco que tinha de ser! Veste bata, tira bata, monograma liberdade, eléctrico. No Jardim da Estrela uma cigana lê a sina, um homem de "fardas altas" chegará um dia num navio preto. Só há navios brancos? Então tem de ser mentira. Volta, não volta e volta a girar, um furo por tablette de chocolate, sai amarelo, encarnado e o maior é o verde, tinha de ser. Sobe e desce do comboio, entra e sai da camioneta. Porta da frente a passar com licença e a ficar, tem de ser! Vestido branco olhar cintilante e o pé que fica ao lado do outro, só pode ser! A aliança no dedo e o cabelo esticado, o salto no pé e o pé aos saltos. Vou e já volto, hoje e amanhã, agora e sempre, dias que voam, que se apanham. Cansada, cuida de ti olha o stress, tem de ser! Estavas aí? E não paraste para olhar no tempo, agora tem de ser! Não gosta? O frasco é muito grande e tem de ser tudo? Não gosta, tem de ser! O cartão? era preciso? deixei na mesa de cabeceira. Trago na próxima vez, pode ser? Não gosta, mas olhe tem de ser! Come a papa, menina, come a papa, tem de ser! Acorda, levanta, tem de ser! Estuda, vence, anda, despacha-te, tem de ser! Luta, vive, ama, odeia, fica, não partas. Chegou a hora? Não há tempo, tem de ser!
Secção de pedidos
Para a Sí, claro...!
Alain Delon "novinho em folha" para a Fugidia. Fica igualmente o Brosnan a seu pedido
mas não se compara ...
Este é para mim! "A vida portuguesa" no Porto, uma ideia da Catarina Portas. Uma verdadeira jóia!05/12/09
Outros sons e compassos
Ana Belén - 'Historia de Lily Braun'
04/12/09
Mirtilos e ares da PresidentA, o meu final #1
... e o mirtilo sem graça, foi levado para a casa mais próxima, agasalhado e alimentado.Passado uns dias, já com cor e cheiro que se sentisse, elegante e prazenteiro mirava ao seu redor. De longe a longe sonhava com os campos brancos e frios de neve. Entreabria os olhos e sem querer acordar ouvia o tinlitar dos sinos distantes. Do outro lado do vidro havia quem sonhasse com as estrelas em fantasia de jasmim, misturadas em mirtilos. Danças e amores em forma de rebuçado, tartes de açúcar e crocantes sons a acompanhar.
Mais valia o mirtilo fazer parte do tacho dos doces, pensava o olho envidraçado. E foi o que aconteceu no dia em que entre a dúvida e a consolação, o mirtilo viu o borbulhar da sua cor misturada com o açúcar e a colher de pau a rodopiar. A cor escura e elegante do fruto estava agora transformada em compota. Guardada em belos e elegantes frascos com rótulos aveludados pelas estrelas é adorado por todos e amado por muitos. O doce é hoje um dos preferidos do reino e não há princesa ou gambuzino que não o cobice aqui ou além-mar.
Desculpe, pode repetir?

02/12/09
Os 30 mil cadetes de Obama
É claro que não serão todos cadetes, mas não foi por acaso que uma das declarações mais difíceis sobre o Afeganistão foi feita perante a academia de cadetes. Jovens convictos e empenhados em servir o seu país, em defender os valores da liberdade, com olhos atentos e ouvidos abertos, cheios de orgulho. A maior dificuldade passa por saber se a estratégia adoptada é a melhor. É sempre assim, em situações de guerra e conflito, em situações delicadas e com vidas pelo meio. Cortar e actuar no momento certo, com estratégia e continuidade absoluta. Cortando no orçamento da defesa com retiradas apressadas ou enviando tropas e aumentando contingentes? A estratégia seguinte é muito mais delicada que a decisão dos cortes orçamentais. Dela virá a erradicação do mal que afecta não um país ou região do mundo, mas a sobrevivência de uma cultura e dos valores ocidentais. Lutar contra o medo do ataque também, constituir uma estratégia não de ataque mas de vigilância futura. Daí que Obama, não tivesse muito por onde escolher. Oxalá, os americanos o entendam, oxalá a estratégia seja certeira. Enviar mais cadetes americanos e outros das nações aliadas, mostrando novas armas de conhecimento, preparando o Afeganistão a defender-se pelos seus próprios meios. Dado que é muito cedo para antecipar o resultado futuro, fico pela análise e biopsia do que sabemos. Neste caso, todo o cuidado é pouco e é com pezinhos de lã que Obama vai andar nos próximos tempos.
Convicções energéticas
Escrevi diversas vezes que o meu ministro preferido, era Manuel Pinho. A razão que me levava a descrever o economista desta forma, era a sua capacidade de nos querer alegrar com grande convicção e expectativa. Pinho tinha resposta para tudo e um optimismo que num país sempre envergonhado nos dava alento e desconfiança. Por isso, tão fácil se tornou falar de Manuel Pinho com um sorriso nos lábios e ao mesmo tempo ver homenagens empresariais de dedicadas regiões que, animadas pelo optimismo da alocação de verbas a projectos locais, lhe concederam ruas e outras pequenas boutades. Manuel Pinho tem sido um entusiasta defensor do projecto eólico e do desenvolvimento das energias renováveis. Enquanto ministro andou pelo país a inaugurar, projectar e criar parceiros de negociação. Fazer de Portugal um dos pontos mais fortes da Europa em matéria de energia renovável foi o seu empenho.30/11/09
27/11/09
Emigrantes por defeito ou opção?
Quanto mais tempo estamos no nosso cubículo mais chatos nos tornamos. Seja em casa junto da família, no emprego junto dos colegas, na paragem do autocarro junto dos outros utentes, na carruagem do metro, na pastelaria da esquina que frequentamos diariamente e onde esboçamos um sorriso forçado. Todos nos parecem uns aborrecidos idiotas e nós uns ilustres sábios continuamos a massacrar quem temos por perto. Os políticos e os programas de televisão não fogem à regra e até já nem nos blogues nos livramos de aborrecer quem nos lê. Olhamos para o nosso umbigo, dentro do cubículo que se tornou o nosso dia a dia e a porta do nosso país continua fechada a pessoas com outras características e talvez, quem sabe, capazes de trazer outra cor, outros motivos e outras histórias mais alegres, soltas, e de maior dimensão e está cada vez mais ampla e aberta a todos os que decidem encontrar lugar , emprego ou alegria noutro espaço. Tudo nos parece pequeno, tudo é grande aos olhos de quem é pequeno e tudo vai continuando conforme o nosso pedaço de humor. Sei que não é fácil ultrapassar esta tarefa, que à portuguesa herdamos e onde sempre tropeçamos. A saudade do que já foi, o que é e podia ter sido, que não nos larga e consome por tudo e por nada. Pergunto, para que servem as entrevistas a pessoas que não nos esclarecem, as reportagens de assuntos já ressequidos e que tresandam a esturro, mesmo que pelo meio esteja a senhora que perdeu o dinheiro numa instituição e que agora se senta ao relento numa avenida da cidade, greve de fome, diz ela, Quimonda fala ela, enganada e desempregada, expectativas frustradas acrescenta. Mas pergunto eu, ainda alguém liga a estas acções de voluntarismo sem jeito? E o resto que continua, agora é face oculta , amanhã cara alegre, e todos continuam à procura do "ninguém" que tem razão. Pobre país o meu que continua à procura de quem lhe diga onde se encontra o paraíso e só procura emigrar!
25/11/09
Leite Derramado
"Ao passo que o tempo futuro se estreita, as pessoas mais novas têm de se amontoar de qualquer jeito num canto da minha cabeça. Já para o passado tenho um salão cada vez mais mais espaçoso, onde cabem com folga meus pais, avós, primos distantes e colegas da faculdade que já tinha esquecido, com os respectivos salões cheios de parentes e contraparentes e penetras com suas amantes, mais as reminiscências dessa gente toda, até ao tempo de Napoleão"23/11/09
Prevenção e controlo do Dengue em Cabo Verde
Cabo Verde vive uma situação difícil. O dengue, inexistente até há pouco tempo no país, dificultou a identificação da doença na sua fase inicial e tomou proporções fora de controlo. A ajuda, inclusive de médicos portugueses que se têm deslocado para os principais centros de infecção e o pedido de medicamentos tem sido uma realidade. Nesse sentido, publico um email que recebi, através de familiares caboverdianos. 21/11/09
Blog Instigante
A Austeriana atribuiu-me este selo de reconhecimento. Considerar que nesta casa se aprende sempre alguma coisa é mais do que eu poderia esperar. De vez em quando eu já acharia bom. Fico muito sensibilizada e tenho de admitir que já estou inchada de peneiras. Muito obrigada!Como este prémio visa distinguir e passo a citar os «Blogs que, além da assiduidade das postagens e do esmero com que são feitos, nos provocam a necessidade de reflectir, questionar, aprender e – sobretudo – que instigam almas e mentes à procura de conhecimento e sabedoria.», vou passar aos que fazem parte do meu percurso blogueiro, aqueles onde tenho aprendido a reflectir e a partilhar e que são sempre instigantes.
Bicho-Carpinteiro (Aust), Nocturno (Luísa), Ares da Minha Graça (Patti), Catharsis (Ana Paula)
De si para si (Si), Delito de Opinião (Pedro Correia e al), Crónicas do Rochedo (Carlos)
Outros Lugares (Ricardo AA), Blog Experimental (Vasco), Porta do Vento ( Ana e al)
Desconversa (Mike), Esconderijo (Fugidia), Cronicas da Teresa (Teresa)
Sabor de Maboque (Dulce), Cantinho da Luzcia (Luz), Inquietações (Lisa),
A Barbearia do Senhor (Luís), Ma-Schamba (JPT).
20/11/09
O teste da barata
Natalia ColectionJust perfect
Obrigada ao RAA que me considera "just perfect". E eu toda vaidosa renomeio quem me nomeou, e devolvo aos amigos que me têm proporcionado momentos vip e de grande calibre. Obrigada a todos e porque eles sabem quem são, deixo aqui o convite para passarem a corrente.
16/11/09
Entre custo e investimento
Hoje perguntaram-me porque é que as nossas ideias nunca funcionam, enquanto outros as implementam. Regressada do Brasil eu tenho a resposta. Não funcionam porque não vamos aos lugares conhecer o local. Integrados numa politica de globalização acreditamos que as ideias se colocam da mesma forma em todos os lugares e que se copiam a papel químico. Não é verdade, eu própria já ensinei muita gente a acreditar comigo que os produtos se podem vender transversalmente em qualquer lado desde que sejam ao mesmo segmento. A ideia de adaptar localmente ou de utilizar outsourcing para realizar tarefas ou funções que do outro lado do atlântico funcionam de forma diferente é uma realidade necessária. O que leva muitas empresas pequenas a não internacionalizar não é a sua dimensão, mas sim a dimensão das ideias dos responsáveis e dirigentes que as administram. Uma, duas, três, e as necessárias visitas a um potencial mercado ou parceiro não é um custo, é investimento. O mal da maioria das empresas portuguesas é que os custos se tornaram de tal forma o motivo do dia a dia, que tudo é considerado um esbanjamento de recursos. Podemos dar toda a formação a dirigentes, funcionários, colaboradores, alunos e outros, mas ela nunca sairá do papel se apenas o fizermos na sala de aula. Podemos convidar milhões de palestrantes mas se não conhecermos a realidade local não funcionará. Podemos chamar muita música e governante mas a fanfarra só fica no ouvido se compreendermos a letra da canção e o motivo que a gerou. Cantarolar todos o podemos fazer, agora explicar a letra da canção é que é mais complicado se não falarmos a mesma língua. Assim, pelo menos uma vez na vida talvez fosse bom pensar no investimento, deixar a contenção de custos de lado e olhar para o velho Canfield que apesar de ser de uma área paralela, foi motor e incentivo para muita equipa de venda de ideias e conceitos logo a seguir à crise financeira dos anos 30.
Sabor de Maboque
15/11/09
Pela BR101 (Rio de Janeiro - Santos)
Primeira paragem na Praia do Frade em Angra dos Reis. Linda paisagem, tempo a condizer e condução apurada. Uma visita a Paraty para beber a cultura local, a cachaça que a acompanha a música e a literatura que a envolve. Uma bonita cidade colonial num dia em que até quem lá mora reclama o calor que se faz sentir. Depois de cinco semanas no Brasil, eu já respondo como a carioca que conheci em Manaus, para mim está tudo jóia!
Paraty,RJ
Segunda paragem em Maresias, seguindo os conselhos de quem já lá esteve. O hotel bem localizado, simpático e perfeito para um mergulho antes da trovoada que já se adivinhava em S. Sebastião. A opção de Ilhabela e dos seus atractivos fica para outra oportunidade, desta vez eu dei um jeito e "arrumei-me" o melhor que pude, substituindo a onça-pintada e o meu acompanhante descendente primata, colocou roupa nova para jantar. A Mata Atlântica tem o senão dos mosquitos que podem dar cabo de qualquer visitante mesmo o que munido daquele aroma a Repelex se prepara para minimizar as consequências.

Surf em Maresias
Terceira paragem em Santos e a mais do que esperada visita ao Edifício da Bolsa Oficial de Café, hoje o Museu dos Cafés do Brasil. Uma bela lição da história do café, dos portugueses que o transacionavam, dos ingleses que implementaram estruturas de caminho de ferro e de negócio, dos imigrantes japoneses e escravos africanos que trabalhavam os campos e dos corretores que o valorizavam em bolsa. "A edificação da sede dos negócios do café em Santos, consolidou a região como a maior praça cafeeira do mundo", segundo reza a sua apresentação em brochura.

Santos, Museu da Bolsa de Café
Daqui até São Paulo foi um pulo, terminando uma extraordinária viagem por terras brasileiras onde a diversidade da paisagem é igual à da sua gente. No bolso trouxe um punhado de areias com tons e coloridos, nos olhos a observação e na mente a reflexão. E como dizia o meu acompanhante, é muito dificil regressar sem algumas angústias e o desejo de que a pobreza diminua ou pelo menos deixe de ser tão desigual. Até breve, Brasil!
12/11/09
“Homem Tijolo” (PP)
Nas obras nada pior que “o já agora”, é esta frase que dá origem a muitos desvios orçamentais e a grandes dores de cabeça. E este não foi um caso diferente. Ainda hoje quem lá vive pergunta onde se terá inspirado o arquitecto naquela combinação tijolo e azul anilado. O arquitecto e a economista riem da sua primeira obra conjunta, à cor do vestido juntou-se o tijolo da obra, dando início à representação daquela perfeita harmonia de humor.
O Arquitecto PP apresenta agora a sua exposição em que o tijolo é a sua própria cabeça e a obra passa a ser vista como arte. O arquitecto ensinou a economista a procurar outros vultos nas cores e segundo ele, a interessada aprende depressa. O convite para sem pressa apreciar a mostra de trabalhos fica aqui. Por mim, sei que na impossibilidade de estar na inauguração, terei o privilégio duma visita guiada e anilada.
11/11/09
09/11/09
Berlim 1989
Nove de Novembro de 1989, o dia em que Ampelmann atravessou a rua para o lado ocidental. Uma data que muitos não gravaram na memória, como recorda RAA e que o jornalista Pedro Bial, correspondente da TV Globo na Europa na década de 80, considera mais importante que Maio de 68. Uma data que passados vinte anos e de acordo com um estudo da revista Stern, 15% dos alemães ocidentais questionam, reclamam e desejariam o retorno ao passado. Em Maresias a economia soube a pouco
Com o final da tarde veio o vento e mais tarde a trovoada e a chuva. Esta manhã em Maresias o tempo estava sombrio e a chuva fininha não convidava a praia nem antecipava sol. Da minha varanda vejo o céu a querer abrir, dizem -me que amanhã ou depois teremos outra vez sol. Nessa altura estarei a meio caminho do regresso a Portugal. Terei passado Santos, chegado a São Paulo e passado pela última conferência. E logo logo, o avião que me entregará aos céus do oceano e me levará de regresso a casa. A minha aldeia estará à espera e a chuva miudinha alternada por uns raios de sol e frio será o meu porto de abrigo durante os próximos meses.Esta manhã, ao olhar pela minha janela sem surfistas e com as ondas a crescerem rumo à areia, pensei que terrível seria podermos tomar conta do mundo, do céu e dos mares e termos a capacidade de controlar o tempo físico, misturando o temporal com o intemporal. E debrucei o meu pensamento sobre o conceito de liberdade e desse bem precioso e escasso. Um bem que não sabemos usar e reutilizar sem querer captar o que não nos pertence. O mesmo bem que é nosso e deixa de o ser e as barreiras que nos limitam o passo e a perna. E a divagação num lugar onde o local tem de se sentir e os pertences pertencem aos locais confundindo poder público com poder político, com utilização dos bens públicos com bens privados, um direito que é e já não é, enquanto houver gente que não sabe. Um bem escasso num país que, frequentemente esquece a escassez dos bens públicos, não os cuidando, não lhes atribuindo valor e onde o poder local é uma usurpação do que é de todos e com direitos e deveres iguais a outros bens económicos. Palavras que são elas próprias escassas para passar palavras de democratização e logo a seguir não confundir economia social com lamechices. Lugares onde a emoção não poderia tomar conta da razão mas onde por vezes não deixamos de o fazer. O menino que vende o que a mãe produz e que, mesmo sabendo, que estamos a alimentar um ciclo de economia paralela é muito difícil dizer não. O homem que partilha sentimentos de compaixão e que com a idade parece ficar mais brando e a querer esquecer a economia de mercado. Pessoas que nunca tiveram opção de escolha e outras que nem sabem do que estamos a falar. Economia e política em paralelo, numa tradição de anos de um e de outro sozinhos, em conjunto num só e onde é difícil explicar as leis de mercado que funcionam com ditadura e não funcionam em democracia e vice-versa. Economia que hoje está em alta tornando um país às avessas do resto do mundo, em expansão em momento de crise, para logo aparecer a pergunta do porquê do país em queda com o mundo em expansão. E as respostas da Europa e da América e da crise financeira e logo a seguir a falta de compreensão das perguntas sem resposta da corrupção. Foi há vinte anos e a Europa fez o que tinha de ser feito, reunificando aquilo que o Muro tinha separado. Para mim, é tempo de voltar ao meu tempo e pensar o meu país, a nossa liberdade, os bens do pensamento, a escrita e o que ainda é necessário para celebrar.
28/10/09
Teresina,Piauí
Áreas e sectores em desenvolvimento numa cidade com cerca de 800 mil habitantes, temperatura média anual 36°C ao dia e 23°C à noite.
Stop! Se é homem e está de bermudas, forget it. No Palácio Karnak não entra, só depois do expediente. Pode acontecer estar fechado, mas nada como voltar. 
Casa da Cultura a funcionar só durante a semana. Também quem são os curiosos que andam na cidade "que nem vento tem" ao domingo? O que a GJ inventa em viagem...
Gostava de entrar no Teatro 4 de Setembro e quem sabe assistir ao que está programado? Pois, a intenção até é boa, mas está interdito por falta de segurança, embora a programação continue "programada" ... Que a esperança nunca falte! 












