31/12/10
Safa!
Parece uma idiotice ter chegado ao final de 2010 invejosa por ter encontrado quem fez melhor do que eu em matéria de cancro, mas foi o que senti ontem. Sem nos termos falado durante o ano, deixámos para o final o telefonema de boas festas. Olá, olá, como estás, estou em falta, não estás nada eu é que estou, este ano foi difícil, conta lá. Bolas, não digas estamos iguais e não nos cruzamos nas poltronas e na radio por um triz, foi questão de dois ou três meses. Continuaste sempre a trabalhar e ainda fizeste os exames? Bolas, caramba, pensava eu que tinha feito muito bem, conseguiste isso tudo, fantástico, mulher! Quando é que nos vemos? tens exames até final de Fevereiro e só podes depois, ok! havemos de tomar um café tu com os teus quilos a mais e eu com os meus, tu com a tua protese capilar como gostas de chamar ao teu cabelo emprestado, eu com os meus caracóis verdadeiros, escada abaixo, escada acima, havemos de nos encontrar. Feliz ano novo, com muita saúde. olha lá, afinal o que é que mudou em ti, para além de teres ficado sem unhas, sobrancelhas, cabelo e pestanas? Estás na mesma, cheia de agitação, trabalho, astral elevado, tenho inveja da tua resistência tive dias em que me fui abaixo, não consegui trabalhar a tempo inteiro, nem sempre pude tomar conta da neta, houve dias em que as forças me faltaram, outros em que as lágrimas teimosamente me correram na pele, andei confusa, olhei o chão para logo ficar alegre e encontrar força para acreditar. Um dia, ainda me vais dizer onde guardaste os teus dias difíceis, porque eu sei que os tiveste. Um bom ano para ti, havemos de nos encontrar! bolas, nem mesmo em matéria de cancro se facilita, vá lá entender-se este conceito chamado competição na comunicação!
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Comunicação
30/12/10
26/12/10
Três anos
Mais um ano para festejar. Este ano a casa andou um bocado desarrumada, por vezes pensei que seria melhor meter trancas à porta, resisti, fiz bem. Fizemos hoje três anos juntos. Um abraço a todos os que por aqui passam, entram e animam esta casa com belas jóias.
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grandejoia e companhia
25/12/10
24/12/10
23/12/10
Vale a pena. Boas Festas!
Chegamos ao Natal, o fim do ano está à porta, desejamos a todos boas entradas e uma feliz consoada e a maioria apesar de depenada na azafama das compras e lembranças não encontra nada de novo para festejar. É pena! Pena, porque o país nada tem para oferecer, ninguém acredita em nada, todos andam indiferentes, mesmo aqueles cuja voz ainda se faz ouvir, os rostos abrigam olhares distantes e nem mesmo a solidariedade para com uns e a vontade de estender a mão a outros nos parece trazer felicidade. Há dias, o Mike, citava um momento de reflexão sobre o PIB, o JM escrevia sobre o salário mínimo, falavam sobre o mesmo por via diferente. Concordo com os dois, é o problema dos dois olhos, um peso e duas medidas, do "on the other hand", do qual a vida é feita. O balanço, o equilíbrio, o pêndulo, diferentes para cada um, igual para a maioria. Vivemos em busca da felicidade e meditamos sobre o eterno, questionamos o impossível, pesquisamos o infinito. Vivemos em função dum bocadinho de nada que nem sabemos se existe. Acreditamos que somos capazes de mudar o percurso indesejável e afinal não o conseguimos fazer sozinhos. Tal como o corpo humano, o país (todos nós) necessita de acreditar no esforço do corpo e da mente, porque tal como o milagre da fé pode ser um complemento do medicamento, também a intervenção de outras forças e correcções financeiras só pode funcionar se todos acreditarmos que somos capazes. Assim se venceram eleições, assim se movimentaram povos, assim se iniciaram projectos. Acreditar que um Messias virá resolver os nossos problemas, só nos deixa à espera do milagre que apenas acontece se a fé estiver ao lado do medicamento. O meu Jóia chegou à fé divina pela razão acreditando que a cura de qualquer doença só se faz com um esforço peregrino e nesse sentido, foi ao lugar que considerou certo, para trazer o que me faltava. Sabemos os dois que sem o químico não havia tanta certeza. Eu acredito um bocadinho mais no químico e na razão e ele na razão da fé. Estamos equilibrados, ambos trabalhamos para conseguir o que os dois desejamos - a felicidade e a vida eterna. A vida eterna que se manifesta, todos os dias através de actos, de lembranças, de seres que nascem, de embriões que deixamos gerar, de pessoas que continuam o nosso percurso. Que todos os dias sejam vida e que ninguém se esqueça de a alimentar com a fé e a razão durante o ano que brevemente se inicia, sem deixar de lado as razões do PIB, da educação, do Euro e dos mercados, da paz e da guerra. Vale a pena reflectir, vale a pena partir o bolo e não deixar de lado quem necessita de o comer. Vale a pena, olhar para os bons exemplos que conhecemos e acreditar que o destino está nas nossas mãos e acreditarmos que somos capazes. Boas Festas a todos!
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Natal 2010
Prenda de Natal
A Austeriana presenteou-me há dias com este livro. Uma excelente escolha pela coragem e inspiração em tempos difíceis. Também me deixou uma cabazada de "queijadas de requeijão" para compensar os tempos mais frios de 2010 e aquecer os de 2011. Feliz Natal!
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prenda de Natal
17/12/10
Logo hoje
Bem, logo hoje não posso ficar azeda, já que continuo agradecida aos profissionais que me levaram para o bloco operatório, há um ano por volta desta hora, e me ajudaram a manter a vitalidade que sempre me assolou. Foi um dia cheio de acontecimentos, uns mais positivos que outros, mas que felizmente me trazem hoje aqui para dizer, bem hajam! Feliz Natal a todos os que me ajudaram nesse dia e em todos os outros que desde então se seguiram, ao longo deste ano. 2010 foi um ano que me desequilibrou do meu suposto equilíbrio físico, mental, espiritual e pessoal. Outro equilíbrio tive de reinventar, melhor uns dias, pior noutros, razoável a maior parte do tempo. Uma constatação eu fiz, por muito que sejamos, por muitas glórias que tenhamos atingido, por muitos momentos inesquecíveis que se tenha passado, nenhum se compara à alegria de mais um dia vivido com saúde em paz, amor e liberdade.
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Por uma grama de açúcar
Quando o pânico se instala por um grão de açúcar é caso para nos preocuparmos. Acredito que na época natalícia a preocupação com a feitura das rabanadas se manifeste de forma aguerrida a ponto de alguns se levantarem bem cedo a um domingo de manhã e se dirigirem ao supermercado mais próximo. Mas ao ponto de numa manhã terem tido necessidade, só no meu bairro que ainda por cima é numa zona in da cidade em que as pessoas andam sempre em dieta, de comprar 850kg de tal ingrediente? Fiquei preocupada, especialmente por me ter lembrado daqueles anos em que o bacalhau se vendia às escondidas, as mercearias passavam a farinha, o arroz, o açúcar, as conservas, o azeite, enfim o cabaz de alimentos básicos por debaixo do balcão aos clientes, que verdes de medo da revolução de Abril, açambarcavam para a seguir jogar no lixo, o que em situação e comportamentos normais chegaria para todos os que pudessem comprar. Aliás, nessa época foram exactamente os que podiam comprar, que com medo de terem de ficar fechados em casa o fizeram. Igualmente, me lembro dos depósitos sempre cheios para a eventualidade da fuga de alguns o que em contrapartida não permitia que os outros se abastecessem para motivos normais de circulação. Como mais tarde se viu e hoje sabemos, não havia necessidade para tal. As notícias recentes da subida de preço dos bens essenciais, seja pela subida do iva a partir de Janeiro ou pela escassez daqueles que face à subida dos preços no mercado internacional chegarão mais caros, ou ainda, pelas dificuldades de cumprimento dos prazos de pagamento por parte dos importadores nacionais, tem levado a que por um lado se deseje a entrada do FMI e por outro se encham as prateleiras da despensa. Situações que parecem contraditórias por um lado e representativas deste povo que continua à espera que outros o governem e lhe digam o que fazer, continuando a fazer à sucapa aquilo que a economia paralela o aconselha. Compra e enche a prateleira não vá uma oportunidade de venda com lucro surgir ou um ganho não previsto ajudar. Um bolso açucarado substitui uma prateleira vazia e uma chupeta molhada em açúcar adormece a insónia, mas por uma grama de açúcar será que vale a pena?
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16/12/10
Concurso de Natal - ovelhas
Este ano andei de tal forma choné que até deixei para o fim a participação neste grandioso Concurso. A ovelha choné foi aceite fazendo de mim uma das participantes mais felizes. O júri, para além da imagem enviada, ainda acrescentou esta actuação da choné.
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07/12/10
Qual é o espanto?
No país dos absurdos encontro tema para aqui voltar. Leio que Rui Pedro Soares e Emídio Rangel vão lançar um novo meio de comunicação, com capital aqui do lado. O accionista principal é um apoiante de Zapatero e seu conterrâneo. Nada mais se estranha neste país, e nem mesmo a chegada das eleições, muito a propósito, ou o processo dum deles impede a clareza das notícias que se propõem fazer. Não tenho dúvida que haverá leitores para tal periódico, não penso que seja mais um, será concerteza mais uma cambada deles que sentem necessidade de ter uma voz direccionada, mas pelo menos não enganam ninguém em relação à sua agenda política. Ficamos a saber quem paga e quem lê.
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Por isso
Por mais que tente o espírito volta sempre ao mesma tema, por isso não tenho escrito. Tal como no período da gravidez, em que todas as mulheres nos parecem mais grávidas do que o costume, vivo hoje um tempo em que as histórias ligadas ao cancro me seduzem mais do que quaisquer outras. Por isso não tenho escrito, para não aborrecer quem me lê porque as coisas do cancro só interessam a quem o tem, teve ou o vive de perto. Para os outros caímos no risco de nos tornarmos uns chatos. Por isso continuo à procura do my new normal.
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06/12/10
Olá, mais um ano
Gostava tanto de S. Martinho do Porto que escolheu o lugar para sua última morada. Todos os anos aí nos encontrávamos, "olá, mais um ano", dizia ele, naquele nosso cumprimento à beira-mar. Gostava de fazer uma caminhada até à duna de Salir, umas vezes caminhava sozinho, outras com a Isabel. Gostava de usar uma túnica branca sobre o calção de banho e o eterno chapéu. Andava com elegância no seu corpo esguio, mantendo o porte desenvolto pela sua excelente condição física.
No Verão a seguir à declaração da doença não deixou de aparecer mesmo que não pudesse andar com os netos na água e referia-se "a esta chatice do cancro que me apareceu" com a naturalidade de quem não permite que a doença se instale. Durante anos, desceu a rampa da rua dos cafés bem depois das onze da noite, com a Isabel pelo braço fazendo a pose de quem sabe que está bem e é admirado. A nossa conversa era de circunstância, uma opinião aqui e outra ali, sobre economia, sobre o país, mas sobretudo sobre a praia e o sol, mais recentemente quando me tornei avó, sobre os netos e S. Martinho de que tanto gostamos.
Este ano, fui eu que não o encontrei, não pude dizer-lhe "olá, mais um ano" e acrescentar, desta vez coube-me a mim ter esta chatice do cancro.
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26/11/10
Porquê?
Porque é isso que fazemos, chegamos adaptamo-nos, fazemos bem, gostamos do que temos e passado uns tempos, ficamos cheios, cansados, parados e desejosos de partir e recomeçar, de preferência noutro lugar. Porquê, quando olho para outros povos que se mantêm no mesmo lugar, partindo e regressando, apenas?
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22/11/10
Pedro Beça Múrias

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21/11/10
Produtos genuínos
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13/11/10
Amor peregrino
Não foi fácil regressar mas aqui estou, as malas já estão desfeitas mas o pensamento ainda vagueia por outras bandas. É sempre assim quando partimos por tempo incerto, temos de redescobrir o que deixamos e reanimar o que ficou enquanto choramos o que deixámos. Encontro motivos para querer continuar mas falta de energia para quebrar o que deixei e pergunto-me se não é demasiada liberdade que tenho em mãos face a tantas outras pequenas realidades. Pergunto-me se não é demasiado alguém estar a fazer uma peregrinação por mim. Eu que apenas sou corpo e mente e um dia me transformarei em pó. E pergunto-me se valho tanto sacrifício, eu que felizmente me sinto bem, que acredito estar curada e que sou apenas uma pequeno grão no solo. Não é fácil aceitar e agradecer os sacrifícios de quem nos quer bem sem termos de os justificar ou questionar. Acima de tudo não há palavras, há actos e há amor.
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06/10/10
Eu volto
Agora que já tenho asas ninguém me apanha. Primeiro andei pelo Reino Unido com a filhota mais nova e agora parto para a Suiça ao encontro da mais velha. Vai ser um fartote de filhas, depois de um ano mais pasmado e sem o chilrear do mulherio.
Mas eu volto e conto tudo!)


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29/09/10
Os últimos

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19/09/10
17/09/10
Fazer anos

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09/09/10
Mais-valia e riqueza

Na Índia, a população fez greve porque o preço do arroz aumentou. O consumo de arroz naquele país representa o principal bem de consumo e é o alimento dos pobres. A população, apesar de ter mais acesso à educação continua a pertencer ao segmento mais pobre do globo.
Em Portugal, o governo inaugurou esta semana um conjunto de escolas e jardins de infância. As famílias mais carenciadas são as que têm um maior numero de filhos, diz-se que é necessário ensinar os métodos de prevenção da gravidez, em especial na adolescência. O número de mães solteiras em idade escolar tem vindo a aumentar, bem como o número de desempregados e de pessoas dependentes de subsídios do Estado. Segundo um relatório da OCDE, Portugal está em 20º lugar entre os 31 países que fazem parte do estudo sobre as verbas atribuídas por estudante. Em 2007 o país gastou 5189 euros por aluno face aos 11089 euros que os Estados Unidos atribuíram ao seu estudante. Ou seja estamos entre os menos gastadores, mas incentivamos os nascimentos e utilizamos fundos comunitários para construir jardins de infância.
A educação é a maior mais-valia de um povo, porque é a única arma, que a seu tempo poderá tirar um maior número de pessoas, em massa, da miséria e por isso é fundamental continuar com as politicas de educação que efectivamente ensinem. Construir espaços e fechar outros não será a solução melhor ou pior, é seguramente a mais fácil, e a população compreendendo o processo continuará tranquilamente sentada a aguardar pelo seu pão. Eu preferia que a população soubesse que viver de subsídios não é um modo de vida, e que é necessário criar outras fontes de riqueza em vez de continuar a encher o papo. E assim sendo, continuo a apoiar todas as medidas que conduzam a melhores meios de formação e educação desde pequenino a crescidinho, mesmo que pelo meio haja gente que nunca vai passar e outros que não deixarão de o fazer.
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06/09/10
04/09/10
Paróquia de Arroios, 4 de Setembro de 1976
Há 34 anos dois miúdos com 21 e 22 anos escolheram este dia para casar. Não estamos iguais, estamos mais amigos e seguramente mais cúmplices do que estávamos há um ano, porque hoje sabemos que a vida nos pode faltar e o que seria se perdessemos a companhia do outro. Este ano sinto este aniversário de forma distinta, ele é o dia da continuidade da vida, da esperança e do amor. Obrigada, companheiro, brindemos!
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30/08/10
Setembro aproxima-se
Já ontem tinha olhado para aquela água no final do dia, limpa, calma e convidativa. As ondas chegam sem pressa, os primeiros pássaros sobrevoam a areia e não tarda que a brisa mais fria paire devagar dando-nos tempo para nos habituarmos ao arrefecer dos dias. Gosto do ar lavado do mês que está a chegar, ainda não está frio mas o calor já se encaminha para outras paragens. Gosto das manhãs de Setembro.
"September morning"Paul Anka
"September morning"Paul Anka
27/08/10
Correntes
E quando eu pensava que já pouco me poderia surpreeender, avançou para a porta, fez uma pausa e olhando-me nos olhos deixou sair um obrigado. Pela primeira vez, talvez a única, em que senti que há correntes que nos unem e que nos alimentaram. E do momento se fez luz, ao reconhecer aquela voz que um dia me pediu, que por ele olhasse, não uma vez mas todas as que fossem necessárias.
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22/08/10
19/08/10
Hoje
Faz hoje três meses que acabei a quimioterapia, faz hoje uma semana que uso shampoo, faz hoje um dia que passei a andar com a cabeça descoberta na rua. O meu cabelo desalinhado tem um não sei quê que me agrada e um charme que me espanta. É uma enorme conquista sentir que volto à normalidade.
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16/08/10
Good Madness à segunda-feira!
Fribourg Jazz Orchestra Big Band SING SANG SUNG Lou Soloff
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15/08/10
Sean Riley and the Slowriders
Gostei de os ver ontem, pena que o serão não tivesse chamado mais assistência. As noites já estão o normal de S. Martinho, casaco precisa-se. E já agora o melhor é levar um agasalho para os fins de tarde na praia, que o vento já por aqui anda e o pôr do sol só se faz lá pelas oito e tal.
Sean Riley and the Slowriders - "This Woman"
Sean Riley and the Slowriders - "This Woman"
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verão 2010
14/08/10
Para o ano

S. Martinho tem-me recebido pela tardinha e apesar do mar ainda não ser meu este ano, pelo menos a areia e a sombra que a barraca me proporciona pertencem-me. Levo um livro mas o que me prende são as conversas e as risadas à minha volta. No primeiro dia, senti os olhos que me perguntavam o que tinha acontecido, onde estavam os fatos de banho, os meus banhos de mar, as minhas passeatas e o que fazia o Sr. Jóia sozinho na praia? Na verdade, há coisas que ainda faltam para tudo parecer normal e como dantes. As tardes vão devagar como tudo o que diz respeito à recuperação e o tempo é o nosso melhor aliado. Como passei muitos dias com as minhas preocupações, o reinicio das conversas e das histórias têm levado algum treino, é fácil cair na tentação de falar do mesmo ou de deixar que as conversas andem à volta das mesmas perguntas. Eu sei que a preocupação e a curiosidade é própria de quem me quer bem, sei igualmente que é difícil, eu própria, deixar de lado o que me pôs ao lado durante muitos dias, devo deixar ao tempo, o tempo de se encarregar de fazer o seu melhor, porque ainda não é desta que vou deixar de escrever sobre o cancro. Para o ano que vem tudo já deve ter entrado na rotina habitual, só me resta esperar, e então poderei fazer a dois o que ainda não é possivel este Verão. O Miguel e a Maria João que já vão mais avançados que nós, bem o dizem e melhor o escrevem e eu fico feliz por eles.
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10/08/10
Moda

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09/08/10
A internacionalização dos comes e bebes

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s. martinho porto
Um deleite?

Olhe menina, nós (eu, na realidade) não chamamos nada porque não fomos a lado nenhum, agora que isto é e sempre foi pão de leite, na minha e na sua terra é que é uma verdade! Amanhã peço em português de france e então é que vai ser um autêntico deleite assistir ao seu français. Vivam as férias no mês de Agosto!
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01/08/10
31/07/10
Livre

30/07/10
Radioterapia
Quando chegamos à radioterapia fazemos parte dos sem rosto, a nossa identidade vai levar tempo a ser reposta. Caras iguais, cabeças desnudadas e intimidades à vista. Com o tempo e à medida que as semanas vão passando, os rostos começam a ter alma, o cabelo inicia a sua caminhada, as pestanas e as sobrancelhas fazem-se gente e a rotina da normalidade renasce. O verbo continua, no entanto, no gerúndio e o tempo vai-se fazendo. A calma é uma constante e o mais difícil é reencontrar a nossa identidade. Não serve pegar no que deixamos há nove meses porque, na verdade, temos de recomeçar o ponto. Como no crochet, nota-se que a sequência está laça, precisa de reganhar o ritmo para ficar um trabalho perfeito. Há dias, perguntaram-me porque me protegia, eu tanto, no passado. Porque queria ser perfeita e ambicionava que me vissem desse jeito. Hoje, passado o tempo de contemplação, continuo a querer o mesmo com a diferença do meu tempo ser mais alentejano. Sinto que as minhas angústias são mais passageiras e as minhas lamentações menos graves, vejo-me com igual impaciência para as questões de falta de ética ou de incompetência, tenho a mesma preferência por gelado de framboesa e limão, mas não me irrito se me trazem manga com baunilha.
A radioterapia cansa, queima, entristece o corpo. E mesmo sabendo que estamos a chegar ao fim desta fase da luta, não sentimos que a batalha esteja vencida. Na verdade, continuamos com todas as nossas forças a reequilibrar o que ninguém nos disse como era feito. Mais uma vez reconhecemos que a força só pode ser nossa se ela estiver cá desde o inicio. Ficamos diferentes talvez, e essa diferença ainda não a temos, ela virá decerto com o tempo e à medida que recuperarmos a nossa identidade.
Amanhã, farei a 35ª e última sessão de tratamentos de radioterapia. Hoje, tive alta e sinto-me grande no porte e na felicidade de me encontrar a caminho da próxima escalada, mesmo que ainda não saiba o destino final. Ao longo destes meses, tentei racionalizar a doença para a ultrapassar e vencer. Dei comigo a reflectir sobre assuntos ou vertentes pessoais às quais não tinha atribuído importância anteriormente. Neste tempo de auto-análise tendemos a particularizar sentimentos que só têm significado num contexto de fragilidade e na realidade, não fui eu que passei a ter outra visão de mim e dos outros, mas apenas tempo a mais para os enxergar. Como o dia-a-dia se faz de muitas sequências, demasiado tempo com a mente à solta passa a ser uma eternidade com reflexões mais ou menos tolas em tempo de pressa. Entre altos e baixos, os meses fizeram-se com ligeireza, com saudades de mim, vontade de chegar ao fim e com a convicção que o cancro também se vence.
A radioterapia cansa, queima, entristece o corpo. E mesmo sabendo que estamos a chegar ao fim desta fase da luta, não sentimos que a batalha esteja vencida. Na verdade, continuamos com todas as nossas forças a reequilibrar o que ninguém nos disse como era feito. Mais uma vez reconhecemos que a força só pode ser nossa se ela estiver cá desde o inicio. Ficamos diferentes talvez, e essa diferença ainda não a temos, ela virá decerto com o tempo e à medida que recuperarmos a nossa identidade.
Amanhã, farei a 35ª e última sessão de tratamentos de radioterapia. Hoje, tive alta e sinto-me grande no porte e na felicidade de me encontrar a caminho da próxima escalada, mesmo que ainda não saiba o destino final. Ao longo destes meses, tentei racionalizar a doença para a ultrapassar e vencer. Dei comigo a reflectir sobre assuntos ou vertentes pessoais às quais não tinha atribuído importância anteriormente. Neste tempo de auto-análise tendemos a particularizar sentimentos que só têm significado num contexto de fragilidade e na realidade, não fui eu que passei a ter outra visão de mim e dos outros, mas apenas tempo a mais para os enxergar. Como o dia-a-dia se faz de muitas sequências, demasiado tempo com a mente à solta passa a ser uma eternidade com reflexões mais ou menos tolas em tempo de pressa. Entre altos e baixos, os meses fizeram-se com ligeireza, com saudades de mim, vontade de chegar ao fim e com a convicção que o cancro também se vence.
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António Feio e Tiago Alves

Dois talentos que não deviam

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29/07/10
É o conceito, puxa!
Como o conceito conta, uma oportunidade de ouvir bom fado ou boa guitarra é bem diferente do que ir aos fados num qualquer lugar onde o artista de ocasião se esganiça, e com os trejeitos habituais nos pretende convencer que o que nos impinge, é fado e guitarra portuguesa. Felizmente, sabemos ser criteriosos naquilo que é nosso mas é pena que ainda exista a ideia de que para estrangeiro qualquer coisa serve, se venda gato por lebre a preços de faisão ou ainda que se esfole quem gosta de fado.
Estive recentemente no Clube de Fado onde a boa música se faz ouvir e a guitarra de Mário Pacheco é magistral. Quem lá vai fica com a sensação de espectáculo bem conseguido, mas a conta é pecaminosa e mais para estrangeiro pagar do que para português apreciar. No final da noite é difícil convencer quem paga a factura, que aquele lugar é melhor do que a tradicional casa de fados da rua da Barroca. Se ainda o repasto fosse original, eu e imagino que outros como eu, estariamos perdoados. Não sendo assim, lá terei de arrastar o meu cartão de crédito para cima da mesa na próxima ocasião, e voltar a dizer: ó pá é o conceito, puxa!
Estive recentemente no Clube de Fado onde a boa música se faz ouvir e a guitarra de Mário Pacheco é magistral. Quem lá vai fica com a sensação de espectáculo bem conseguido, mas a conta é pecaminosa e mais para estrangeiro pagar do que para português apreciar. No final da noite é difícil convencer quem paga a factura, que aquele lugar é melhor do que a tradicional casa de fados da rua da Barroca. Se ainda o repasto fosse original, eu e imagino que outros como eu, estariamos perdoados. Não sendo assim, lá terei de arrastar o meu cartão de crédito para cima da mesa na próxima ocasião, e voltar a dizer: ó pá é o conceito, puxa!
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26/07/10
23/07/10
Abutres em Portugal

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19/07/10
17/07/10
16/07/10
15/07/10
Silêncios
Cada vez aprecio mais o silêncio. Da casa, das ruas, do mar, dos rios, do mundo poluído de sons. Só não gosto do silêncio das pessoas e dos povos. Estaremos todos adormecidos ou é coisa de Verão?
Silêncio
Já o silêncio não é de oiro: é de cristal;
redoma de cristal este silêncio imposto.
Que lívido museu! Velado, sepulcral.
Ai de quem se atrever a mostrar bem o rosto!
Um hálito de medo embaciando o vidrado
dá-nos um estranho ar de fantasmas ou fetos.
Na silente armadura, e sobre si fechado,
ninguém sonha sequer sonhar sonhos completos.
Tão mal consegue o luar insinuar-se em nós
que a própria voz do mar segue o risco de um disco...
Não cessa de tocar; não cessa a sua voz.
Mas já ninguém pretende exp'rimentar-lhe o risco!
(David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão)
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12/07/10
09/07/10
Aos meus filhos
De vez em quando os filhos perguntam-me porque os estou a olhar. A resposta é isso aí, não tem grande explicação. Cada um pelas próprias razões de um dia os ter trazido ao mundo. É isso aí.
"E isso ai" Ana Carolina y Seu Jorge
"E isso ai" Ana Carolina y Seu Jorge
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08/07/10
Parabéns Mariana!
A mais nova faz hoje 20 anos e como adora fado, deixo-lhe este presentinho. Parabéns à minha filhota Mariana!
Carminho- Escrevi Teu Nome no Vento
Carminho- Escrevi Teu Nome no Vento
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06/07/10
Que raiva

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05/07/10
Good Madness à segunda-feira!
Aretha Franklin " A Natural Woman " Italy 1971
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04/07/10
Todos iguais

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02/07/10
Bloggar

Bom fim-de-semana a todos!
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30/06/10
Acho XIV

Tudo bem, ó capitão, eu só acho é que foi pena as pernas terem falhado e o hino também.
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28/06/10
25/06/10
Straight and clean

24/06/10
Finalmente, Alberto!

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22/06/10
Ainda a frase
Independentemente da polémica em redor do ter ou não ter estado presente no funeral, do pior que eu ouvi Cavaco Silva dizer a propósito de Saramago, foi que nunca tinha tido o privilégio de o ter conhecido ou com ele ter privado. E isto para justificar o que fazem os amigos e admiradores de alguém em relação ao dever do chefe de Estado. Se eu fosse Presidente de todos os portugueses teria feito alguma coisa para conhecer o único português com o Nobel da Literatura.
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politiquices à portuguesa
21/06/10
E a paixão?

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Seth Godin
Good Madness à segunda-feira!
Somewhere over the rainbow - Sarah Vaughan
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musica
19/06/10
José Saramago (1922-2010)

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josé saramago
18/06/10
Camas mal arrumadas

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Olha, casaram!

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grandejoia e companhia
17/06/10
Geração 700

11/06/10
Celebration Concert 2010 South Africa
Dois fantásticos momentos num espectáculo não menos formidável.
Angelique Kidjo FIFA World Cup Kick-off Celebration Concert 2010
Shakira - Waka Waka - 2010 FIFA World Cup Kick-off Celebration Concert
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31/05/10
28/05/10
27/05/10
Acho XIII

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consumo alcool
26/05/10
Bárbara

Bárbara é um nome de luta e esta menina de olhar determinado é mais um dos exemplos que vamos conhecendo no dia-a-dia dos corredores de hospital. "Vai entrar agora? perguntou-me, "é que eu podia ensinar-lhe outras formas de colocar os lenços". Lenços entrançados, feitos de tecido a metro e encomendados na costureira, tal e qual os vestidos. Uma graça que só a juventude consegue, ela que podia ser minha filha e que naquele momento era, também, uma divertida companheira de luta. "Então fica para outro dia, agora vou matar o bicho!" finalizou, enquanto se dirigia para a sala das poltronas com o sorriso e a juventude espalhados no rosto.
24/05/10
23/05/10
Os livros ajudaram e o meu tango também

Usei pouco a net para me documentar, li o que me pareceu suficiente e preferi ir lendo à medida que a minha tranquilidade me permitia assimilar o que era importante. Recusei informação a magotes e que se revela desnecessária e concentrei-me na clareza das palavras que me acompanharam na leitura de alguns dos tais livros recentes. Quando temos uma biblioteca pela frente com vários títulos e abordagens à nossa disposição sobre o mesmo assunto, temos de saber escolher. Foi o que fiz. Pelo caminho juntei alguns artigos recentes da net e alguns testemunhos, nomeadamente, "Crónicas da sala de espera" do Beça Múrias de que falei em tempos.
Deixo as referências dos que me ajudaram a compreender e a ultrapassar medos, preconceitos e estigmas sociais, em particular aqueles que nos habituamos a considerar só dos outros e nunca nossos. Perder a referência pessoal e profissional e entrar na categoria de doente é difícil, mas a seu tempo torna tudo mais fácil.
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Referências:
John Link, "The Breast Cancer Survival Manual", fourth edition, Toronto: Holt Paperbacks, 2007.
Lillie Shockney and Gary Shafiro, "100 Questions & Answers About Advanced and Metastic Breast Cancer", Toronto: Jones and Barlett Publishers, 2009.
David Servan-Schreiber, "Anticancro - Um novo estilo de Vida", 1ª edição, Lisboa: Caderno, 2008.
22/05/10
O cônjuge

21/05/10
A quimioterapia
Fiz esta semana o último tratamento de quimioterapia e que consta do protocolo proposto pela equipa de Oncologia do Hospital de Santo António, no Porto. Termino assim a primeira parte do programa, que será seguido com radioterapia no IPO. Apesar da natureza das sessões sinto algum pesar em deixar quem me tratou muito bem, com enorme consideração, com humanidade extrema e para quem eu era a Dona L. Tinha um nome, tinha um telefone e uma cara para telefonar em caso de emergência, e que logo após a primeiro sessão as enfermeiras identificaram. E porque o doente oncológico passa muito tempo no hospital entre sessões que duram cinco horas, e nalguns casos mais, fazendo hemogramas regulares e exames diversos, o pessoal de enfermagem acaba por se tornar um amigo. Muitas horas passei e falei com aquelas jovens enfermeiras, dedicadas profissionais que também se afeiçoam a nós e partilham as suas vidas, os seus filhos, as suas festas de casamento, as suas dores por um regime que não lhes confere o vencimento de licenciadas, elas que passam doze horas seguidas no espaço de uma sala, com a responsabilidade de administrar sôros que ao mínimo erro nos podem danificar.
A quimioterapia faz parte do caminho para a cura, termino o ciclo que espero não voltar a conhecer mas a luta ainda vai no início, e apesar de confiante sinto que todo o doente oncológico fica de alguma forma preparado para as eventuais notícias menos boas, que um dia possam surgir. Acredito que terminou uma parte da fase menos agradável da minha vida, e dos que me rodeiam, não deixo no entanto de pensar que tudo tem um período de adaptação, e que ainda vai levar algum tempo até me sentir semelhante ao que era. Os efeitos secundários e negativos da quimioterapia podem ser ultrapassados com alguma graça e elegância, no fundo eles são apenas laterais, os outros, mesmo que de má raça, dão-nos fé e alento.
A quimioterapia faz parte do caminho para a cura, termino o ciclo que espero não voltar a conhecer mas a luta ainda vai no início, e apesar de confiante sinto que todo o doente oncológico fica de alguma forma preparado para as eventuais notícias menos boas, que um dia possam surgir. Acredito que terminou uma parte da fase menos agradável da minha vida, e dos que me rodeiam, não deixo no entanto de pensar que tudo tem um período de adaptação, e que ainda vai levar algum tempo até me sentir semelhante ao que era. Os efeitos secundários e negativos da quimioterapia podem ser ultrapassados com alguma graça e elegância, no fundo eles são apenas laterais, os outros, mesmo que de má raça, dão-nos fé e alento.
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20/05/10
Lidar com o cancro II

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19/05/10
Lidar com o cancro I

No segundo momento, que no meu caso, foi no pós-operatório, a consciência apropria-se da realidade e a preparação para o passo seguinte torna-se um elemento vivido e antecipado. O tempo que vai de um momento ao outro, o de saber que tem a doença a sentir-se doente, depende do programa e do protocolo proposto. Para um doente com cancro tudo é proposto, porque na verdade, nada é certo. O doente tem toda a liberdade para aceitar ou não o tratamento sugerido, e deve-o fazer com total capacidade de decisão sendo esta livre e responsável para o doente, e igualmente séria para quem nos propôs o protocolo. O momento da decisão é muitas vezes ameaçado ou posto em causa pelos familiares ou pessoas próximas porque ao estarem de fora, pensam que têm uma melhor perspectiva do assunto. Não deixa de ser interessante verificar que se na primeira fase da análise o doente não participa, decide fora do seu corpo, e apenas por automatismo, nesta é exactamente ao contrário. É pelo facto de sentir que a decisão é sua, e que ao acreditar que esse é o caminho para a cura, não questiona o que lhe propõem. A pessoa assume a sua condição de fragilidade face ao tratamento e à necessidade de ajuda médica. O parente está neste momento fora da doença, e a sua melhor ajuda é a aceitação da decisão de quem está a lutar pela sobrevivência. É nesta altura que surgem hipóteses e sugestões de ouvir outras opiniões, ideias de consultas noutros países e é também nesta fase que a dúvida se instala em quem está por perto. Para o doente é o momento de focalizar e concentrar na proposta e no programa de cura. É o momento de mais uma vez acreditar, confiar e ter esperança. É este o momento para mais uma vez ser capaz de ditar a sua consciência e ser assertivo se não mesmo autoritário. O doente informado sabe que o protocolo da terapia é igual em todo o lado, daí ser um protocolo, existindo vários consoante o diagnóstico, o tipo de cancro e o estadiamento da doença. Assim, e porque estamos a lidar com probabilidades, outras coisas sendo iguais não há qualquer vantagem em retirar o doente do seu habitat natural, para em benefício de uma expectativa o colocar num meio diferente e mais constrangedor. O elemento familiar composto pela sua casa, família, amigos, local de trabalho e outros constituem uma das parcelas acolhedoras e de bem-estar para a recuperação.
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